Capítulo 20

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#Flashback de Alfonso


Alfonso: Que diabo está acontecendo? Onde está o médico? – Perguntou, raivoso.



Criada: Está a caminho, senhor. A chuva está detendo-o. – Disse, agoniada.



Dulce: Alfonso... – Chamou, fraca, na cama. Ele a olhou. Ela respirava superficialmente, e estava branca demais.


Alfonso: Vá, e traga-o! – Ordenou, e a criada saiu. Ele foi até a cama, apanhando a mão de Dulce. Estava ficando fria. – Eu estou aqui, meu amor. – Disse, beijando a mão dela.


Dulce: Eu estou morrendo. – Disse, e tossiu em seguida.


Alfonso: Não diga tolices, Dulce. Isso foi apenas... Apenas... É só um mal estar. – Disse, alterado. Pobre Alfonso.


Dulce: Precisa me escutar. – Disse, e duas lágrimas caíram pelo canto dos olhos dela – O médico...


Alfonso: Está chegando. Logo. – Prometeu, afobado. Se acontecesse algo a Dulce o médico morreria antes de bater no chão.



Dulce: Quando ele chegar... Alfonso, o bebê... – Ela engasgava com as palavras. Os olhos já estavam fechados, e ela soava. A barriga enorme parecia ser um pecado contra algo tão frágil – Salve o bebê.



Alfonso: Amor, não fale. Não se canse mais.



Dulce: Me prometa. – Ela respirou fundo, e com algo que parecia ser um esforço estrondoso, abriu os olhos quase sem brilho para encará-lo – Me prometa que vai salvar nosso filho. Prometa que vai cuidar dele. Prometa... Alfonso, prometa agora.


Alfonso: Eu prometo. – Disse, se abaixando para beijar a mão dele.



Só que quando ele ergueu o rosto não era mais Dulce; Era Anahí. Os olhos dele se abriram em choque, e a mão dela o apertou. A respiração de Anahí ficou suspensa por instantes, então a cabeça dela pendeu para trás, os olhos azuis ainda abertos. Mas aquela era a morte de Dulce, não a de Anahí. O medico chegaria em segundos, e traria Suri a vida. Aquela era a morte de Dulce, ele se lembrava claramente.


Alfonso: Não. – Disse, apavorado. – Anahí, não. – Disse, tocando o rosto dela. – Não, outra vez não.


Anahí estava arrumando o quarto. Queria sair dali antes que ele acordasse. Mas ele estava inquieto. Ela se apressou, deveria estar acordando. Mas ele estava realmente inquieto. No sonho de Alfonso...



Alfonso: Anahí, pare com isso! Pare agora! – Ele apanhou o rosto dela, erguendo-a da cama. Os olhos permaneceram mortos, e a cabeça dela pendeu para trás, os cachos balançando no ar. – Você não é Dulce, não vai morrer como ela, acorde! ANAHÍ, ACORDE! – Rugiu, apavorado. Então a barriga de Dulce, enorme, sumiu. Em compensação uma mancha de sangue começou a brotar no lençol branco. – Não... Por favor... 

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