Knock Out 《Baekhyun 》

Forty eight

Suzy pov

Eu terminei de amarrar meu coturno,  chequei meu rosto no espelho, eu estava impecável, meu batom vermelho se destaca e aquela calça de couro apertada favorecia minhas coxas. 

   — Tem certeza de que vai fazer isso? — Lilo parou na porta do quarto.

  — Eu vou — me virei — se aquela desgraçada pensa que eu sou uma garotinha. Então vai ter que perceber que sou uma mulher. 

   Baek ia lutar, mas dessa vez seria para Jinnie, eu precisava ir até lá e vê-lo. Kyungsoo recusou a princípio, mas então eu o imobilizei e deixei claro que sabia me defender. Todo o tempo que passei treinando serviu para alguma coisa, mesmo após a partida de Baek continuei me dedicando aos treinos, movida pelo ódio.

  — Você está com muita raiva — ajeitou os anéis nos dedos — não vá fazer uma besteira. 

  —  Não vou — respirei fundo e soltei o ar lentamente. — Preciso ver o Baek, fazem 2 meses.

  Estava longe dele a muito tempo, precisava de algum sinal, algo que ainda me desse esperança.

   ***

  O lugar estava cheio, Kai me seguia por todo o lado, todos queriam garantir que nada aconteceria. Eu tinha um canivete escondido só por precaução.

   Muitos homens tinham os olhos em mim, eu apenas os ignorei, tudo o que queria era assistir a maldita luta. Baek ia lutar contra um cara que eu não conhecia, isso me deixava preocupada.

    — Ora ora — A voz de Jaeseong me fez congelar.

  — Não chegue perto — eu cruzei os braços.

  — Me deu um tiro, que garota má —  meu sangue gelou, ele se lembrava — mas vou dar um desconto porque mereci.

  — Não vai querer acabar comigo? — Deixei a mão sobre a perna, podia sentir o canivete sob a roupa.

    — Eu mereci aquilo — pôs a mão nos bolsos — então vamos apenas ficar longe um do outro. 

   — Trato feito —  engoli em seco —agora tenho mais coisas a fazer.

Esperei que saísse, Baek me ensinou que nunca se deve dar as costas ao adversário.

  —Cuidado com a Jinnie, fica longe dela...
  
  — Tarde demais — ajeitei meu cabelo.

   Ele apenas deu de ombros e se afastou. Eu parei próxima ao ringue, queria ver de perto, olhar nos olhos de Baek e saber se tinha sido contaminado. Cansei de passar dia e noite consumida pelo medo de que algo ainda pior lhe aconteceria.

  — No que você está pensando — Kai parou ao meu lado.

  — De que ele não pode ter sido afetado — suspirei — ainda precisa ser o Baek que eu conheci. 

  — E se não for?

  — Então eu não sei o que fazer.

  O apresentador subiu no ringue, Baek iria lutar com um cara chamado Shogun. Para o meu alívio, ele não era uma montanha de músculos. Tinha o corpo coberto por tatuagens e uma expressão mortal. Encarei Baek quando ele subiu no ringue, analisei cada detalhe e suspirei aliviada ao notar que seus olhos permaneciam os mesmos.