Capítulo 34

3.6K 152 15
                                    


Alfonso observou atentamente cada passo de Anahí. Ela apanhou o primeiro vestido que encontrara e jogou por cima, prendendo os cabelos de qualquer jeito. Ela foi até a escrivaninha dele, apanhando um canivete, e abriu o envelope, despejando as flores brancas na mesa lustrada. Eram de uma beleza sedutora. Anahí cortou as pétalas imediatamente, e se virou para ele.



Anahí: Toque fogo nisso. Em todas elas, e em cada uma. – Pediu, e ele assentiu, pegando o bolo grande de pétalas brancas amassadas nas mãos, caminhando até a lareira. Atiçou o fogo, e jogou as pétalas lá. O perfume que veio foi forte. Ele voltou até Anahí, vendo que ela observava o caule da planta.


Anahí apanhou um vidrinho vazio, de vidro, em uma gaveta qualquer, e colocou o caule da flor na borda da mesa. Com o canivete ela pressionou o caule. Um sumo branco opaco saiu dali, em uma quantidade quase assustadora para uma flor tão pequena, e ela o recolheu até que o frasquinho estivesse cheio. Fez isso com todos os caules, no final 12 frascos estavam cheios.



Alfonso: Acha que precisará dos 12? – Perguntou, e podia se ouvir a hesitação dele sobre aquilo, enquanto andava com ela no corredor.



Anahí: Não sei ao certo a quantidade. Vou dar aos poucos, até que ela recupere os movimentos totalmente, então eu paro. Não é uma ciência exata. – Disse, e ele parou na porta do quarto de Suri, respirando fundo – Confie em mim.



Alfonso: Eu estou confiando. – Disse mas ainda parecia nervoso – Estou lhe confiando o que tenho de mais precioso. – Ele respirou fundo novamente.



Anahí: Vai ficar tudo bem. – Garantiu, e selou os lábios com os dele, entrando no quarto. 



Suri despertou satisfeita, por ter o pai e Anahí ali. Sua satisfação foi embora assim que ela viu o frasquinho. O sumo cheirava a planta, e era branco opaco, quase cinza.



Suri: Não vou beber isso. – Disse, vendo Anahí apanhando uma colher.


Anahí: Sim, a senhorita vai. – Suri fez bico – Tu serás rainha, seja corajosa. - Incentivou.



Suri: Eu nem estou doente. Para que é isto? – Alfonso permanecia calado, nos pés da cama. 



Anahí: Quando for o momento, tu saberás. – Anahí não queria criar falsas expectativas, caso não desse certo.



Suri: Papai. – Apelou, desgostosa, vendo Anahí depositando o "xarope" na colher.


Alfonso: Ouça ela, meu anjo. – Pediu, em voz baixa. Alfonso estava branco feito cal. 



Anahí: No três. – Disse, e Suri olhou o remédio com uma careta – Um, dois, três!



Alfonso abaixou os olhos ao ver Suri abrir a boca e engolir o remédio. Anahí ainda lhe deu mais duas colheres cheias, três no total. 

Just One More About LoveWhere stories live. Discover now