Capítulo 33

3.2K 141 4
                                    


Anahí suspirou aliviada quando percebeu que Christopher havia interceptado Alfonso. Ele estava em segurança. Pelo menos ele. Ao chegar na fronteira, os guardas pararam para ver Anahí. Não havia ninguém no reino de Paul que não soubesse quem ela era. Ela não disse nada, apenas passou pela fronteira, ciente de que em minutos Paul saberia que ela estava lá. Mas antes ela precisava fazer algo.



Mary: Já vai! – Exclamou, tirando o avental, pondo-o na bancada. Era uma senhora, magra, dos cabelos louro claro e os olhos azuis. Ao abrir a porta, o choque. – Senhor Jesus. Anahí! – Exclamou, puxando a filha em um abraço. Anahí já chorava abertamente.



Anahí: Mamãe. – Disse, rouca, abraçando a mãe com força.



Ela percebeu que tudo que precisara todo esse tempo fora disso: Sua mãe. Que lhe abraçasse, lhe passasse conforto, alguém que não a machucaria, nem a faria mal. Todo o peso de tudo que havia acontecido desde sua partida pareceu cair sobre suas costas e Anahí se apertou mais a mãe, chorando desconsoladamente. Mary fechou a porta, já também ás lagrimas, sem soltar o abraço de Anahí, como se temesse que aquilo fosse um sonho.


Mary: Meu anjo, olhe só para você. – Disse, pegando o rosto de Anahí entre as mãos, olhando-a – É uma mulher agora, minha bonequinha. – Disse, o rosto cansado coberto pelas lagrimas. Anahí soluçou em seu choro, sorrindo.



Anahí: Senti tanto sua falta, mãe, precisei tanto de ti! – Disse, e abraçou a mãe novamente.



Demorou bastante tempo para as duas se acalmarem. Por fim Mary passou um café e tortinhas de chocolate para as duas. 



Mary: Sente-se, vamos conversar. – Disse, ainda saudosa. Não desgrudava os olhos de Anahí. 



Anahí olhou o banco alto, e olhou para baixo. Estava dolorida dos pés até a cabeça. Sentar já estava impossível depois da manhã inteira com Alfonso, e ela ainda teve que cavalgar. 



Mary: Annie? – Chamou, confusa.


Anahí: Estou bem em pé, mamãe. – Disse, sorrindo de canto.



Mary: Não seja tola, esta é sua casa. Sente-se. – Disse, ainda sorrindo. Anahí olhou o banco alto de madeira novamente. 



Anahí: Tudo bem. – Disse, respirando fundo.



Anahí tentou sentar, mas o banco era alto. Sem alternativa bateu a mão na xícara de café, derramando-a. Mary se virou imediatamente para apanhar um pano e Anahí subiu no banco, com uma careta de dor.



Anahí: Ai. – Gemeu, mordendo a boca. 



Mary: Está tudo bem, meu anjo. – Disse, alvoroçada pela presença da filha, enquanto limpava tudo – Sempre atrapalhada. – Disse, sorrindo consigo própria. Anahí ainda tinha uma careta no rosto. Então Mary parou – O que está fazendo aqui, Anahí? 

Just One More About LoveWhere stories live. Discover now