31 | chapter thirty one

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Sarah

O som do despertador invade meus ouvidos e eu imediatamente me arrependo de ter aceitado ir nesse festival. Depois do meu mental breakdown de ontem, hoje não podia ser muito pior.

Chego no parque e Makenna e Blair estão me esperando anciosas.

"Finalmente Sarah vai perder sua virgindade de festivais" Makenna be abraça contente. Eu obviamente não tinha mencionado o festival que havia frequentado com Shawn, o qual acabei internada no hospital. Nem sequer havia mencionado ele.

Não era uma coisa que elas precisavam saber, e vindo delas, eu só esperava um tipo de reação. Elas iriam se empolgar excessivamente e me fazer mil perguntas sobre ele, afinal, ele era Shawn fucking Mendes. No melhor dos casos, iriam fazer apenas isso, mas no pior, iriam me incentivar a ligar pra ele novamente e me reaproximar, algo que eu realmente não precisava no momento.

"A setlist está incrivel," Blair interrompe meus pensamentos "Ruel, Liam Payne e Khalid no mesmo fesival. Eu vou definitivamente surtar."

Eu não fazia ideia quem eram nenhum dos três nomes que ela tinha acabado de falar. Mas decidi ignorar para meu próprio bem.

"Não esqueça do meu marido." Makenna adicionou com os olhos brilhando, ganhando uma revirada de olhos de Blair.

Eu definitivamente não conhecia essas garotas nem um pouco.

Chegando no festival, pegamos o lugar mais perto do palco que conseguimos chegar. Elas claramente estavam mais animadas do que eu para isso.

"Vou ao banheiro." Digo.

"Não fique surpresa se você perder seu lugar." Diz Blair, como se eu desse o mínimo de importância.

Não vejo o banheiro em lugar algum. Pergunto a um guarda e ele sinaliza em direção à um prédio azul escuro atrás da multidão. Tento passar pelo meio das pessoas mas falho miserávelmente. Definitivamente não tem algo que eu mais odeie nessa vida do que festivais.

Minha cabeça começa a palpitar de tanto barulho e fumaça. Odeio lugares assim. Pego um atalho que desvia da multidão tentando chegar ao banheiro o mais rápido possível, mas a vida gosta de me fuder.

O prédio azul agora está basicamente do outro lado da multidão. Ótimo. Era literalmente tudo que eu precisava.

Ando mais um pouco e dou de cara com algumas casinhas que parecem grandes banheiros públicos. Amém.

Abro a porta e vejo um grande sofá em frente à uma mesa de comidas. Isso claramente não é o banheiro.

"Oi?" Grito com esperança que haja alguém ali dentro que possa me mostrar o banheiro, mas ninguém responde.

Decido desistir e dou meia volta, mas duas mãos seguram o meu braço com violência e me impedem.

Solto um grito de susto e me viro, dando de cara com um segurança alto e careca com um rosto familiar.

Muito familiar.

Infelizmente, uma voz se aproxima, confirmando todos os meus medos. Merda. Merda. Merda.

"Sarah, que porra você está fazendo aqui?" Ótimo jeito de me cumprimentar depois de literalmente falar ser apaixonado por mim. Claramente seis meses fazem uma grande diferença nos sentimentos de uma pessoa.

"Ouch." É a única coisa que sai da minha boca. Ajudaria muito se esse segurança parasse de prender a circulação dos meus pulsos.

"Jake." Shawn sinaliza para o segurança me soltar, comos se conseguisse ler a minha mente.

"Resumidamente, queria ir ao banheiro. Não achei o banheiro. Uma pena. Agora se você me dá licença, vou voltar para a plateia, minhas amigas devem estar preocupadas." Elas obviamente não estavam.

Ele segura meu braço e me puxa para perto, criando a filha da puta da tensão que eu estava fortemente tentando evitar.

"O que você quer?" Suspiro.

"Naquele dia no hospital, você literalmente falou que estava apaixonada por mim." Claro que ele tinha que tocar no assunto. "Depois você sumiu. Fomos pra Toronto, estávamos bem até lá. Ai você decide se mudar para Los Angeles sem me dar nenhuma satisfação, cortar todo tipo de contato que tinha comigo, me deixar esperando alguma mensagem, alguma ligação, qualquer sinal de vida, pois aparentemente você mudou de número, e como o esperado, não me falou. Mas nada nunca veio. Nenhuma mensagem. Nenhuma ligação. Nada."

Seu rosto ficava cada vez mais vermelho, e eu não conseguia descobrir se era de raiva ou de tristeza.

Sim, eu havia feito tudo isso, mas ele não tinha o mínimo direito de agir como se isso fosse só a minha culpa.

"Então é isso? Você vai ficar ai parada, no meu camarim, sem me dar a porra de satisfação nenhuma sobre a razão de você ter literalmente alfinetado a merda do meu coração com suas próprias mãos!" Ele grita, em uma voz bem mais séria, e com um tom que eu nunca tinha ouvido antes.

"Você age como se eu fosse o monstro 24 horas por dia por causa de algo que eu fiz 6 anos atrás, mas você não é tão melhor que eu como você acha."

Eu arregalo meus olhos, mas minha expressão dificilmente muda.

"Você fode com a nossa relação repetitivamente no presente, se prendendo ao passado e não dando a oportunidade de irmos pra frente, e ainda age como se a culpa da nossa relação dar errado no presente fosse inteiramente minha."

Não sei o que responder. A culpa e a raiva me consomem de um jeito que eu nunca havia sentido antes. A tensão e o impulso fazem com que a palma da minha mão voe na cara dele, e antes que ele possa falar algo a mais que faça com que eu me sinta pior do que já estou me sentindo, saio do camarim e bato a porta, já sentindo meu rosto palpitando e as lágrimas caindo violentamente dos meus olhos.

Perfectly Wrong || Shawn Mendes [COMPLETED]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora