Forty seven

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    Passar tempo com Minseok tinha se tornado meu consolo, Baek estava longe fazia quase duas semanas e se não fosse por Lilo e os garotos eu já teria enlouquecido. As vezes eu parava em frente a porta do apartamento dele, como se esperasse que ele fosse abrir e me puxar para dentro.

 Os esforços de Chanyeol e Kyungsoo para tentar trazer Baek de volta ainda não mostravam resultados, era como andar em círculos, quando pensávamos que a solução apareceu, tudo dava errado.

   — Não tem graça, você sempre ganha — Minseok inflou as bochechas.

   Estávamos brincando de jogo da memória, eu já tinha 6 peças enquanto possuía apenas 2.

   Ele conseguia andar, falar e fazer tudo normalmente, mas suas lembranças ainda estavam fraquejando.

   —Tente ficar mais atento — levei um biscoito a boca — sei que consegue.

  — E se a minha memória nunca mais for a mesma? — Se recostou ao sofá.

Era uma possibilidade, ainda mais levando em conta que Jinnie usou uma droga experimental, nenhum hospital teria ideia de como lidar com seus efeitos.

  — Pode usar post-its pra se lembrar de coisas importantes, ou deixar alertas no celular.

  — Me sinto a Dory — mordeu o lábio — e não está sendo fácil continuar nadando.

   — Continue a nadar, continue a nadar — eu cantarolei e ele  sorriu.

  Eu queria tanto que tudo voltasse ao normal, mas as coisas pareciam tão difíceis, que meu coração se apertava com a ideia de jamais ver Baek outra  vez.

   Nós ficamos jogando até Minseok se cansar e sugerir um filme. Eu estava jogada no sofá, bem ao lado dele enquanto comia pipoca.

   — Você mora sozinho a muito tempo? — Peguei mais pipoca.

   — Seis anos, mas ainda sinto vontade da comida que minha mãe faz.

  — Eu tenho saudade de quando morava com a minha família — suspirei — tudo pareceu se perder depois.

   — Obrigado por estar me ajudando  — ele virou o rosto na minha direção — seria mais difícil sozinho. 

  — Não precisa agradecer — dei um tapinha em seu ombro — você também está me ajudando.

    Por alguns minutos eu conseguia ficar calma e feliz de novo. Mas então eu lembrava de Baek, de seus dedos tocando em minha pele e tudo se tornava cinza outra vez.

   Me perguntava o que Baek fazia agora, se Jinnie tinha controlado sua mente ou se o mantinha consciente para sofrer mais.

   — Seu eu pudesse, não teria deixado Baek ficar em meu lugar — ele parecia realmente triste — mas eu mal conseguia falar e..

  — Não foi sua culpa — coloquei a mão sobre a dele.

    — Eu prometo que vou tentar dar um jeito nisso — sorriu fraco — vou  trazer ele de volta para você. 

   ***

Eu não conseguia parar de olhar minhas fotos com Baek, nossas mensagens e abraçar o gato de pelúcia que ele me deu.Se  fechasse os olhos, conseguia vê-lo ali, sorrindo para mim e dizendo algum a coisa boba.

   Encarei o celular, eu sabia que minhas mensagens não chegariam mas quem sabe ele pudesse me ouvir.

   Liguei, mas ele não iria me atender, então deixei um recado gravado, a esperança era a última coisa que me restava.

   " Oi, sou eu" minha voz falhou" talvez você não ouça isso, mas eu sinto a sua falta, eu não posso suportar" mordi meu lábio tentando abafar o choro" você precisa voltar, precisa me dizer como sou fraca no treino e como sou intrometida. Eu quero te ver de novo, eu não vou parar de amar você, eu não consigo. Por favor, me diga que um dia vai voltar."

   Soltei o botão, a mensagem tinha sido enviada e tudo que eu conseguia fazer era chorar.

   Meu coração parecia em pedacinhos e eu odiava me sentir triste daquele jeito. Quase cai da cama enquanto corria até o celular quando ele apitou.

   Uma mensagem de Baek.

   Baek: eu também sinto a sua falta, mais do que posso aguentar e eu não sei se vai me perdoar por ter ficado aqui e pelas coisas que fiz.A Jinnie checa meu celular toda hora, não responda essa mensagem. Só saiba que eu amo você e eu gostaria de poder voltar. Aguente firme, kitten. Você não é um gatinho assustado, eu sei que consegue.

   A mensagem me fez chorar ainda mais, mas pelo menos havia uma pequena esperança ali, uma chance de ter Baek de volta. Bloqueei a tela, eu queria muito responder mas não queria correr o risco de colocá-lo em perigo.

Narrador pov

  Baekhyun apagou as mensagens e bloqueou o contato de Suzy novamente. A voz dela parecia tão triste, seu coração se apertou apenas de imaginá-la tão quebrada.Jinnie ocupava todo o tempo dele e checava o celular, por mais que ele tentasse parecia não haver saída.

   — Eu preciso de você — ela disse batendo na porta do quarto dele.

  O quarto de Baek não tinha janelas, nada de internet, tudo o que lhe restava era usar seus próprios créditos que uma hora se esgotariam.

     Ele se levantou, transformando o rosto naquela máscara fria e dissimulada que Jinnie adorava.

   — O que posso fazer para ajudá-la? — Baek parou encostado a caixa de porta.

  Jinnie usava um pijama de cetim preto, seus cabelos ruivos estavam brilhosos e as unhas pareciam ter sido cortadas.

  —  Passe a noite comigo — seus lábios sussurraram perto da orelha dele — preciso de alguém para aquecer a minha cama.

  — Não pode pedir a outro?

  — Eu quero você  — seus dedos seguraram o maxilar dele com certa leveza — não se esqueça o que está em jogo.

  — Como espera que eu consiga fazer algo assim? —  Baek se afastou com um tsc — medo não é excitante.

   — Posso procurar outro hoje — bufou insatisfeita — mas acho bom não agir assim da próxima vez. Seria uma pena eu ter que machucar sua namoradinha.

    Jinnie se virou para sair, Baek ficou parado onde estava, odiava a ideia de dividir a cama com aquela mulher mas não podia deixar que Suzy fosse machucada.

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Essa música é muito triste

Minseok tá melhor

A FIC TÁ EM 10 NO RANKING. MUITO OBRIGADA ❤❤❤

Como foi o dia de vocês? Hoje foi meu primeiro dia na Universidade, tô animada. ( vendo esse recado que deixei na primeira vez que tava escrevendo a fic em 2018, tadinha mal sabia o que vinha pela frente kkk)

Knock Out 《Baekhyun 》Where stories live. Discover now