Fünfzehn.

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Marco se remexeu inquieto em sua cadeira, enquanto esperava que o policial se juntasse à ele. Estava nervoso naquela manhã, rotineiramente ansioso, e as palavras de Mario só serviram para o deixar ainda mais... disfuncional.

Respirou fundo quando as batidas na porta soaram e permitiu a entrada do oficial, erguendo-se da cadeira com um sorriso, para apertar sua mão.

— Doutor Reus? — o loiro perguntou, sentando-se quando Marco assentiu. — Sinto muito por incomoda-lo em seu trabalho. — Marco voltou a sorrir, ajeitando-se na cadeira. — Acho que ainda não nos conhecemos. Sou o subdelegado, Piszczek.

— É um prazer conhecê-lo. — o ruivo chiou em retorno, descansando as mão sobre o colo. Não sabia porque estava trêmulo, mas não gostaria que o outro percebesse. — Como posso ser útil?

— Não é nada importante. — Piszczek sorriu. Era um sorriso grande para um homem grande, e Marco quase retribuiu da mesma forma. — Gostaria de ter dado as boas vindas antes, mas é uma cidade pequena e o trabalho é grande. — ele piscou, o sotaque presente em sua voz. — Espero que esteja se sentindo bem-vindo em Greifswald.

Marco não acreditava que a presença do loiro ali, era apenas aquilo, um simples cumprimento, mas estava seguindo a maré e torcendo para que estivesse errado.

— Estou, de fato.

— Fico feliz em saber isso. — Piszczek voltou a sorrir. Ele ficava bem sorrindo, quase como se a alegria tivesse sido moldada para seu rosto. — Fez novos amigos?

Ali estava. Marco piscou, inclinando sua cabeça para o lado. Ele sabia que as pessoas comentavam sua proximidade com Toni Kroos e todo o resto, não era difícil saber das coisas em uma cidade como aquela. Por isso, não deveria ter ficado tão surpreso ao se dar conta de que a polícia também sabia.

— Há alguma coisa que eu deva saber?

— De forma alguma. — o loiro se apressou em responder, soltando uma risada antes de se levantar da cadeira. Marco fez o mesmo. — Não quero tomar seu tempo, sei que há muito para se fazer por aqui.

Ele estava recuando. Como alguém que solta uma granada e se afasta para esperar que ela exploda. Marco deu a volta na mesa, acompanhando o homem que já se dirigia à porta.

— Não é incômodo algum, senhor.

O loiro se virou para ele: — Me chame de Lukasz.

Polonês. Reus já havia notado o sotaque em sua voz, mas não tinha ligado os fatos, só restava saber o que o levara para tão longe de casa.

— Tudo bem, Lukasz. — o ruivo sorriu, antes de uma ideia passar em sua mente e o sorriso desaparecer. — Posso fazer uma pergunta hipotética? — Piszczek assentiu, parando em frente à porta. Marco se apoiou no batente, trocando os pés. — Uma ordem de restrição... é válida por todo o País, não é?

O loiro franziu o cenho, assentindo.

— Tem alguém incomodando você?

— Não, — Marco raspou a garganta. — Quero dizer, existia alguém e eu não sei...

— Você tem a cópia? — Lukasz o cortou, indo direto ao ponto. Marco confirmou com um aceno. — Podemos emitir outra, para tranquilizar você.

— Eu ficaria grato. — Reus sorriu fraco, suspirando. — Foi um prazer conhecê-lo.

— Passe na delegacia, quando tiver um tempo e conversaremos melhor sobre isso, ok? — informou, recebendo mais um aceno positivo, e então voltou a sorrir. — O prazer foi meu, doutor.

Dogs of War. {Kreus Ver.}Onde histórias criam vida. Descubra agora