Capítulo 42

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O problema foi que Alfonso, turrão, resolveu acompanhar Matt até a floresta. Por falta do que fazer, todos foram junto, logo ninguém achou ele pra dar a noticia. No castelo haviam três parteiras e dois médicos. Anahí estava assustada. As contrações iam e vinham. Ela sempre soube que haveria a dor, havia se preparado psicologicamente pra ela, era natural, mas não agora! Era muito cedo! Todos se preparavam para o parto, as rainhas saíram pra não encher o ambiente, todas angustiadas. Mas a pior era Madison. Essa estava indócil. Andava de um lado pro outro, passava a mão nos cabelos, parecia angustiada.



Katherine: Você está me deixando mais aflita do que eu já estou. – Avisou, vendo Madison.


Madison: Está errado... Está errado... Onde está Robert?! – Disse, angustiada.



Kristen: Já mandamos buscar Alfonso. Estamos aguardando. No que Robert pode ajudar? – Madison a encarou, franzindo o cenho.



Madison: Isso é assunto entre você e ele. – Dispensou, voltando a andar em círculos.



Levou horas. Anahí não fazia idéia de onde diabos Alfonso estava. Era cômico que o reino todo soubesse que o príncipe ia nascer, menos o rei. Estava nervosa, com medo, com dor. Depois de tudo, Deus não podia permitir que nada acontecesse com seu bebê. A livraram de seu vestido, tornando a estar de camisola. Haviam toalhas brancas, limpas, e água morna, sempre sendo trocada, esperando pelo bebê. Então, quando as contrações pareciam não ceder, Mary, que estava com as parteiras, veio pro lado de Anahí.



Mary: Bebê, me dê sua mão. – Disse, se sentando ao lado de Anahí. Anahí deu a mão a mãe. Já soava, tremula. – Agora eu preciso que você seja forte.



Anahí: Isso dói. – Ofegou, o cenho franzido.



Mary: Vai acabar. – Prometeu – Preste atenção. Agora concentre toda a sua força, tudo o que você puder, e faça força pra baixo. – Anahí gemeu. Temera esse momento. – Ajude o seu bebê a nascer. – Anahí assentiu e respirou fundo.


Ela gritou no momento em que fez força. A dor era simplesmente horrível, parecia não haver espaço dentro dela, ela não conseguia respirar, e ainda assim ela tinha que continuar. Fechou os olhos, lembrou de Alfonso despertando o bebê hoje pela manhã, assim que acordou. Lembrou-se dele chamando-o de "grandão". Então respirou fundo outra vez, apertando a mão da mãe, e voltou a fazer força pra baixo, mais que antes, sufocando o grito, até ter que parar, aos ofegos – Não conseguia fazer força ao mesmo tempo. Pelo visto seria isso, não parecia ter como piorar. Enquanto isso, longe dali.



Caroline: Você pode me explicar o que é isso? – Perguntou, em um murmúrio, sendo trazida de cavalo com Matt. Ele sorria.



Matt: Há tempo. – Disse, tranqüilo, caminhando a frente do cavalo dela, levando-o pela cela. Ela segurava a barriga, sentada de lado. Reparou que ele parecia bem, tinha vestes novas e não parecia ter medo, então ficou quieta, apesar da histeria interior.



Ian: E graças ao azedume de Alfonso eu ganhei uma inesquecível viagem até um buraco no meio do mato. Não vejo como agradecer. – Disse, debochado. Alfonso continuava de bico.

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