Zweiundzwanzig.

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— Está muito distraído. — Toni comentou, mordiscando sua pizza.

Era quarta à noite e Marco parecia exausto, por isso, Kroos tinha pensado que sua pizza favorita e uma cerveja gelada, seriam um bom começo para acalma-lo. Bem, ele estava errado. Reus não tocara em seu pedaço e não tinha aberto a garrafa de cerveja.

— Me desculpe. — Marco suspirou, esfregando os olhos. — Tem sido uma semana complicada.

Toni anuiu, com todo o poço de compreensão e paciência que ele tinha, tocando o ombro do ruivo, apertando seus dedos delicadamente sobre a camiseta azul.

— Quer falar sobre isso? — questionou, abandonando sua pizza. Estava cheio depois de seis pedaços e sentia que poderia explodir à qualquer momento. Marco negou, arrancando um sorriso dele. — Está muito misterioso, Marco Reus.

Marco soltou um riso fraco, relaxando conforme os dedos do loiro diminuíam a tensão em seus ombros.

— Gosta quando sou misterioso. — gracejou, fechando os olhos e soltando um longo gemido. — Isso está muito bom.

Toni se levantou, postando-se atrás da cadeira, utilizando as duas mãos agora, uma em cada ombro. Apertando. Relaxando.

— Quer ir para cama? — perguntou baixinho, recebendo um aceno positivo. — Não quer tentar comer antes?

— Comi há poucas horas. — Marco respondeu, começando a se levantar. Virou-se para Toni, acariciando seu rosto, tocando a parte exata em que suas sobrancelhas quase se tocavam. — Não se preocupe comigo.

Kroos revirou seus olhos, teatralmente, deslizando as mãos para a cintura do ruivo.

— Não estou preocupado.

— Está sim. — Marco soprou, aproximando seus rostos. Sua boca quase tocou a de Toni, mas antes, ele suspirou. — Sinto sua falta.

Toni sorriu, vendo os lábios de Marco se dirigirem para seu pescoço. Ele entendia, também sentia falta do ruivo.

— Estou aqui agora.

Reus deslizou sua língua timidamente, arrepiando toda a pele sensível, obrigando Toni a fechar seus olhos e firmar as mãos.

— Sinto sua falta dentro de mim.

O sorriso do loiro vacilou, quando os dentes do mais velho arranharam sua pele e tudo o que ele pode fazer, foi fechar os olhos. Tinha sido uma semana agitada e por mais que ele passasse quase todas as noites dividindo a cama com Reus, já havia se passado um bom tempo desde que o tinha feito da forma que ambos desejavam.
Deixou que Marco prosseguisse com os beijos e mordidas, não o parou quando seus dedos longos ultrapassaram sua camisa, muito menos quando as unhas curtas rasparam sobre sua pele, e não pode conter o desejo que crescia dentro dele, quando desceu as mãos até a bunda do ruivo e a apertou — delicadamente, ouvindo Reus suspirar e ronronar próximo demais de sua orelha esquerda.

— Vamos para o quarto. — sussurrou, recebendo uma negativa. Soltou um riso nervoso, sentindo Marco se afastar e abrir as mãos sobre seu abdômen, empurrando-o as cegas até que sua bacia estivesse pressionada contra o armário. Ele tinha boas lembranças dali. — Marco.

— Quero aqui. — o ruivo exigiu em um murmúrio, voltando a colar seu corpo no dele. — Quero você aqui.

Não seria ele a negar. Não quando Marco o olhava daquela forma e assumia todo o controle da situação, firmando as mãos na barra de sua camisa e se livrando dela, fazendo o mesmo com sua própria, em seguida.

Os beijos úmidos correndo todo seu peito, enquanto as mãos apressadas alcançavam o botão de sua calça, tirando-a do caminho juntamente com a boxer. Marco não fazia o tipo apressado, mas daquela vez, não pensou duas vezes antes de engoli-lo por completo. Toni fechou os olhos, tateando o armário em busca de algum apoio, não conseguindo pensar em mais nada que não fosse em seu pau, fodendo firmemente a boca do homem por quem ele estava apaixonado. Uma das mãos de Marco apertou sua coxa, enquanto a outra auxiliava sua boca, e sem nem ao menos pensar duas vezes, Toni levou suas mãos até os fios avermelhados, aumentando a velocidade.
Ele não duraria muito, nunca durava quando Marco o chupava daquela maneira e suspirava contra sua pele, por isso, em um sopro de coragem, ele cessou os movimentos e ajudou o ruivo a se erguer, levando seus dedos trêmulos até o botão do jeans, enquanto o beijava. Quando se livrou da peça, Toni partiu o beijo e inverteu suas posições, inclinando Reus sobre o armário. Respirou fundo algumas vezes, abaixando-se para encontrar sua carteira, voltando a se erguer quando encontrou o preservativo e o colocou. Deixou um beijo solitário nas costas de Marco, afastando suas pernas com delicadeza, em seguida umedeceu seus dedos e os levou até a entrada de Reus, curvando-se sobre ele, quando Marco murmurou algo que somente ele entendia.

— O que disse? — soprou calmamente, movendo seu dedo, usando sua outra mão para se tocar.

— Toni, — Marco suspirou, apertando os lábios, virando brevemente o rosto enquanto recebia beijos sobre a pele acessível de seu pescoço e nuca. Concentrou-se em levar sua mão direita até seu próprio pênis, ofegando quando Toni o penetrou com mais um dedo. — Não faça jogos.

— Pensei que gostasse de jogos.

— Eu gosto. — Marco voltou a ofegar, apertando seus olhos com força. Era difícil pensar com clareza, quando tudo o que ele queria era se esquecer do mundo. — Mas não são seus dedos que eu quero agora. — murmurou, irritadiço.

Toni sorriu, afastando o toque e segurando seu pau, levando-o até onde seus dedos costumavam estar. Reus voltou a ofegar, um soluço baixo deixando sua garganta, enquanto aguardava por mais. E quando isso veio e Toni começou a preenchê-lo, ele pode soltar a respiração que não sabia que estava contendo.

Todas as coisas pareceram perder a importância enquanto Toni investia contra ele: ritmicamente, fazendo-o se apertar por completo. Ele queria que o loiro fosse mais fundo, mais forte, até que alcançasse e nublasse seus pensamentos e ele pudesse se esquecer de tudo o que sentia, tudo o que escondia. Aumentou a velocidade em sua mão, usando a outra como apoio, para se erguer um pouco. A posição favoreceu o loiro, que segurou seus quadris e se inclinou para mais perto dele.

— Mais forte. — Marco soprou, em um murmúrio tímido.

Ele sabia que Kroos não estava dando seu melhor — por mais que ele sempre satisfizesse Marco, por mais que sempre que transava com ele, o ruivo alcançasse seu próprio paraíso — ele sabia que Toni se continha.

O loiro ofegou, a voz de Marco o atingindo em cheio enquanto ele dava o que ele queria. Sua pélvis se chocando contra a pele alva da bunda perfeita, a visão de tudo aquilo acontecendo, fazendo-o ir cada vez mais rápido e mais forte.
Passou suas mãos pela cintura do ruivo, encontrando seu abdômen para espalmar contra ele e trazer o corpo de Marco para mais perto; ereto, enquanto gemia seu nome e o fazia beirar o ápice.

Toni moveu os lábios para seus ombros, sentindo Marco amolecendo aos poucos, apertando-o cada vez mais.

— Amo você. — Kroos murmurou, as palavras aliviando um peso gigantesco de seus ombros. Ele o amava e Marco sabia, e poderia não ser a melhor hora para dizer, mas era tudo no que Toni conseguia pensar. E voltaria à dizê-las, quantas vezes fosse necessário, apenas para ouvir Marco suspirar e tocar sua nuca às cegas, exatamente como estava fazendo naquele momento. — Eu amo você, doutor.

Fechou seus olhos, sentindo os dedos finos se enrolarem nos fios úmidos, enquanto Reus gozava. Apertando-o, gemendo seu nome, baixo o suficiente para que somente ele ouvisse; alto o bastante para que o alcançasse internamente, amarrando uma corda em seu pescoço, apenas para jogá-lo de um precipício e fazê-lo gozar.

Toni foi o primeiro a se mover, retirando delicadamente seu pênis de dentro do ruivo, sustentando-o pela cintura, enquanto ele soltava um riso baixo e Kroos o retribuía.

— Agora aceita ir para cama? — questionou, ajudando Marco a se apoiar, ainda que ele mesmo estivesse dormente.

Reus assentiu, virando-se para ele. O rosto avermelhado, com as bochechas coradas e a testa úmida. Toni sorriu para a visão, passando seus dedos pela pele, afastando os fios teimosos que grudaram pela região.

— Preciso de um banho. — Marco informou manhoso, passando os braços pelos seus ombros, fechando-os em seu pescoço. Toni o segurou firmemente pela cintura, enquanto Reus movia os lábios sobre os seus. — Realmente me ama?

Toni anuiu, mantendo seus olhos fixos nos dele. Olhos verdes como uma floresta pacífica, transparecendo toda a paz que compartilhava e distribuía; toda calma que o fazia sentir.

— Amo você. — Toni repetiu, fazendo-o rir baixinho e esconder o rosto em seu peito. — Realmente amo você.

As palavras pairaram ao redor de Marco e então, atingiram seu íntimo. Toni o amava, mas continuaria amando-o quando ele compartilhasse seu último segredo? Aquele que incluía pessoalmente o loiro, aquele que mudaria todas as coisas? Ele queria acreditar que sim e se agarraria aquilo, enquanto reunia suas forças e rezava para que nada mudasse entre eles, mesmo quando todo o resto mudaria.

Dogs of War. {Kreus Ver.}Onde histórias criam vida. Descubra agora