Eighteen

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   Baek tinha me dado um gato de pelúcia. Era branco, macio e tinha uma coleira com um pigente rosa em forma de coração. Kitten, estava escrito no pingente e eu me perguntei onde ele tinha achado aquilo.

   Já tinha tomado banho e trocado de roupa, mas ainda me sentia exausta.

   —  Obrigada. — Eu comentei enquanto observava ele por as outras coisas no sofá.

    Tinham duas câmeras, uma coisa pequena e preta que eu não sabia o que era e alguns fios.

   —  Vou pedir ajuda ao Kyungsoo para instalar isso. —  Pôs tudo no saco novamente. —  Ainda estou pensando se vou usar a escuta ou não.

  Então era pra isso que o objeto preto servia.

  — Onde você colocaria isso?

  — No meu apartamento, já que as câmeras não tem áudio. — Ele apertou os lábios juntos. — mas não tenho certeza se quero que ouçam certas coisas.

    Por algum motivo sua fala me deixou um pouco envergonhada. Baek sempre aparecia com garotas diferentes e provavelmente, depois que ficasse curado, tudo ia recomeçar.

   Meu último namorado foi no meio da faculdade, dois anos atrás. Mas algo entre nós parecia frio e não durou mais do que 5 meses.

    — É só desligar quando não quiser que ouçam. —  Apertei o gatinho, tinha um cheiro bom.

   — Pode ser. — Deixou o saco com as coisas de lado. — O que acha de pedirmos algo para comer?

     — Me parece ótimo, eu estou morta de cansaço.

   — Guarde as energias para quando eu for seu treinador. — ele riu. — Vai ter que suar muito.

   Considerando o quanto o provoquei e o modo como parecia preocupado, as chances de Baekhyun me fazer treinar incansavelmente eram altas.

  — Já imagino que vá ser um tirano. — Me sentei no sofá.

  — Pode esperar. — Riu.

Baekhyun parecia melhor, não só fisicamente, o brilho dançando em seus olhos, por um momento o fez  parecer feliz de verdade.

  Ele ligou para pedir comida e eu encarei o gatinho, tinha cheiro de lavanda e me acalmava.

   Narrador pov

A mulher observava o homem se contorcendo na mesa, seus olhos imploravam por misericórdia mas ela não teria nenhuma. O desespero dele, era como música para seus ouvidos.

  — Achou que podia vender minhas informações? — Um sorriso maligno preencheu os lábios tingidos de vermelho. —  Quanto eles iam te dar?

  — Eu não ia v-vender. — Ele tremia.

O homem estava na casa dos trinta anos, o cabelo preto grudada a sua testa, cheia de suor frio; causado pelo medo. Sua pele cor de oliva começava a ficar arrocheada onde um dos guardas lhe atingira.

  — Quer mentir para mim? — As longas unhas se curvaram entorno do braço dele. —  Eu vi você conversando com aquele empresário.

    Jinnie não aceitava traições, desobediência ou rebeldia. Qualquer deslize era punido sem dó. Aquele homem tinha posto seus planos em jogo, pretendia vender a fórmula da nova substância criado por ela e seus ajudantes.

   Era preciso estar sempre preparada, ao longo do caminho sempre surgia alguém que tentava lhe apunhalar. No entanto Jinnie era rápida; esperta o suficiente para reconhecer os traidores, farejava sua infidelidade e os punia sem pena.

— Jamais a trairia a senhora. — O homem arquejou com o aperto em seu braço. — Eu juro.

  — Suas palavras não valem nada.  Acabem com ele. — Sorriu por sobre o ombro deixando o local.

    Gritos soaram e Jinnie apenas continuou andando. Construira seu próprio império, estava pronta para testar o que a nova droga fazia em humanos, e já tinha o alvo perfeito. Assim que colocasse as mãos nele, o mundo veria a glória que suas mãos podiam criar.

  Caminhou até seu escritório, as paredes tingidas de cinza chumbo  e os móveis em tons metálicos davam um tom sofisticado ao local.

  — Relatório. —  Ordenou sentando em seu lugar atrás da mesa de vidro.

  Paul estava de pé, como um cão esperando o próximo comando.

  — Demos o aviso ao Baek, ele estava com aquela garota que vimos no racha.

  —  Ela é só um passatempo? — Franziu o cenho enquanto pegava a garrafa em forma de caveira e se servia com whisky — Ou acha que ele tem sentimentos por aquela coisinha frágil?

  Baek já fora um dos cães de Jinnie, por pouco tempo, que ela aproveitara ao máximo. Mal podia esperar para por as mãos nele de novo, para fazê-lo implorar e tantas outras coisas.

     — Ele quase me deixou matá-la —  Paul encarou Jinnie que sorriu satisfeita. —  Não acho que Baek tenha qualquer apreço por ela.

   — Acho bom ele não se apegar muito a ela. —  Deu um gole no líquido amargo. — Seria uma pena ter que sujar minhas unhas de sangue.

  Paul apenas encarava a mulher a sua frente, os cabelos tingidos de ruivo caindo em direção ao enorme decote. As unhas longas se pareciam garras, ele se perguntou se ainda havia algo humano ali dentro.

    — Mais alguma ordem, senhora?

  — Deixe o Baek em paz, até o dia da luta. — Sorriu maldosa, dando um gole em sua bebida. — Será um prazer tê-lo de novo, aos meus pés. Agora suma da minha frente.

  Paul saiu e enquanto bebia o whisky, Jinnie pensou que  queria testar a nova droga em Baekhyun. Não com força total, ela ainda o queria consciente mas submisso.

   Você será delicioso.

Pensou antes de voltar a beber, era melhor que o rapaz estivesse pronto para lutar.

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É melhor o Baek se preparar.

Jinnie não está pra brincadeira.

Knock Out 《Baekhyun 》Where stories live. Discover now