Introdução

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Era madrugada. O reino inteiro dormia, exceto uns poucos. Os poucos que não dormiam tinham um tom de urgência.


Diogo: Tome isso. – Disse, tirando a própria capa. Anahí estava branca feito papel, abraçada a mãe. – Vai ajudar a ocultá-la.


Anahí se virou. Seus olhos eram de um azul impactante. Os cabelos, cor de chocolate, caiam em cachos generosos até o meio de suas costas. Não tinha vestidos caros, mas mesmo com os que usava seu corpo, generoso em suas curvas. Mas seu rosto estava triste, assustado. O pai havia saído para verificar se o caminho estava mesmo livre.


Anahí: É mesmo necessário? – Perguntou, enquanto Diogo passava a capa por seus ombros.


Diogo: Se quiser proteger sua vida, é. – Disse, puxando o capuz por cima da cabeça dela – Eu sei o que ouvi dentro do castelo. Paul se cansou. Mandará seus homens atrás de você, a possuirá e matará em seguida. – A mãe de Anahí gemeu, desolada. Achava a beleza da filha uma maldição.


Anahí: Mas para o reino de Alfonso, Diogo? Pro castelo dele? Ele próprio me matará se souber a verdade. – Disse, angustiada.


Diogo: Dentro do castelo de Alfonso é o único lugar onde Paul não pode alcançá-la. Estamos em guerra, e os homens dele mal conseguem passar da fronteira, quem dirá do castelo. – Explicou – Mantenha seu segredo, e enquanto estiver sob os domínios de Alfonso, estará salva.


Anahí: Meus pais... – Tentou, os olhos lacrimejando de preocupação.


- O caminho está livre. – Disse o pai de Anahí, em um sussurro, parando a porta.


Diogo: Vamos. – Anahí se agarrou a mãe – Não vai poder protegê-los aqui, Anahí. Vamos.


Anahí abraçou a mãe, deixando que o soluço abafado em seu peito viesse. Sentiu quando o pai a abraçou, despedindo-se. Não haveria retorno. Não havia certeza de que ela sobreviveria. Diogo a levou pelas ruas, ambos sem fazer nenhum silencio. Os dois se embrenharam nas arvores, pros lados da fronteira do território de Alfonso, e havia um cavalo amarrado, nas sombras.


Diogo: Agora presta atenção. Quando chegares a fronteira de modo algum deixa-te ser vista. – Disse, sério, após colocá-la no cavalo – Larga o cavalo a uma distancia e segue a pé, fique escondida entre as arvores. Espere o anoitecer de amanhã, e não permita que ninguém a veja. Quando for madrugada outra vez, um homem de nome Christian irá buscá-la, e deverá seguir com ele. – Anahí assentiu – Boa sorte, Anahí. Eu realmente espero que tu não morras.


Anahí agradeceu. Diogo sempre fora um bom amigo. Porém os dois pensaram ter ouvido o barulho de algo entre as arvores, e ele fez ela sair a galope. Ela não pararia até chegar perto da fronteira. Sua vida dependia disso.

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