Fim dos Contos de Fada

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Luke

Arrasto nossas malas pela entrada da frente, lamentando por não estar com Dawn no segundo em que ela pisou dentro da nossa casa, mas nem deus poderia tê-la impedido de saltitar para dentro do loft. Quando atravesso a pequena calçada e subo as escadas que levam para casa, ela surge na porta e faz um sinal com as mãos, dizendo que devo me apressar. Como se eu já não estivesse fazendo o possível...

Passamos o dia anterior olhando fotos do lugar e fazendo depósitos, e foi a primeira vez em que Dawn não pareceu prestes a explodir por ganhar menos que eu.

Ontem pela manhã, quando estive aqui, o lugar era extremamente bonito, mas não parecia meu. Agora, enquanto assisto Dawn explorar o espaço e sorrir para mim, sinto-me em casa.

O piso é de madeira clara e, ao entrar, nos deparamos com a sala de estar. Os dois sofás são cinza, enquanto as poltronas são brancas, combinando com a maior parte das paredes também brancas, embora algumas sejam de tijolo cru. A sala termina na cozinha, sem qualquer divisória. Na cozinha há uma mesa com quatro cadeiras e parece complementar a decoração da sala, com objetos brancos e cinza.

Entre a cozinha e a sala, há a escada para o mezanino, que é provavelmente a minha parte favorita.

Acompanho Dawn escada acima, enquanto ela vai subindo dois degraus por vez.

Primeiro, há um escritório, com uma pequena estante vazia e uma mesa cinza escura, onde ela pode escrever e trabalhar. No entanto, o que rouba seu fôlego — e o meu — é a parede de vidro que separa o escritório e nosso quarto.

Dawn abre a porta para entrar no quarto, embora possa enxergar tudo através do vidro. A cama fica de frente para o escritório e é baixa, o que faz o quarto parecer mais amplo. O quarto é todo branco e possui uma porta na lateral que dá para o banheiro, mas tenho certeza de que ela não dá a mínima agora.

Dawn vira-se para mim e sorri.

— O único problema — comento com um sorriso de canto — é que não podemos fazer sexo se tivermos visita.

Dawn revira os olhos e me puxa para um abraço.

— É a coisa mais doida que já fiz na vida — ela diz. — Viemos morar juntos de um dia para o outro.

— Você pode ir se mudar de ideia — tento tranquiliza-la, mas parece ter efeito contrário. Ela se afasta de mim com uma careta e vai até a porta que dá para o banheiro para explorar o último cômodo.

— As visitas precisam vir até nosso quarto para usar o banheiro?

— Não, tem outro debaixo da escada. É um lavabo, mas ninguém precisa subir aqui.

— Além de mim — ela diz.

— E de mim — acrescendo com bom humor.

Ela sai do banheiro, mas não parece tão contente quanto antes e diz: — Quando estiver aqui.

Suspiro pelo comentário e desço as escadas, tentando ignorar o significado do que ela disse. Vou atrás das malas e coloco-as para dentro.

Pela noite seu humor parece melhorar tanto que ela liga para Calum para convidar Ashton e ele para conhecerem a casa. Dawn veste uma calça jeans e rouba uma camisa minha, enquanto se ocupa em arrumar o conteúdo das próprias malas nas araras do quarto e nas pequenas prateleiras do quarto e do banheiro, até que os garotos chegam e ela se junta a nós no andar inferior.

Ashton traz uma sacola com bebidas alcóolicas enquanto Calum carrega duas caixas de pizza. O sol está se pondo e a janela da cozinha permite que uma luz dourada cubra o primeiro piso e tudo parece brilhar.

Dawn || Luke HemmingsWhere stories live. Discover now