Sechsundzwanzig.

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Eu amo você. Três palavras simples, que poderiam vir a mudar todas as coisas e Marco as tinha dito. Em uma péssima hora, no calor do momento, quando era apenas aquilo que sua mente e seu coração gritavam. Mas ele tinha dito e talvez aquilo explodisse na sua cara quando ele menos esperasse, mas não parecia importante enquanto tinha Toni dentro dele.

Nunca foi o tipo de pessoa que usava o sexo como válvula de escape, mas depois de tudo que acontecera naquele dia, Marco sabia que só encontraria conforto quando o corpo de Kroos estivesse sobre o dele e que sua mente só se clarearia, enquanto o loiro estivesse forçando contra ele.

— No que está pensando? — Toni soprou próximo ao seu ouvido, puxando-o para mais perto.

Ele passaria a noite ali, como de costume, mas Marco sabia que seria ainda mais rotineiro vê-lo agora que ele sabia que Robert estava na cidade.

Reus suspirou, apertando seus braços ao redor do torso do loiro, escondendo seu rosto no peito quente. Ele amava a forma como o corpo de Toni reagia aos seus toques, amava como a pele se arrepiava com cada carícia mínima. Amava todas as coisas e agora sabia o porquê, mesmo que negasse e tentasse esconder, estava ali o tempo todo e ele sabia — e Toni, também sabia.

— Fui à delegacia, depois do trabalho. — Marco começou em tom de rendição, se apressando em emendar. Não era bom em manter segredos e não queria esconder as coisas naquela altura do campeonato. — Desculpe ter mentido para você.

Toni riu baixo, as unhas curtas deslizando por suas costas. Ele não parecia bravo, muito menos surpreso.

— Eu sei.

Marco abriu os olhos, franzindo seu cenho enquanto erguia o rosto para olhá-lo nos olhos.

— Sabe?

— Você é um péssimo mentiroso. — Toni tocou seu rosto, desenhando o contorno de seu maxilar. — E eu tenho amigos na delegacia.

— Aposto que não é o Lukasz. — Reus afirmou, vendo o loiro negar com um aceno. — Qual é a história de vocês?

— Não temos uma. — Kroos desviou, soltando um suspiro quando viu que Marco não iria recuar. — A família dele se mudou para cá há muitos anos, estudamos juntos.

Toni era do tipo falante, mas tudo dependia da ocasião e seja lá o que fosse que tinha acontecido entre eles, não parecia algo que o loiro fizesse questão de relembrar. Marco suspirou, passando os dedos pelos braços de Kroos em um carinho singelo. Ele era curioso, mais do que o recomendado na maioria das vezes, mas seu relacionamento com Toni estava sendo construído na passe da compreensão e confiança, no ato de saber quando recuar e quando pressionar; de saber reconhecer quando o outro precisava de tempo e de espaço.

— Ele não gosta muito de você, não é?

— Ele sempre quer o que é meu. — Toni sussurrou, como se aquilo explicasse tudo. Deslizou os olhos por todo o rosto de Marco, acompanhando seus próprios dedos. — Não achei que seria diferente dessa vez.

Reus fez uma careta, explodindo em uma risada, em seguida. Toni tinha a estranha mania de sempre achar que as pessoas o perseguiam, o que era bom para ele em seu trabalho, mas não em sua vida pessoal. E aquilo? Soava como a maior besteira da noite.

— Está imaginando coisas. — Marco murmurou, apertando as mãos nos braços do loiro, enquanto negava freneticamente com a cabeça. — Ele não me quer.

Dogs of War. {Kreus Ver.}حيث تعيش القصص. اكتشف الآن