Fifty seven

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   Jinnie precisava ser presa, mas nós sabíamos que ela tentaria se livrar da prisão e foi por isso que procuramos o deputado Lee mais uma vez. Kyungsoo queria ter certeza de que aquela mulher não sairia impune.

   — O que querem que eu faça? — O deputado Lee bufou irritado.

  — Garanta que ela seja culpada — Chanyeol mantinha os braços cruzados — o laboratório tem provas suficientes. 

  — E se ela me incriminar? — Ele afrouxou a gravata.

  — Já pensei nisso — Kyungsoo sorria como um gênio do crime — o senhor vai dizer que forjou uma parceria para investigar o local.

   — Não vão  acreditar — o homem parecia prestes a ter um ataque de pânico.

  — Por favor, não se finja de desentendido — Baekhyun debochou — quando foi que políticos perderam a razão?

   — Vou seguir o plano de vocês, mas eu acho bom isso dar certo, porque...

  — Porque se der errado o único prejudicado será o senhor — Kyungsoo ajeitou a postura — acho que acabamos por hoje.

   Eu ainda estava com medo de que Jinnie escapasse ou de que os meninos acabassem presos mas preferia acreditar que o plano funcionaria.

   ***

   —  Você tem certeza? — Eu parei ainda segurando a tinta.

  — Tenho, pode pintar.

   Baek pediu para que eu pintasse seu cabelo de preto novamente, acontece que eu nunca tinha pintado um cabelo antes. A raiz já tinha crescido mais de dois dedos, aos poucos as marcas externas deixadas por Jinnie iam sumindo.

  — Se você acabar careca, eu não me responsabilizo — ri começando a tingir os fios.

    Estava seguindo as instruções da caixa, não podia ser tão difícil. Depois de cobrir todo o cabelo com tinta, eu marquei o tempo no relógio, torcendo para que ficasse bom.

  — Eu já sei quando é minha próxima luta — ele quebrou o silêncio.

   — Baek, você não acha muito cedo?

Não faziam nem dois meses que ele estava livre, por mais que parecesse bem algumas coisas não se resolvem da noite pro dia.

  —  O tempo está passando, eu preciso me livrar do Boseon —  bufou — não quero ter mais nenhum vínculo com ele.

   — Tente não acabar no hospital. 

— Dessa vez vai ficar tudo bem, eu vou pagar minhas dívidas e ter uma vida normal. 

— Agora vai criar coragem para visitar seus pais? — Eu tirei as luvas sujas de tinta.

   — Acho que está na hora, fazem tantos anos que não vejo minha mãe —  suspirou — devo ser um filho horrível. 

  —  Não fala assim, você teve seus motivos e eu tenho certeza que ela vai ficar feliz em te ver.

   —  Espero que sim.

   Eu também estava tentando  resolver as coisas com meu pai, tinha procurado um advogado e ele me assegurou de que minha madrasta não podia impedir meu contato com ele. Iria ter uma conversa séria com ela e se tentasse impedir minhas visitas, eu iria entrar na justiça.

    O alarme soou e Baek foi lavar o cabelo. Tinha ficado preto, porém mais escuro que o natural.

   — Agora sou eu de novo — sorriu se encarando no espelho.

Knock Out 《Baekhyun 》Onde as histórias ganham vida. Descobre agora