Neil Melendez (Cute) Parte 2

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Titulo: Atrasos e emergências (Parte 2)

Imagine: Imagina que tu és um génio e chegas ao hospital com uma vitima deparando-se com um médico arrogante que te rouba o coração.


Avisos: Nenhum




Já havia passado dois anos desde que o conheci e a cada dia caio mais fundo. Ele continuou um arrogante durante metade do primeiro, mas pouco a pouco foi perdendo mais a sua arrogância e acabou por se tornar suportável. Agora ele é completamente encantador, sempre me guiando para que não cometa nenhum erro quase como se ele fosse o meu anjo da guarda.

Desde as uns meses atras alguns rumores começaram a surgir, mas durante todo este tempo que estive aqui nunca acreditei em nos rumores mesquinhos criados pelas enfermeiras nem nunca gostei de falar dessas coisas com elas. Sempre tentei ficar fora dos assuntos que não me competiam e foi isso que fiz com o Dr. Melendez, mas passado de um tempo ficou mais difícil fingir não me importar enquanto o via sem a sua normal confiança.

Após acabar o meu trabalho e ter trocado de roupa, esperei o fim do turno do Dr. Melendez na sala do pessoal. Os nervos da conversa que se aproximava deixavam-me desnorteada e com grande ansiedade por isso servi-me daquele que devia já ser a minha décima chávena de café.

- Devias ir com mais calma ou não vais conseguir dormir com tanta cafeína no sangue. – Uma voz, que era impossível não reconhecer, falou.

- Talvez, mas não sei outra forma de me acalmar.

- Hm...E posso saber porque tantos nervos, afinal o teu turno terminou há algumas horas atrás.

- É... eu...- De inicio atrapalhei-me, mas não ouvir nenhum comentário mordaz sobre isso deu-me coragem para continuar. – Eu queria falar contigo.

- Sobre o que? – Ele perguntou confuso.

- Bem, eu notei que ultimamente tens andado em baixo... - Ele interrompeu-me com um riso seco.

- Claro e ouviste os rumores também.

- Não vou mentir, eu ouvi, mas eu nunca acredito nesse tipo de coisas. Eu acho que essas coisas só vêm complicar as coisas, mas é claro que cada um tem a sua opinião.

- Ah, ok. E então?!

- Na verdade eu achei que algo deve ter-se passado para te deixar sem aquela confiança natural que costumas ter, mas não me quis meter. Não gosto de me meter em assuntos que, claramente, não me dizem respeito....Só que...- Eu parei incapaz de acabar a frase.

- Só que? – Ele incentivou-me a continuar enquanto me agarrava na mão para me tirar a chávena de café e puxar-me para o sofá que havia no meio da sala.

- Só que eu não aguento mais ver-te desse jeito, sinto falta da confiança que mostras em qualquer situação. Nunca gostei da tua arrogância, mas sempre adorei essa confiança que tens, não importando a situação.

- Pois e então o que pretendes?

- Eu só quero saber o que posso fazer para te ajudar. Eu faço qualquer coisa. – Nesse momento os seus olhos brilharam perigosamente.

- Eu posso te contar o que me pôs deste jeito e tu podes decidir aquilo que eu preciso.

- O-ok.

- Eu e a Jéssica acabamos. Eu descobri que ela me traiu, por isso decidi acabar com as coisas. Não consegui me imaginar com uma pessoa que desperdiça uma relação de 3 anos por um caso de uma noite.

- 3 anos é muito tempo e uma coisa que durou tanto tempo por vezes deixa marca.

- Verdade, agora diz-me qual devia ser o meu tratamento.

- Hm... Eu acho que devia tomar uma boa dose de ar fresco e tentar conhecer novas pessoas ou pelo menos tentar conhecer as pessoas que conhece mais a fundo.

- Bem há uma pessoa que eu gostava de conhecer melhor, mas não sei se ela está disposta a isso. – Ele olhou para mim com um enorme sorriso.

- E quem seria essa pessoa?

- Estou a olhar para ela neste momento. – Ele ficou tenso por um momento aguardando alguma reação da minha parte.

- E posso saber como é que pretendes começar?! – Disse-lhe mostrando um grande sorriso.

- Com uma grande confissão que me pode custar muito do pouco que ainda tenho.

- Ok. Continua.

- Bem, a traição da Jéssica foi apenas um incentivo para acabar com as coisas. Eu já estava a pensar em acabar com as coisas.

- Porque?

- Eu acabei por me apaixonar por outra pessoa. Ela fez-me ver que as coisas que eu tinha...com a Jéssica, não me faziam felizes.

- Neil...

- Eu amo-te (T/N). Fui me apaixonando por ti ao longo desde últimos anos e não posso continuar a negar. – Um silêncio tomou conta da situação e o clima entre nós tornou-se mais pesado. – Será que podias dizer alguma coisa, até uma rejeição é melhor que este silêncio.

- Eu nunca imaginei que alguma vez viria a ouvir, realmente, estas palavras vindas de ti. Estavas tão feliz com a Jéssica que pensava que nunca irias olhar para mim. Eu também te amo, não quando é que cedi, mas acabei cedendo e agora o meu coração é teu. – Acabei por responder com lágrimas nos olhos.

O Neil sorriu e aproximou-se de mim tomando o meu rosto nas suas mãos e beijando-me docemente mostrando o quanto me amava num só beijo que pareceu durar uma eternidade, mas tivemos que nos separar por falta de ar. Desde daí nunca mais nos separamos, nem pelos nossos empregos...é claro que mantivemos a relação em segredo pelo maior tempo que conseguimos, mas os boatos acabam sempre ganhando.

Finalmente podia dizer estava realmente feliz e que tinha tudo o que podia desejar na vida...Um ótimo trabalho, um grande namorado com uma visão em comum para o futuro.

Beijos Doces.  

ImaginesWhere stories live. Discover now