Fifty one

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  Jaebeom era incrível e era justamente por isso que eu não podia decepcioná-lo. Preferi ser honesta desde o começo, ele sabia como eu me sentia mas mesmo assim continuava ali.

   Eu consegui um emprego, me ajudava a juntar dinheiro para tentar trazer meu pai para Seul e ocupava meu tempo.

   Eu treinava com Kai, ajudava Minseok com exercícios de memória e  saía com Lilo ou os garotos. Mesmo assim, quando eu voltava para casa, havia aquele vazio, a sensação de que para sempre iria faltar algo.

   Fazia quase um ano desde que Baek entrara em minha vida, e na maior parte do tempo ele estava longe.

    — Não se esqueça de mandar esses relatórios para mim — avisei parando na porta da sala de Taemin.

  Ele trabalhava no setor de contabilidade da empresa e ficava a apenas duas salas de mim. Eu estava me saindo bem no setor administrativo, trabalho ajudava a acalmar meus pensamentos.

  — Ok, você não vai querer sair com o pessoal? — Ele virou na cadeira.

  — Não  — soltei meu coque — eu só quero ir para casa e descansar.

O pessoal da empresa foi receptivo comigo desde o começo,  mesmo assim eu não me sentia com vontade de sair e comemorar nada, cada garrafa de soju apenas me empurraria para mais memórias dolorosas e ficar sóbria enquanto todos se embriagam e riem me lembraria de como sou uma fraude. Todo dia levantava e seguia com a rotina que criei parar me obrigar a parar de afundar em tristeza, mesmo assim, ao deitar para dormir me pegava desejando que Baekhyun estivesse ali.

  — Te vejo amanhã então — ele sorriu e eu acenei.

  — Tchau.

[ coloquem a música da multimédia]

     Peguei minhas coisas e desci pelo elevador. Minha sala ficava no 16° andar e a janela dava vista para o centro. O céu ainda não estava completamente escuro e eu ia em direção a estação de metrô.

    Era uma noite quente e eu só queria poder tomar um banho logo. Foi rápido mas chamou minha atenção, Baek estava saindo de um carro com Jinnie.

    Eu fiquei parada tentando evitar que eles me vissem, ele agora tinha cabelos tingidos de loiro e usava uma blusa estampada que combinava com a dela.

   — Nós vamos nos atrasar — eu ouvi quando Jinnie disse sorrindo.

  —Temos que correr — ele sorriu.

  Não podia ser, ele não podia estar feliz ao lado daquela mulher, eu não queria acreditar que Baekhyun tinha me esquecido.

     Ele olhou na minha direção e então desviou o olhar.

  — Eu vou na frente, pegue as coisas dela — dela quem?" — Não vá demorar.

   — Tudo bem, amor.

  Eu queria vomitar, continuei encarando quando Baek voltou a abrir o carro. Eu sabia que não era uma criança, não havia passado tempo suficiente para eles terem um filho.

   Para o meu alívio eram apenas coisas de cachorro, Baek voltou a olhar na minha direção quando me movi, ele com certeza estava me vendo.

  — Vá embora — ele sussurrou para mim.

   — Baek..

  — Eu estou mandando — ele falou sério.

   — Não pode estar feliz com ela — segurei minha bolsa.

   — Não importa  — respirou fundo — agora suma. 

    Baek saiu na direção em que Jinnie tinha ido e eu fiquei parada ali. Ele não parecia querer voltar, ele não parecia nem estar tentando e aquilo partia meu coração.

  Segurei a vontade de chorar enquanto ia em direção ao metrô. Peguei meu celular e enviei uma mensagem para Lilo.

  Suzy: pode me aguentar chorando e reclamando da vida por alguns minutos?

Pode vir pra cá. O que aconteceu? : Lilo

Narrador pov


A cabeça de Baekhyun doía, Jinnie as vezes o dopava sem que Baek percebesse e seu corpo estava começando a sofrer com isso. No momento ele estava consciente e ter visto Suzy não era nada animador.

  Ele parecia a mesma mas ao mesmo tempo diferente, mais séria, mais fechada e aquilo era culpa dele.

   Jinnie confiava mais em Baekhyun agora mas mesmo assim ele não conseguia pensar em como fugir. Sabia que no momento que deixasse o laboratório um alvo estaria sobre todos os que amava.

   — Você demorou — Jinnie disse segurando a cadela no colo.

  Ela havia resolviso adotar a cachorrinha alguns meses atrás e Baek se perguntou quão carente e louca Jinnie era.

  — Não estava achando a coleira —  Baek mentiu com um sorriso — mas agora nós podemos ir.

    Os dois seguiram em direção ao restaurante, a cachorrinha ficaria mais algum tempo no pet shop, foram apenas levar coisas para ela.

    Baek estava morrendo de dor de cabeça mas não queria arriscar pedir um remédio e acabar sendo dopado por Jinnie.

  — Gosta de vinho branco? — Jinnie encarava o cardápio.

  — Prefiro Whisky — Baek engoliu em seco.

  Seria bom encher a cara, beber até apagar e não se lembrar do inferno que sua vida se tornou.

  Precisava voltar para Suzy e implorar pelo perdão dela, mas não sabia como.

   — Olhe quem está ali — Jinnie sorriu maliciosa — o deputado.

  — Desde quando o conhece? — Baek escondeu a surpresa.

  — Ele já financiou minhas pesquisas — ela encarou as unhas — espere aqui.

  Ela o deixou sozinha e foi em direção ao homem. Baek só tinha  essa chance e não podia perder. Desbloqueou o contato de Kyungsoo e tirou uma foto sem que Jinnie e o homem percebessem.

  Baek: Descubra sobre esse homem. Ele é deputado. Preciso de ajuda. Coloque a Jinnie na cadeia. Não responda.

  Então Baek apagou todos os rastros e voltou a encarar o cardápio como se nada estivesse acontecendo.

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Suzy tem um emprego

Kyungsoo precisa ser esperto



Knock Out 《Baekhyun 》Where stories live. Discover now