A atividade resultou prazerosa. O tapete já estava limpo, verdade seja dita, mas como Anahí recebera ordens e não queria problemas, levou-o pra limpar novamente. Encontrou um espaço de sombra, na área da lavanderia, arejado e seco, abriu o tapete e pôs a menina sentada em cima. Lhe deu uma escovinha e ficou com uma. As duas se colocaram a conversar e a trabalhar juntas. Era agradável, simples, leve. Fazia Anahí se sentir bem ver que a pequena estava tão radiante. Enquanto isso, dentro do castelo...
Nina: Senhor. – Disse, branca feito papel, se aproximando. Alfonso e Ian tinham um mapa em cima de uma mesa, e conversavam intensamente, desenhando rotas. Alfonso ergueu o rosto, sério, os olhos verdes sondando a outra.
Nina gaguejava. Alfonso a iria matar, isso era certo. Dito e feito, enquanto ela foi explicando o rosto dele foi se transformando, se tornando mais duro, até que ele interrompeu.
Alfonso: Onde está minha filha, Srta. Dobrev? – Perguntou, a voz dura. Ian observava os dois.Nina: Eu não sei, senhor. – Admitiu, olhando o chão – Eu a deixei em seu quarto, em sua cadeira e vim trazer a bandeja do café da manhã. Quando eu voltei a porta estava aberta e ela já não estava. – Alfonso largou a pena que tinha na mão, e Nina estremeceu – Eu já procurei em todas as dependências do castelo, senhor. Ela não está em nenhuma, e não pode ter subido para as torres, então eu...
Alfonso: Pensei que fosse paga para que Suri fosse assistida. – Rosnou, atravessando a sala. Ele abriu a porta, gritando o nome de alguém – Acredita em Deus, Srta. Dobrev? – Perguntou, virando o rosto.
Nina: Sim, senhor.
Alfonso: Pois ponha-se a rezar para que minha filha esteja bem. – Aconselhou, e a ameaça por trás daquilo era evidente.
Ian: Fique calmo. A menina deve estar por ai.
Alfonso: Por onde, Ian? – Perguntou, já ofegando de raiva – Correndo por ai, brincando? Eu não creio.
O homem que Alfonso gritou chegou, e ele mandou que se reunissem os homens e dessem uma batida atrás de Suri. Ele próprio saiu a procura da menina, acompanhado por Ian.
Anahí: Eu creio que já esteja bom. Vai terminar por esfolar. – Disse, se deitando no tapete. Suri riu, se deitando também.
Suri: Os do meu quarto são como estes. – Disse, passando a mão no tapete. Anahí passou a mão no rosto, cansada, olhando as nuvens.
Anahí: Tens tapeçarias em teu quarto? – Perguntou, estranhando.
Suri: Claro, tu não tens no teu? – Perguntou, confusa.
Anahí: Não. – Disse, ainda olhando as nuvens – Tua mãe deve gostar muito de ti. Tapeçarias como estas são caras, sabes?
Suri: Não conheci a minha mãe. – Anahí virou o rosto, olhando-a. – Mas papai diz que como uma princesa, eu vou superar isso.
Anahí: Teu pai te chama de princesa? – Perguntou, sorrindo.
Suri: Todos chamam. – Disse, cada vez mais confusa. Anahí riu.
Anahí: E tu és. – Disse, olhando a cadeira de rodas atrás da menina. Era injusto e triste que Suri, tão pequena, não pudesse andar.
Suri: Papai diz que quando eu tiver idade, e quando ele já não estiver aqui, serei rainha. – Comentou. Anahí parou, olhando pra cima.
Anahí: Como é o teu nome? – Perguntou, encarando a menina.
Suri: Suri, já não o disse? – Perguntou, confusa.
Anahí: T-teu sobrenome. – Disse, um nervoso a apanhando tão violentamente que a fazia tremer – Quem é teu pai?
Suri: Sou Suri Marie Herrera. – Anahí arregalou os olhos, quase sufocando – Sou filha de Alfonso. O que foi, Annie?
Mas Anahí tinha levantado de um salto. Ofegava, e recuou um passo. Estava perdida.
Anahí: Não é possível. Tu estás morta. – Disse, passando a mão no rosto. Era o que achava. A filha de Alfonso Herrera morrera com a mãe, era o que Paul dizia a todos do reino. Não era possível que aquela menina... Mas Anahí olhou o vestido que usava. Os tecidos eram finos, delicados. A cadeira de rodas, o cabelo...
Suri: Não estou, não. – Disse, se amparando nos bracinhos pra poder levantar. Custou um pouco mas conseguiu – O que há? – Anahí nem conseguia respirar. Se aquela menina realmente fosse a princesa...
Anahí: Eu estou morta. Morta. – Gemeu, o rosto em panico. – Porque não me disse antes, Suri?
Suri: Porque tu não o perguntaste. – Disse, mais confusa ainda.
Anahí: Vão me matar. Preciso levar você de volta. Agora! – Disse, indo até a menina. Ela apanhou a cadeira de rodas, pondo-a no lugar.
Suri: Mas porque?
Anahí: Não tenho tempo, já devem ter dado por tua falta! Deus, o que eu fiz? – Perguntou, se abaixando para poder apanhar a menina. Mas então...
XXXX: Parada! – Ordenou e Anahí gelou, empedrada no lugar. – ENCONTREI A MENINA! – Gritou, informando a alguém.
O que ocorreu foi um dos soldados de Alfonso pondo Suri na cadeira de rodas e levando-a dali. Então uma pancada forte atingiu o rosto de Anahí, e ela desmaiou.
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Just One More About Love
FanfictionObra original e completa. Não disponível para download ou adaptações. Todos os direitos reservados.