Thirty five

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    Baekhyun alugou uma kitnet pelas próximas duas semanas, sairia mais barato do que um hotel. Apesar da minha insistência não aceitou divir o dinheiro do aluguel mas, depois de alguns protestos deixou que eu ficasse responsável por comprar a comida durante nossa estadia. Mesmo com o cenário caótico, era impossível negar a curiosiade em saber no que morar juntos resultaria.

   Apenas uma meia parede separava o quarto do outro cômodo, estava saindo do banheiro, vestindo apenas minha camisola de cetim vermelho.

   — Kitten — os olhos de Baek percorreram todo o meu corpo — vem aqui.

   Usava apenas uma bermuda, seu tronco estava exposto e eu sorri engantinando na cama. Um sorriso sacana tomou seu rosto enquanto os olhos devoravam cada pedaço se mim.

    —  Gosta do que vê? — Provoquei sentando em seu colo e ele assentiu — Vai gostar mais ainda de tirar.

   — Kitten..—  suspirou quando raspei meus lábios contra os dele. — Por que você é assim?

    Perto de Baek eu parecia não conseguir me controlar, todo contato ainda era pouco.

   — Porque sei que você não aguenta — sorri antes de beijá-lo.

    Tudo parecia incandescente enquanto ele me beijava. Suas mãos se espalhavam por meu corpo, a luxúria em seu toque era tão carnal mas o olhar transbordava sentimentos.

     Baek mordiscou minha orelha, a respiração quente me excitando ainda mais.

  —  Baek — ofeguei pressionando meu corpo contra o dele.

    Ele nos virou na cama, uma de suas mãos me matendo contra o colchão enquanto a outra fazia caminho para de baixo da minha roupa. Prendi a respiração quando seus dedos deslizaram por toda a umidade. Mesmo assim quando ele inseriu dois dedos em mim, eu mordi o lábio contendo uma careta de dor no primeiro movimento.

    — Você ainda tá machucada — me soltou.

  — Ah, Baekie — choraminguei me sentando. — Eu posso aguentar.

   — Não faz nem 48 horas. — Cruzou os braços. — Se esperou tantos anos, pode esperar mais um pouquinho.

  — Aish, por que você é assim? — Bufei.

   — Porque vai te machucar ainda mais e não é isso que eu quero — Pelo visto não iria mudar de idéia de jeito nenhum. — Agora eu vou tomar banho.

  — De novo? — Ergui a sobrancelha.

   — Vai ser frio dessa vez — sorriu antes de entrar no banheiro e fechar a porta.

  Cretino.

   Ele ia me deixar quase explodindo, que ótimo.

   ***

    Acordei e chequei o horário, meia noite, tinha perdido o sono, mais um pesadelo me deixou nervosa. A cozinha era em conjunto com a sala,  abri o armário ainda não tínhamos comprado nada e eu estava morrendo de fome.

   Peguei meu sobretudo, grosso o suficiente para esconder a camisola, ninguém jamais advinharia o que eu estava usando por baixo. Coloquei dinheiro no bolso, calcei os sapatos e saí.

   Eu não conhecia muito aquele bairro em Busan mas se não estava enganada, tinha uma loja de conveniência ali perto.

    Comprei cup noodles, molho de tomate, arroz, batatas, frango,alguns biscoitos e uma garrafa de suco. Como minha fome não ia esperar eu cozinhar, comprei um chá gelado e bolinho com recheio de morango.
  
    Eu não devia ter ficado fora mais de 20 minutos, abri a porta com uma mão enquanto segurava meu lanche com a outra.

  — Onde você estava? — Baek soltou assim que entrei, sentado no sofá.

  — Comprando comida — ergui o saco.

  — Meia noite?

  Se as lojas ficam abertas de madrugada com certeza tem clientes.

   — Meu estômago não tem horário — mordi o bolinho.

   Deixei o saco em cima da pia e dei um gole no meu chá gelado. Baek parecia um cachorro agitado, saí por uns minutos e ele já estava todo perdido.

  — Pensei que algo tinha acontecido.

  — Aconteceu — provoquei — isso aqui estava roncando — apertei meu estômago. "

  — Você podia ter me avisado.

Os ombros caíram e o olhar decepcionado disse o suficiente.

  —  Baek, nós estamos em Busan. Nada vai acontecer —  tentei acalmá-lo — Eu só queria um bolinho.

  Ele passou a mão pelo rosto e suspirou. Não vi motivo para acordá-lo apenas para dizer que estava com fome, nem corri risco ao sair. Andei pelas ruas mais movimentadas e voltei o mais rápido possível. Será que precisava de um guarda-costas pra comprar um lanchinho?

  — Você tem que entender, que toda vez que você some, eu fico com a sensação de que não vai voltar.

  — E você tem que entender que eu não vou ficar presa, por causa do seu instinto de cachorro louco — bebi mais chá.

  — Não é assim — A cabeça tombou contra o sofá. —  Fico preocupado, a Nami...

  — Eu não sou a Nami!

   — Mas pode acabar igual a ela —  caminhou até mim — e eu não vou suportar perder outra pessoa.

A mão direita moldou minha bochecha, o toque tão leve quanto uma pluma.

  — Baek, só fui comprar um lanche "l— deixei a comida de lado e apoei a mão em seus braços. —  Não teve nada de perigoso nisso. Relaxa.

    — Então faz do jeito que você quiser. Suzy.

  Ele saiu marchando até a cama e eu suspirei. Não queria chateá-lo, só estava tentando levar tudo numa boa.

  Enfiei o resto do bolinho na boca e guardei as coisas na geladeira. Quando olhei Baek estava jogado de bruços na cama, fui até lá e me deitei sobre ele com a barriga para baixo.

  — Eu não queria parecer cabeça dura — murmurei dando um beijo próximo ao seu ombro — e eu sei que a Nami te deixou traumatizado mas você precisa confiar um pouquinho em mim.

    — Você acha que eu estou sendo paranóico —  podia sentir ele respirando fundo — mas eu só não quero que você se machuque.

   —Tudo bem, eu vou tentar ser mais cuidadosa — rolei ficando deitada de barriga para cima ao lado dele. — Agora para de ficar emburrado.

  — Eu não estou emburrado — resmungou dando um pequeno sorriso.

  — Está sim — mexi em seus cabelos. — Você é quase o zangado da Branca de neve.

  — Você não tem jeito, kitten — se deu por vencido me puxando para perto.

   — Você é um bobão — ri, seu nariz fazia cócegas em minha nuca.

  — Seu bobão — meu coração bateu mais forte.

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Tão fofos

Suzy ainda vai deixar o Baek maluco

Knock Out 《Baekhyun 》Where stories live. Discover now