Four

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   Quando chegamos ao estacionamento, Baekhyun destravou o seu Hyundai i30 cinza chumbo, pelo visto as lutas estavam dando um bom dinheiro.  Pus o cinto, esperava que ele não gostasse de correr tanto quanto Chanyeol.

   — Posso saber aonde estamos indo? —  Eu mantinha meu olhar fixo na rua enquanto saíamos da garagem do prédio.

  — Chanyeol me encarregou de te proteger. —  resmungou trocando de marcha. —  E eu preciso treinar, então você vai junto comigo.

— Eu poderia muito bem ficar sozinha. —  Rolei os olhos. — Ninguém sabe que eu sou sua vizinha.

— Você é tão ingênua. —  Riu. — Esses caras são rápidos, quando menos esperar eles já irão saber tudo sobre sua vida.

  Engoli em seco, definitivamente eu estava encrencada e confiar em Baekhyun me parecia a única opção.

Ele ligou o rádio, músicas internacionais tocavam mas a minha cabeça estava a mil. Ainda não tinha esquecido a imagem de Jaeseong caído no chão. Eu tinha feito aquilo, tinha sujado minhas mãos.

   Por mais irritante  e grosso que Baekhyun fosse, era impossível negar o fato de que me coloquei sozinha naquela situação. Precisava frear minha curiosidade o quanto antes.

   Baekhyun estacionou em frente a um bar, ele não disse que ia treinar?

—  Desce do carro, kitten. — Tirou as chaves da ignição.

—  Kitten. — Imitei seu tom, descendo do carro. —  Eu não sou um gatinho indefeso.

— É mesmo? — Seu sorriso debochado se alargou enquanto ele encarava a estampa em minha blusa. — Não é o que parece, kitty girl.

Bufei começando a perder a paciência, Baek pegou uma mochila preta no banco de trás do carro e o trancou. O segui apesar de não achar o lugar seguro.

Mesmo a luz do dia, o bar parecia mal iluminado, poucas mesas estavam dispostas num pequeno espaço, um balcão ficava a esquerda, atrás dele uma prateleira cheia de bebidas e um cara forte com uma expressão brava.

— Konai. —  Baek se aproximou do balcão com uma expressão simpática. — Quanto tempo.

—  Que surpresa você ainda estar vivo. — O homem provocou passando um pano úmido sobre o balcão.

Konai era bem mais alto que Baek, tinha braços que mais pareciam toras de madeira, uma pele bronzeada com uma tatuagem de falcão no ombro e um sorriso desconfiado.

Baekhyun puxou a carteira do bolso, tirou um bolo de notas de lá e pôs sobre o balcão. Era muito dinheiro, quase o meu salário quando trabalhava na creche.

— Tudo o que te devo. — Sorriu presunçoso. —  Agora me dá a chave.

Konai contou as notas com cuidado e as guardou sob o balcão. Ouvi um click e então suas mãos voltaram com uma chave prateada.

— Eu já estava quase dando para outra pessoa. —  Seu tom me deixava um pouco alarmada, mas Baekhyun parecia confortável. —  Você  nunca aparece aqui com garotas. Está perdendo o foco?

Finalmente minha presença ali foi notada, e eu sinceramente não sabia se era algo bom. Respirei fundo e deixei um braço passando em frente ao corpo, apoiando no outro que estava esticado.

— Ela é inofensiva. —  Baek me olhou de canto, acabando por rir em seguida. — Agora preciso treinar.

Baek fez um sinal e eu o segui. Odiava aquilo, ele me tratava como se eu fosse um boneco ou seu novo animal de estimação. Nós seguimos até o fundo do local, um pequeno corredor, dobramos a direita, tinha uma porta escrito dispensa.

Knock Out 《Baekhyun 》حيث تعيش القصص. اكتشف الآن