Capítulo 22

4.1K 141 25
                                    


Na manhã seguinte... Alfonso acordou aos poucos, e se virou. Pela primeira vez em mais de 5 anos havia alguém na cama. O braço dele buscou o corpo frágil de Anahí, abraçando-a. Ele abriu os olhos, vendo Anahí dormindo do seu lado, os cabelos escuros caídos a sua volta. Ele apanhou um dos cachos, menos vivos do que costumavam ser no dedo e enrolou, tentando modelá-los... Quando soltou voltou ao normal. Ele revirou os olhos.



Ian: Alfonso, trate de acordar, eu quero saber se... – Ian entrou no quarto, e parou na porta com a cena. Anahí e Alfonso abraçados, cobertos até a cintura, ela de espartilho, dormindo – Curioso. – Disse, prestes a cair no riso.



Alfonso: A porta não estava trancada? – Ian ergueu a mão com um molho de chaves, ainda admirando a cena – Ótimo. – Alfonso trouxe Anahí mais pra si, na defensiva. Dormindo, ela acolheu o braço dele em sua cintura, a mão o segurando suavemente. 



Ian: Pelo visto você está bem. – Disse, cruzando os braços.



Alfonso: Perfeitamente. Quer dar licença? – Perguntou, exasperado.



Ian: Quem diria, vossa alteza... – Disse, os olhos claros sondando o rosto de Alfonso – Tu realmente te apaixonaste pela criada. – Concluiu, intrigado. 



Alfonso: É assunto seu? – Perguntou, na defensiva, puxando ainda mais Anahí pra si. Mais um pouco e desmontaria a pobre. 



Ian: Mas é claro que não. – Disse, divertido – Com sua licença. – Disse, debochado, se curvando. Alfonso revirou os olhos. Ian saiu, fechando a porta, e o riso dele foi audível até dentro do quarto.



Ele olhou o rosto dela, que ainda dormia tranquilamente. Se lembrou da voz dela, afogada, gemendo seu nome, há apenas algumas horas. Ele sorriu, afundando o rosto no pescoço dela, beijando-a. Anahí despertou, se espreguiçando, manhosa, e sorriu também.



Alfonso: Bom dia, anjo. – Murmurou, beijando o rosto dela docemente.


Anahí: Bom d... Dia? – Perguntou, arregalando os olhos. Alfonso ergueu as sobrancelhas. Anahí olhou em volta. A claridade da luz do dia entrava pela janela fechada, e o perfume de orvalho denunciava que já amanhecera.



Alfonso: Algo vai mal? – Perguntou, olhando pra janela, sem entender.



Anahí: Claro que vai mal, como eu vou sair daqui? – Perguntou, se sentando. Ela puxou o lençol para se cobrir. Alfonso riu, deitando no travesseiro – Não ria! Eu deveria ter ido embora assim que você dormisse, que diabo! – Disse, aflita.




Alfonso: Eu tenho roupas. Posso emprestar. – Brincou, dando um beijinho no ombro dela. Então imaginou Anahí vestindo suas roupas e gargalhou gostosamente, voltando ao travesseiro.


Anahí: Eu pareço estar brincando? – Perguntou, ultrajada. Alfonso estava ficando vermelhinho pelo riso – Como vou sair daqui, Alfonso? Não posso simplesmente desfilar por ai de roupão! – Ele demorou um instante pra conseguir pegar fôlego.

Just One More About LoveWhere stories live. Discover now