Capítulo 47

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Uma vez expulso do lado de fora, o caos reinava fora do castelo. Gritos, tiros, flechas, metal se chocando, corpos caindo, cavalos relinchando, canhões, e mais gritos até o perder de vista. Apenas 3 pessoas pareciam estar tranqüilas: Christopher, Ian e Robert, em seus cavalos, cada um em seu canto. Alfonso estava, resumidamente, furioso. Onde aquele desgraçado estava? Christopher estava em seu cavalo, observando e ordenando seu exercito, quando outro cavalo se aproximou. Era Ian, rindo, pra variar.



Christopher: Imagine encontrá-lo aqui, Ian. – Disse, divertido.



Ian: Dia bonito. – Comentou, leviano.



Christopher: Isso anima você? – Perguntou, virando o rosto. Ao contrário dos outros, Christopher não usava capacete. Ian tirou o seu, sacudindo o cabelo distraidamente, ainda sorrindo.



Ian: A você não? – Perguntou, como se o fato da armadura dele estar coberta em sangue fosse trivial. Foi então que o cavalo de Robert surgiu, trotando, se aproximando dele – Robert, que surpresa! – Disse, como se recepcionasse alguém em uma festa. Christopher riu, balançando a cabeça, mas Robert estava sério.



Christopher: Que cara é essa? Deslocou um músculo? – Ian gargalhou com essa, mas ainda assim Robert não riu.



Robert: Ian. – Ofegou, puxando a rédea do cavalo – Katherine. – Resumiu, e o riso de Ian morreu no rosto, assim como a diversão no rosto de Christopher.


Ian deu meia volta com o cavalo, dando as costas a guerra, e sumiu em direção ao castelo. Christopher observou, os olhos preocupados, mas não podia acompanhar ele e Robert: Alfonso estava exclusivamente atrás de Paul, e alguém tinha que comandar as tropas. Paul já saíra do castelo. Cuidaria de Madison assim que a guerra estivesse controlada, e Anahí seria a próxima. Agora cantava vitória do lado de fora, matando todos que cruzavam seu caminho. Logo uma pilha de corpos estava ao seu redor. Foi então que...


Alfonso: Finalmente. – Grunhiu, se aproximando do circulo, os olhos dilatados de ódio. Paul se virou tranquilamente, encarando-o – Encontrei você, sua barata imunda. 



Christopher viu as pessoas parando de lutar para observar algo, se afastando pra dar espaço, logo um circulo se formando, e ergueu a sobrancelha, aguçando o olhar. Sorriu de canto, um rosnado ansioso saindo de seu peito, e se aproximou, não para intervir, mas para assistir o duelo que começaria ali. A espada de Alfonso cortou o ar no momento em que Christopher parou para observar. Uma coisa era certa: Aquilo terminaria ali.


---*


Pandemônio. Os soldados de Christopher não foram treinados para abandonar uma luta, mas também não foram para atacar quem não revidava, e os soldados de Paul pareciam estar mais interessados no duelo do que ganhar a briga em si. Christopher, em seu cavalo, observando a briga, tinha o cenho franzido de concentração... Então suspirou e revirou os olhos.


Christopher: Ah, pelo amor de Deus, vocês querem calar a boca? – Perguntou, exasperado. Os soldados o olharam – Eu estou tentando assistir isso aqui. Agradecido. – Disse, debochado.

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