Capítulo 12

2.6K 153 5
                                    


Christian passou no quarto de Anahí apenas na manhã seguinte. A festa do aniversário de Ian ainda repercutia; Anahí dormiu levemente. Não soube que foi Alfonso que foi ao quarto dela, na madrugada, tirando-lhe o livro da mão e cobrindo-a direito.


Christian: Como você está?


Anahí: Vou sobreviver. – Tentou brincar, sorrindo. Christian sorriu, então seus olhos focalizaram algo. O livro, ao lado dela, na cama.



Christian: Anahí, tu roubaste o livro? – Perguntou, alerta.



Anahí: Não. – Disse, e abraçou o livro, na defensiva.



Christian: Como não? Esse livro é da biblioteca particular de Alfonso, ele não deixa que ninguém os toque, porque fez isso? – Perguntou, exasperado. Anahí ainda segurava o livro – Anda, me dá.


Anahí: Não! – Disse, descrente.



Christian: Eu vou tentar repor no lugar antes que ele dê falta, anda, me dá! – Insistiu. – Alfonso a matará por esse livro, sabe disso? – Ele avançou pra tomar o livro dela.


Anahí: Foi um presente!


Houve um instante de silencio no quarto. Christian olhou o livro luxuoso pro rosto de Anahí.


Christian: Um presente? De quem?


Anahí: De... De mim mesma. Eu mereço. Vou ler, depois reponho.


Christian: Anahí...



Anahí: Me deixa em paz, Christian! – Disse, exasperada – Alfonso não vai me matar por esse livro. – A certeza na voz dela quase a denunciou. Mas Christian não fez nada. Apenas negou com a cabeça, saindo dali. Ela respirou fundo, afundando na cama. 



Era noite. Madrugada, pra ser mais exata. A chuva açoitava as paredes, e fazia frio. No quarto de Anahí as velas estavam pela metade. Alfonso estava deitado de costas na cama, amparado na cabeceira, com ela deitada em cima de si, as costas amparadas em seu peito forte. Os dois estavam cobertos da cintura pra baixo. Alfonso tinha os seios de Anahí nas mãos, confortavelmente, como quem ampara, ou mede, o dedão a acariciando ternamente. Uma aliança dourada, que não era dela, brilhava no anular esquerdo dele, mas ela não se importava.



Alfonso: Tu tens dormido alguma noite esses dias? – Perguntou, divertido.



Anahí: Tanto quanto tu. – Disse, divertida. 



Alfonso: Eu te canso? – Perguntou, beijando o ombro dela, que sorriu.



Anahí: Se eu pudesse tê-lo por ainda mais tempo, assim seria. – Disse, virando o rosto, oferecendo-o para ser beijado. Alfonso sorriu e a beijou lentamente, de modo doce. Então houveram batidas na porta.

Just One More About LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora