Capítulo 41

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Aconteceu horas depois. Anahí chegou das compras e foi descansar (ordens de Alfonso). Só que não tinha sono, então ficou sentada na cama, encostada nas almofadas, pensando. Quando chegara ali estava fugindo, marcada para morrer. Agora as pessoas gritavam por ela, se aglomeravam só para vê-la, nem que fosse por um instante. Era um mundo confuso. Foi em seus devaneios que Suri entrou no quarto, quietinha.


Suri: Não queria te acordar. – Disse, com um embrulho na mão.



Anahí: Não estou com sono, teu pai que me prendeu aqui. – Brincou, e Suri sorriu. Alfonso vinha tendo graça ultimamente – O que é isso?


Suri: Uma boneca. – Disse, olhando o embrulho – É minha. Nem é nova, mas é a minha preferida.


Anahí: E porque tu a embrulhaste? – Perguntou, observando.


Suri: Porque eu quero dar ela. Pro bebê. – Anahí ergueu as sobrancelhas – Quero dizer, eu gosto muito dela, então o bebê também deve gostar. – Anahí sorriu.


Anahí: Deixe isso. Vem aqui. – Disse, estendendo o braço. Suri fechou a porta, largando a boneca nos pés da cama e foi até Anahí, se sentando ao lado dela. Anahí a abraçou pelo ombro, beijando-lhe o cabelo – Não precisa se desfazer das coisas que gosta. – Disse, ajeitando o cabelo da menina.


Suri: Mas é meu irmão, não é? – Perguntou, observando a barriga de Anahí.


Anahí: Exatamente. São irmãos, vão poder brincar juntos. Tenho certeza de que teu pai vai encher esse castelo de coisas mesmo. – Suri riu, parecendo apoiar a iniciativa do pai.


Suri: Bom, ele me deixa comprar tudo o que eu sugiro. – Anahí revirou os olhos. Suri olhou a barriga dela, intrigada – Está tão grande. Não dói?


Anahí: Você é a segunda pessoa que me pergunta isso hoje. – Disse, afagando-lhe os cabelos. – Não, não dói. Só é... Pesado. As vezes ele chuta. – Comentou. Suri pareceu indignada.



Suri: Ele te chuta? – Anahí assentiu – Mas porque?


Anahí: Porque ele está crescendo, e não tem muito espaço. Os chutes não doem, ele é pequenininho, eu só me assusto. – Suri pareceu pensar – Bom, um dia eu estava abraçada com teu pai, o bebê chutou, e ele sentiu. Perdeu a voz por 3 horas, coitado. – Comentou, pensativa. Suri riu gostosamente. – Ei, me dê sua mão. – Disse, pegando a mãozinha da menina.


Alfonso havia subido pra ver Anahí, e forçá-la a comer algo. Parou ao ouvir a voz da esposa. Ele entreabriu a porta, observando, e viu Suri dar a mão a Anahí, que a levou até sua barriga. Parecia procurar um ponto, querer mostrar algo. Suri ficou calada por um instante, então seu rostinho se iluminou, como se tivesse sido sacudida.


Suri: Ele me cutucou! – Disse, exasperada, e Anahí riu.


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