Perfectly Wrong || Shawn Mendes [COMPLETED]

27 | chapter twenty seven

Shawn

Aquela era definitivamente a pior noticia que eu poderia receber. Ver ela saindo do show daquele jeito me destruiu, mas nunca iria passar pela minha cabeça que ela iria fazer algo desse tipo.

Minha vontade era de quebrar tudo ao meu redor, mas sei que não iria trazer Sarah para perto de mim, sã e salva como ela deveria estar.

Só de pensar que ela estava em um hospital, provavelmente toda machucada, me fazia querer vomitar. Era tudo culpa minha, eu tinha que querer chamar atenção dela cantando aquela merda de música. Meu ego é realmente do tamanho da minha mão, eu fui cegado pela porra do meu amor por essa mulher e não percebi que Perfectly Wrong poderia passar a impressão errada pra Sarah.

Ela era frágil, e eu parecia ainda não ter entendido isso.

Meu estômago dava nós só de pensar no ponto que ela chegou para decidir pegar o meu carro e fugir para onde quer que ela estava pensando em ir.

"Acelera essa merda!" Gritei para o motorista da van. A culpa não era nada dele, mas precisava descontar minha raiva em alguém, além do mais, precisava chegar àquele hospital rápido.

"Sarah Collins." Falo para a moça da recepção do hospital com esperança que ela me falasse o número do quarto.

"Me desculpa, só entra família." A loira falou, mas seus olhos arregalaram quando ela olhou para mim.

"Shawn Mendes?!" Ela disse, quase berrando no meio do hospital. Eu nunca tinha usado a fama ao meu favor, mas senti que aquela era a perfeita oportunidade.

"Shh, shh, calma, eu te dou um autógrafo, uma foto, qualquer coisa, só me diga o número do quarto dela." Peço desesperado.

"306" Foi mais fácil do que eu pensei. Tiro a foto com ela e dou um autógrafo rápido, logo corro pegar o elevador para o terceiro andar.

Clico no botão desesperadamente e o elevador se locomove mais devagar do que nunca. Merda. Merda. Merda. A única coisa que eu queria era ver o rosto dela e me desculpar por tudo que eu havia causado. Com certeza uma mísera desculpa não seria o suficiente para curar o enorme machucado que eu tinha criado nessa situação, mas não havia nada mais que eu pudesse fazer.

Corro para o quarto dela e o alívio percorre meu corpo quando vejo Sarah comendo um prato de sopa e assistindo televisão.

"É melhor do que a comida da minha casa não é?" Debocho, chamando a atenção dela.

"Não é ruim." Ela diz, tomando mais um gole. "Eles disseram que poderei sair daqui ainda hoje, foi só um pequeno deslocamento no meu ombro." Ela abre um sorriso fraco.

Chego mais perto e sento na poltrona ao lado da cama.

"Sinto muito pelo seu carro." Ela engole em seco. Porra, a última coisa que eu queria é que ela se sentisse culpada.

"Sarah, eu estou pouco me fudendo para o carro." Passo a mão pelo meu cabelo. "Só queria que você tivesse ido falar comigo antes de tomar essa decisão. Caralho você tem noção que quase morreu?" Elevo o tom da minha voz.

"Shawn, parece que você ainda não entendeu." Ela me encara. "Eu fiz isso justamente porque não queria mais falar com você. Tudo isso foi porque eu estava fugindo da bola de neve que era nossa relação." Ela respira e toma mais um pouco da sua sopa. "Você mesmo disse, fomos feitos para dar errado, e agora já é tarde demais para concertar tudo isso."

"Sabe o que eu também disse, também disse que nunca vou embora. Somos completamente errados um para o outro? Somos. Mas porra Sarah, todos os momentos de briga não se comparam com a felicidade que você me trás." Me aproximo dela, colocando a mão na sua bochecha.

"Podemos conversar depois?" Eu odiava que ela sempre adiava nossas conversas, mas tinha que ser compreensivo com o estado dela no momento.

Me levanto da poltrona e saio do quarto. Desço para a recepção sem saber o que vou fazer agora. Só queria ter saído daquele quarto com Sarah nos meus braços, pronta para levá-la para o hotel, ou para qualquer outro lugar que ela quisesse ir.

Mas a ferida que eu havia causado iria demorar mais do que o esperado para se fechar. Mas eu estava disposto a esperar o tempo que fosse.