Festa de aniversário

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Rio, 5 de outubro de 2015

Aniversário de 30 anos de democracia

A festa foi grandiosa. Não era para menos. Tanto se sonhou, muito se lutou, quanta gente, inclusive, morreu por isso. Era de se esperar que a festa "bombasse", e ela "bombou". Os convidados se abraçavam, os artistas presentes (havia muitos) comemoravam eufóricos a liberdade de expressão tão sonhada. Os políticos, representantes do povo, logicamente, não podiam faltar. Entre os motivos que tornavam a data tão especial, o mais citado foi a tremenda evolução dos nossos representantes supremos: " Chegamos ao ponto de ter como último presidente um ex-metalúrgico e a atual é mulher e ex-guerrilheira: Quem diria que teríamos governantes de origem popular?". Mas os representantes de oposição também se faziam presentes, como deve ser nas boas democracias, e estavam quase tão contentes quanto os governistas: "política é assim... logo, logo voltaremos! Isso é democracia!" A festa foi tão boa, que nem houve superlotação. Isso porque muita gente ficou de fora, olhando os carros importados entrarem e pedindo autógrafos às celebridades. É que, para entrar, precisava de pulseirinha. 

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