Twenty eight

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    Chanyeol ligou para alguém a caminho do hospital, mas eu nem estava mais prestando atenção em nada. Enquanto carregavam Baek em direção a emergência eu só conseguia me desfazer em lágrimas.

     Enquanto lavava todo o sangue em minhas mãos só conseguia pedir para que Baek ficasse bem. Me sentei na sala de espera e em algum momento entre todas as minhas orações, eu devo ter dormido.

     — Suzy — a voz de Minseok me chamou gentilmente.

  — O que aconteceu com o Baek? — Tentei me levantar mas ele me manteve sentada — ele está bem?

   Sequer sabia quanto tempo havia se passado e temi que Baek estivesse em estado grave.

  — Calma —  me soltou — o médico acabou de vir aqui, ele tá muito machucado, mas nada que precise de cirurgia.

   Então não era tão grave assim.

   — Ele acordou?

   — Ainda não —  engoliu em seco — ele perdeu bastante sangue, eles acham melhor deixá-lo descansar por mais tempo.

  — Você está mentindo — meu coração se acelerou.

  Seu tom calmo, o modo como segurava minha mão com cuidado, algo devia estar errado ali.

  — Não estou, o Baek tá vivo e você precisa deacansar — se tornou um pouco mais sério — ninguém pode visitá-lo agora, então você vai pra casa.

 —  Não — cruzei os braços — eu não vou sair daqui.

  — Suzy, não tem nada que possa fazer por ele aqui — respirou fundo — eu prometo que amanhã vai poder vê-lo.

  — Promete? — Meus olhos estavam marejados — se isso for uma mentira....

   — Eu não tenho motivos para mentir, agora vamos — sorriu fraco — você precisa de uma roupa que não esteja cheia de sangue.

   Me despedi de todos, Chanyeol e Minseok me deixaram em casa e prometeram voltar no dia seguinte.

    Tirei as roupas sujas e joguei no cesto. Chorei enquanto tomava banho, eu sabia que algo ruim ia acontecer e mesmo assim não consegui evitar.

    ***

  O quarto em que Baekhyun foi colocado era frio, os lençóis que o combriam eram azulados. Ele estava limpo e com um curativo na testa. Uma bolsa com soro estava pendurada num suporte ao lado dele.

    Me aproximei devagar, parecia tão frágil ali, cheio de hematomas e curativos. Parei próxima a cama, mexi gentilmente em seus cabelos e o encarei.

  Parecia que ele ia quebrar apenas com um toque meu.

   — Kitten — entreabriu os olhos e deu um sorriso fraco magoando o lábio partido.

  — Como sabia que era eu?

   — Seu cheiro — a voz estava baixa — gatinho assustado com uma pitada de morango.

   — Bobo — eu poderia chorar de alívio  — me assustou ontem.

  Ele tentou se sentar mas pareceu sentir muita dor então desistiu. Eu consegui inclinar a cama, Baek parecia mais confortável assim.

  — Achei que ia morrer — desviou o olhar — mas eu disse que vaso ruim não quebra fácil.

   — Você tá melhor agora?

   A imagem de Baek todo coberto de sangue ainda vinha em flashes assustadores. Precisava lembrar de que agora tudo ficaria bem.

   — Parece que um caminhão passou em cima de mim — se recostou nos travesseiros — mas vou sobreviver.

    — Eu estava tão assustada — mordi o lábio tentando me segurar.

   — Senta aqui — foi um pouco para o lado.

  — Não posso, e você ainda está machucado.

   — Anda logo — rolou os olhos — eu não sou de porcelana.

   Ainda hesitante me sentei, Baek apoiou a cabeça em meu ombro, seu braço descansou sobre minha barriga.

   — Nunca mais faça isso comigo — mexi em seus cabelos — pensei que não fosse acordar.

   Passei uma das piores noites da minha vida, apenas pedindo pra que ele ficasse bem.  Me apegar a Baek foi um erro bem grande, mas agora não havia volta.

   — Vai ter que se minha babá — seus dedos acariciavam minha cintura.

   — E é claro que vai fazer de tudo para me dar trabalho — sorri — porque você gosta de me ver sofrer.

  — Talvez eu  tenha uma queda por te irritar — riu mas então se encolheu — droga, acho que nunca apanhei tanto na minha vida.

  — Aquele cara era um monstro. — me encolhi.

  — A Jinnie deve ter dado algo para ele.

  — Ele tinha olhos mortos — me arrepiei — e parecia uma montanha.

     — Não vamos falar disso agora — se aconchegou ainda mais em mim — eu só quero dormir por uma semana.

  — Então eu vou sair para você descansar.

  — Não — seu braço continou firme me minha cintura — você fica aqui.

  —Vai ser ruim para dormir.

  — Eu aguento — Baek pareceu que ia me beijar na boca mas então beijou minha bochecha —  pelo menos está segura aqui.

    — Você não tem jeito — mexi em seus cabelos.

      Baek continou apoiado em mim, meu coração se acelerou mas eu apenas tentei ignorar. Não era hora de se apaixonar, ou iria estragar tudo.

    — Eu gosto do seu cheiro, kitten — murmurou sonolento.

  — Bom saber, que você gosta de gatinho assutado com uma pitada de morango — sorri.

    Quando percebi ele já estava dormindo, gostaria de poder garantir que Baek não ia se machucar de novo.

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Que susto

O Baek vai ficar bem

Suzy tá ficando xonadinha
 

  

Knock Out 《Baekhyun 》On viuen les histories. Descobreix ara