Capítulo Doze

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Samuel caminhava um pouco mais a frente, olhando ao redor com admiração. As árvores eram afastadas umas das outras e deixavam a luz do sol passar facilmente. A cada passo que dava as folhas secas faziam barulho, amassadas debaixo dos seus pés.

“- Eles tão ganhando tempo para gente... bora aproveitar amor... Hum?

- Eu acho que não é uma boa ideia...”

Naquela hora Toni se levantou rapidamente ignorando sua resposta.

A medida que foram caminhando e conversando, foram deixando o terreno rochoso para trás.

- Aqui é realmente um lugar muito bonito.

Se virou um instante, mostrando o semblante alegre, um sorriso calmo. Samuel ainda estava sem camisa, a calça molhada pesava e por isso desceu alguns centímetros, estava presa nos quadris, deixando visível um milímetro da sunga preta. Seu corpo nunca esteve tão exposto num lugar aberto, o corpo parcialmente desnudo, a pele branquinha, as formas marcadas dos músculos trabalhados na academia e mesmo assim tão naturais no corpo maduro.

Era sexy, era provocante, mesmo sem intenção de ser.

Não demorou muito para Toni prensá-lo contra uma árvore enorme, o fazendo sorrir um pouco da situação.

- Alguém pode nos ver...

Logo foi silenciado por um beijo roubado.
Nunca na sua vida havia feito tal coisa. Fugir assim de repente, apenas para trocar carícias libidinosas as escondidas, como um adolescente faria. O coração chegava a bater acelerado no peito.

Subitamente afogueados, os beijos carinhosos deram lugar a sugadas, mãos ousadas e muito calor. Mesmo sem saber como se deixou levar dessa maneira, arfava e gemia baixinho, seu corpo inteiro chegava a formigar.

Era nítido no rosto corado toda a contrariedade, sentia vergonha, também estava preocupado de serem flagrados, mas ao mesmo tempo estava totalmente excitado. Toni descia a boca para o seu pescoço, em beijos gulosos, lambia e sugava, esfregava suas costas. Eram carícias obscenas, que lhe esquentavam o corpo, nublavam seus pensamentos, emudecia sua razão, quando o mais novo beijou muito perto da clavícula e invadiu suas calças com a mão, apertou a ereção que encontrou ali.

Samuel tremeu inteiro, soltou o corpo musculoso do marido subitamente, apoiando as costas na árvore, mordendo o lábio inferior enquanto um gemidinho discreto lhe escapava. Toni sorriu satisfeito, adorava a sinceridade do corpo do companheiro, suas reações sempre tão reais e indisfarçáveis.

Os lugares onde as mãos grandes lhe tocava estavam quentes, como um rastro ardente marcando o caminho que a mão fez na pele. O moreno sorriu cheio de malícia e tentou abaixar o elástico da roupa alheia, Samuel segurou seu braço num aperto forte, alarmado.

- Não Toni, não... não... alguém pode vir aqui...

- Que se foda... não tô nem ai...

Samuel sorriu, nervoso, segurou o tecido molhado com mais convicção, enquanto Toni continuava tentando baixa-lo.

- Toni por favor... e se alguém nos ver? – pediu baixinho, quase suplicando.

O moreno pareceu ceder por um momento, soltou as calças do músico e o abraçou, agarrando-o num beijo cheio de desejo. Subiu uma das mãos pelas costas marcadas e sensíveis, arrancando um suspirou do homem, buscando acalmar seus corpos.

Samuel pareceu ficar mais a vontade assim, abraçou o marido pelo pescoço, aproximando seus corpos outra vez, acariciando a nuca do mais novo como sempre fazia, passeava os dedos finos pelos fios negros e curtos ali.
Quanto Toni deixou os lábios finos para beijar o queixo, o músico cedeu espaço virando um pouco a cabeça, sentindo a carícia molhada no cavanhaque descer para o pomo de adão.

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