Capítulo 30

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Ian: O que quer dizer com isso? – Perguntou, calando o protesto de Alfonso.



Anahí: Há uma planta. Uma flor, para ser mais especifica. É o que foi servido a Dulce, antes de sua morte. Pode devolver as pernas da menina. – Respondeu, quieta. Os olhos de Ian pareciam dilatados.



Ian: Aquilo matou Dulce. – Impôs.




Anahí: O parto matou Dulce. A erva que ela tomou apenas a faria dormir profundamente, por um longo tempo. O bebê morreria, era o que Paul queria, que Alfonso não tivesse um herdeiro. – Explicou – Dulce entraria em um estado catatônico, quase morta, e o bebê morreria por falta de oxigênio. Mas ela acordaria. O que matou Dulce foi o corte que fizeram nela, para salvar o bebê. – Alfonso parecia enjoado, atordoado, seu rosto contraído em dor. – Paul sempre disse a todos que Suri havia morrido com Dulce. Só soube que a menina sobrevivera quando cheguei aqui.



Ian: E então?



Anahí: O que foi servido a Dulce foi um chá, fraco, apenas com o extrato da flor. Era o que a faria dormir. Mas acredito que tirando o sumo do caule e o ministrando direito remova o dano que fez a Suri.



Alfonso: Eu matei Dulce María. – Gemeu, nauseado, transtornado.



Christopher: Alfonso, se acalme. – Alertou, vendo o estado do outro.



Alfonso: Eu a matei mandando o médico lhe abrir a barriga para retirar Suri. Ela... Ela me pediu. Eu achei que já estivesse morta, mas ela estava viva o tempo todo, sentiu tudo. Meu Deus. – Ele pôs as mãos nos cabelos, completamente fora de si – Eu a matei.


Ian: Onde eu posso encontrar essa flor? – Continuou, determinado.


Anahí: No jardim do castelo de Paul. Apenas lá. Ele as cultiva como em um deboche pelo que fez. É uma flor simples, muito bonita, de pétalas brancas. É importante que se arranque da raiz. – Comentou, distraída – O jardim dele é coberto delas, porque foram graças a ela que ele conseguiu começar a guerra.



Ian: O que devo fazer ao ter a flor? – Anahí não notou que contando a verdade estava se tornando dispensável.



Anahí: Despreze as pétalas. Se ela tomar as pétalas pode morrer. Extraia o sumo, como um xarope, e o administre. Ela começará a sentir os impulsos. Não é certo, mas acredito fielmente nisto. – Disse, quieta.



Christopher: Você vai arriscar nisso? – Perguntou, olhando Alfonso. Mas este ainda estava muito aturdido. Eu matei Dulce María, eu matei Dulce María, eu matei Dulce María...



Ian: Tem certeza de que isso não vai envenenar a menina? – Perguntou, os olhos fixados nela.



Anahí: Envenená-la nunca. – Disse, convicta – Apenas se livre das pétalas.


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