Capítulo 08

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Anahí estava deitada, em seu quarto. Dormia profundamente, mas tinha a impressão de que era observada. Abriu os olhos e Alfonso estava parado no quarto. Com aquele olhar estranho que parecia devorá-la.



Anahí: O que... 



Alfonso: Shhh. – Ordenou, e ela se calou, confusa.



Ela se sentou, assustada, e ele avançou para a cama. Anahí, sem ter pra onde recuar, aguardou. Alfonso avançou pra cama em duas passadas, a mão apanhando o rosto dela. Anahí ainda tinha aquele olhar assustado. Ele passou pra cima dela, sentindo o corpo frágil recebendo seu peso e a beijou. Ela arfou, mas correspondeu o beijo, os lábios frágeis sendo oprimidos pelos dele. As mãos dele buscaram os seios dela por cima da camisola, encontrando-os, apalpando-os. Tinham o tamanho que ele imaginara ao vê-la vestida. Ele ergueu a mão, trazendo-a ao rosto dela, separando-se de seu beijo para encará-la. Ela sorriu atrevidamente pra ele, as mãos buscando os botões da camisa que ele usava pra dormir, abrindo-a. Ele apanhou a camisola dela, removendo-a ao mesmo tempo que ela tirava sua camisa. Alfonso a abraçou novamente, se pondo entre as pernas dela, que as abriu, acolhendo-o, enquanto o beijava, as mãos atrevidas percorrendo os músculos das costas dele, apertando-os...



E ele acordou.



Alfonso olhou a escuridão do quarto, o cenho franzido. Era o travesseiro dela. Ele o apanhou, sentindo o perfume leve, floral, mais uma vez. Em seguida se virou, sentindo o próprio cheiro no outro travesseiro. Seu peito arfava. Ele não queria pensar, não queria imaginar... Mas a possibilidade já se materializara em seus sonhos. Ele até já imaginava qual era a sensação. E o principal: A idéia o agradava.


---*


Anahí dormiu pesadamente aquela noite, cansada, mas Alfonso não voltou a dormir, mesmo as acomodações dele sendo bem melhores que as dela. Ele pensou muito durante aquela noite. O dia amanheceu e ele estava parado, a cabeça entre dois travesseiros, entre o próprio perfume e o perfume dela, pensando no que era certo, e no que queria fazer. Anahí acordou, se banhou, se vestiu e penteou, e foi apanhar suas atividades. Tudo como o rotineiro. Mas...



Alfonso: Srta. Dobrev? – Chamou, entrando na cozinha. Nina se virou, sobressaltada. Alfonso não costumava ir ali... A não ser com um propósito.



Nina: Senhor?



Alfonso: A garota que me serviu ontem... – Interrompido.



Nina: Anahí, senhor. – Entregou, vitoriosa. Com certeza ele mandaria colocar Anahí para fora.



Alfonso: Eu sei seu nome. – Disse, quieto – Onde ela está? 



Nina: Na... Na lavanderia, senhor. – Informou.



Alfonso: Vá atrás dela. – Nina ia sorrir, vitoriosa, mas... – Eu quero que ela sirva o almoço hoje.



Nina ficou quieta um instante. Essa atividade era sua. Ela processou por um instante e Alfonso ergueu a sobrancelha, aguardando.

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