Capítulo 10

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Anahí trabalhou o dia todo. Mal tivera tempo de respirar. Nina, com ódio, triplicara seu trabalho. Ela não vira mais Alfonso naquele dia. No final do dia nem se dignou a ler, apagou as velas e se deitou na cama, se esticando. O perfume de Alfonso ainda estava ali. Ela se virou de bruços, se cobrindo, e deixou relaxar. Minutos depois, ela estava quase dormindo, ouviu o barulho da porta se abrindo e fechando. Uma mão forte puxou seu braço, virando-a de barriga pra cima, e o peso do corpo dele estava sob o dela. Hoje não houveram ensaios, já era familiar, e mesmo no escuro ela reconhecia o corpo, o perfume... O beijo. Ela o abraçou, abrindo as pernas para acolhê-lo acima de si. 



Anahí: Não devias ter vindo. – Disse, a voz quebrada, quando ele se afastou, as mãos tremulas de vontade desamarrando a camisola dele. 



Alfonso: Eu sei. Tentei não vir. Não pude. – Disse, se deitando por cima do corpo agora despido dela.



E Anahí o aceitou. Alfonso, já sabendo dela marcada, teve cuidado para não machucar ou marcar ainda mais. Demorou bem menos que na noite anterior. Logo ele a possuiu, e ela inclinou o corpo, languida, gemendo de modo abafado, e ele a beijou, começando a se mover. Foi desconfortável a inicio mas logo os dois estavam juntos, levados pela mesma sensação. No escuro, quase em silencio, era segredo. E aparentemente todas as noites agora seriam assim.

Alfonso dormiu dessa vez. Anahí se chocou quando acordou na manhã seguinte e o viu dormindo, profundamente, ao seu lado. Ela se levantou com cuidado, cobrindo-o em seguida.


Anahí: Tem um rei dormindo na minha cama. – Murmurou consigo mesma, vendo Alfonso adormecido – É uma vida confusa. – Disse, coçando o cabelo.



E ela saiu, indo pro banho. O trancou lá, só por segurança, mas não fez diferença, ele ainda estava dormindo quando ela voltou. Não viu ela se vestir, nem cobri-lo com mais um cobertor, protegendo-o do frio que fazia. Não percebeu quando ela afrouxou o cinto e feixe de sua calça, lhe deixando mais confortável. Nem viu quando houveram batidas na porta. Mas Anahí viu. Seu coração disparou, olhando de Alfonso, seminu em sua cama, pra porta.



Anahí: Quem é? – Perguntou, em um sussurro.



Christian: Sou eu, Annie. Posso entrar? – Perguntou, distraído.



Anahí: Não! – Exclamou, segurando a porta. Então olhou Alfonso. Ele continuava dormindo, como podia?



Christian: O que há? – Perguntou, confuso.



Anahí: Não estou vestida. – Disse, com a primeira coisa que veio a cabeça – Aguarde um pouco.



Christian assentiu, completamente disperso. Anahí correu pro espelho, puxando o vestido pras marcas que ainda estavam ali e prendeu o cabelo como no dia anterior. Checando tudo ela olhou Alfonso, que continuava dormindo. Não podia deixá-lo trancado, uma hora ele acordaria e teria de sair. 



Anahí: Deus ajude que ninguém entre aqui. – Disse, ajoelhada ao lado da cama, passando a mão superficialmente no cabelo dele.

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