Fifty four

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  Mesmo sabendo que não há como Jinnie escapar, eu ainda me sentia nervosa. O número de policiais cercando o prédio, tornaria uma fuga quase impossível.

  — Nós vamos tirar o Baek daqui — Chanyeol sorriu fraco para mim.

  — Quando poderemos entrar? — Suspirei.

   — Quando eles disserem que é seguro.

   Nós deixaríamos que a polícia cuidasse dos inúmeros empregados de Jinnie e em seguida entraríamos para pegar Baek.

   Eu estava com tanto medo, enquanto entrávamos no prédio o meu coração se apertou. O  local era um labirinto de corredores brancos.  Kyungsoo arrombou a porta do escritório, Jinnie tinha se trancado lá com Baek.

   Meu coração se apertou ainda mais quando vi os olhos dele, totalmente sem vida.

   — Não tem para onde fugir — Kyungsoo apontava a arma para ela — nos entregue ele.

  — Podem se achar espertos — ela tremia —mas não são. 

   O que estava acontecendo?

   — Dê o antídoto a ele —  Kyungsoo ordenou.

   — Como quiser — ela estava pálida demais.

   Por que ela estava colaborando?

   Jinnie tirou uma seringa e um frasquinho da gaveta. Chanyeol conferiu, era a mesma substância usada para reverter os sintomas de MInseok.  AS mãos trêmulas dela aplicaram a substância no braço de Baek e eu não consegui me sentir aliviada mesmo assim.

  — Vai pagar pelo que fez — Chanyeol esbravejou — o prédio está cercado.

  —  Não vou — ela deu um sorriso assustador enquanto se apoiava na mesa — vou morrer e seu amigo, ele jamais vai voltar.

   O quê?

   Jinnie caiu desacordada no chão e eu dei um passo para trás.

  —  Chamem ajuda, essa desgraçada não pode morrer sem pagar pelo que fez —  gritei.

 —  Eu vou chamar, vocês cuidem do Baek —  Kyungsoo avisou.

   Ajudei Chanyeol a carregá-lo, eu sabia que levava um tempo para o remédio fazer efeito, mas mesmo assim continuava ansiosa.

    O colocamos no banco de trás do carro, seus olhos estavam abertos mas ele parecia distante.

  — Você tem que ficar bem —  acariciei seu rosto — não ouse me deixar assim.

  ***

  Levamos Baek para o hospital, tudo já havia sido combinado com a ajuda do deputado, os médicos não poderiam vazar nada para a imprensa ou algo do tipo.

   — Como ele está? —  Lilo bebericava um chá.

 Tudo o que podíamos fazer era esperar e torcer que ele acordasse logo. Os médicos o checaram, não havia danos aos outros órgãos mas eram impossível saber se deixaria sequelas no cérebro.

  — Com febre e sem reação — passei as mãos pelo rosto — estou com medo.

  — Eu também fiquei assim — Minseok tentava me confortar — ele vai ficar bem.

 —  A Jinnie disse que ele nunca ia voltar — engoli em seco — e se ela tiver razão?

   — Ela deve  estar tentando te assustar — Lilo me entregou uma xícara de chá.

  —  Por falar nela — dei um gole no chá—  tem notícias?

  —  Foi levada para o hospital, tentou se matar quando viu que não podia fugir — Minseok se recostou a parede.

  Ela tinha que ficar viva, para pagar por cada coisa que fez, por cada sofrimento e dor infligidos aos outros.

    — Espero que apodreça na cadeia — bebi mais chá.

   Eu estava inquieta, Baek tinha que voltar ao normal, eu não ia conseguir lidar caso ele passasse o resto da vida como aquele vegetal sem reações.

   Deixei a xícara vazia sobre o banco e fui checá-lo mais uma vez. A febre estava um pouco mais baixa, suor escorria  de sua testa e ele tremia um pouco sob os lençóis. Não precisava de ajuda para respirar, o soro no braço ajudaria a manter o corpo hidratado.

   — Eu perdoo você, apenas volte para mim — choraminguei segurando sua mão — não me deixe.

  Cada momento que passei com Baek, cada palavra e ação me fazia acreditar que tudo entre nós fosse real. Eu não queria muito, não fazia questão de uma casa gigante, três cachorros e um casamento na Itália. Tudo o que eu queria era o meu Baek de volta, poder deitar no sofá com ele e assistir filmes previsíveis.

   Me contentaria em viver naquele apartamento, podia suportar até mesmo aqueles treinos horríveis, se isso significasse tê-lo outra vez.

   Deixei que ele descansasse, voltei para a sala de espera e acabei cochilando ali mesmo.

  Um barulho me acordou e eu rapidamente me levantei.

  — O Baek está acordado — foi a primeira coisa que Chanyeol me disse.

  — Preciso vê-lo — eu sorri indo em direção ao quarto.

  — Suzy, espe...

  Eu ignorei Chanyeol totalmente enquanto ia em direção ao quarto. Baek estava sentado na cama e eu não hesitei em abraçá-lo.

  —  Eu senti tanto a sua falta — disse ainda o segurando — ninguém nunca mais vai te tirar daqui.

  — Hey —  ele me afastou — está me sufocando.

  —  Eu só estou feliz que esteja de volta — sorri a beira das lágrimas.

   — Quem é você? — franziu o cenho.

   — Baek, quem sou eu? — Ri incrédula — pare de brincar, você sabe quem eu sou.

  — Não sei — ele parecia confuso — nos conhecemos?

  Aquilo não podia estar acontecendo.

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Jinnie não tem pra onde escapar...

Knock Out 《Baekhyun 》Where stories live. Discover now