Einundzwanzig.

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Toni era uma pessoa falante e agitada, mas naquela noite, estava rompendo seus próprios limites. Ele não parava quieto, sempre havia alguém para cumprimentar ou um velho amigo querendo colocar o papo em dia, mas em nenhum momento, ele soltou a mão de Marco e para ser sincero, Reus estava gostando daquilo. Era divertido ouvir tantas coisas à respeito de Toni e era bom se sentir bem-vindo, mesmo depois de ter acreditado que acabaria sobrando. E o melhor de tudo, era que Toni não o deixava de fora. Ele perambulava pelo pátio e conversava com pessoas de todos os tipos, sobre todas as coisas, e sempre dava uma forma de incluir o ruivo no assunto.

Marco tinha que dar seu braço a torcer, exatamente como tinha feito a respeito do loiro, semanas atrás. Eram boas pessoas, com sua porcentagem de coisas que não eram bem vistas, mas com uma grande quantia de bons ideais. Estavam tratando Marco estranhamente bem e depois de duas horas ali, Reus acreditava que todos conheciam-no bem o suficiente, e ele à eles.

— O que foi? — Marco perguntou, quando Toni o puxou para um lugar mais reservado. Kroos sorriu, deixando claro quais eram suas intenções. O ruivo revirou os olhos, mesmo que ainda sorrisse. — Nem pensar.

Toni apertou os lábios, franzindo seu cenho, como o bom garoto mimado que era. Ele não sabia lidar com negativas e Marco já tinha percebido isso, talvez esse fosse o motivo de ser tão divertido ser a pessoa que falava "não" para ele.

— E por que não?

— Porque — Marco murmurou, aproximando seus lábios dos de Toni. — Estamos em um lugar lotado de pessoas e eu não quero que essa seja a impressão que vão ter de mim.

— Pessoas que você nunca mais vai ver. — Toni rebateu, os lábios esbarrando nos de Marco conforme ele falava. — Tem sido difícil não pensar em você.

Reus mirou seus olhos, soltando uma risada baixa.

— Tem tido esses pensamentos comigo?

— Desde o dia em que conheci você, doutor. — Toni devolveu o riso, com um sorriso safado. O loiro segurou seus quadris, puxando-o para frente. — Venha cá.

Marco poderia ter recusado, como sua mente dizia que era o certo a fazer, mas preferiu deixar que Toni o guiasse e levasse-o até o limite do que era permitido. Ele também tinha pensado em Kroos, com uma frequência maior do que deveria, desde o dia em que Toni aparecera na porta de sua casa. Já tinha fantasiado com aqueles mesmos lábios, deslizando por todo seu corpo, sendo seguidos pelas mãos firmes e depois, dando lugar ao corpo suado. Era difícil conter seus próprios desejos, principalmente quando o loiro demostrava sentir a mesma coisa que ele, talvez com ainda mais afinco.

Toni o beijou, com toda a liberdade que havia conquistado. E apenas o toque daqueles lábios, eram desconcertantes o bastante para Reus não saber onde colocar suas mãos. O corpo de Kroos era firme e o prensava contra a parede de concreto, com a mesma firmeza. Ele não se repudiava e não deixava espaços para que Marco o fizesse. E quando as mãos curiosas do loiro, alcançaram sua bunda, Reus teve certeza de que não tinha mais forças para freia-lo.

— E é por isso, que eu amo comemorações!

Marco não conhecia o dono recém chegado daquela voz, mas o grunhido de Toni foi suficiente para sanar suas duvidas de que sim, era alguém próximo o bastante dele, para aparecer ali daquela forma.

— Estou ocupado, Podolski.

— Estou vendo, garoto. — o homem respondeu com uma risada. Marco não podia ver seu rosto, por manter os olhos baixos e o corpo atrás do de Toni, mas sabia pelo seu tom, que aquela não era a primeira vez que interrompia Kroos e que ele, realmente, gostava de fazê-lo. — Você aguenta alguns minutos longe do seu doutor, Joseph quer ver você.

Dogs of War. {Kreus Ver.}Where stories live. Discover now