Neunundzwanzig.

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No sábado a noite, Toni bateu em sua porta com uma garrafa cara de vinho nas mãos e um sorriso no rosto. Estava terrivelmente lindo dentro de sua camisa azul escura e seus jeans pretos, e Marco teve que conter um suspiro e seus próprios pensamentos, quando Toni se curvou para beija-lo.

— Já está pronto? — perguntou, ainda próximo demais. A mão firme em seu quadril, o rosto perigosamente perto. Era uma pequena que precisassem sair. — Marco?

— Sim, eu... — balançou a cabeça para os lados, espantando seus pensamentos. Esticou a mão, apanhando seu casaco e se afastou de Toni, dando a volta ao redor de seu corpo. — Obrigada por trazer o vinho. — murmurou aéreo enquanto trancava a porta, depois se virou para o loiro. — Me diga que vamos de carro, não sei se tenho estômago para ficar dez minutos em cima de uma moto.

Toni riu, franzindo seu cenho. É claro que tinha ido com a caminhonete, não achava que causaria uma boa impressão se chegasse lá com sua Harley. Não respondeu, apenas passou seu braço sobre os ombros de Marco e caminhou com ele até a saída.
Quando Marco viu a caminhonete estacionada, soltou um suspiro de alívio e logo entrou dentro da mesma, agindo totalmente de forma mecânica. Estava ansioso para aquela noite; aquela seria a primeira vez que veria a mulher de Mario e não sabia exatamente o que esperar do jantar.

— Está pálido. — Toni comentou, dando a partida no carro. Marco voltou a atenção para ele, dando de ombros. — Tem se alimentado?

— Não estou com fome. — murmurou, como se não fosse nada. Para ser sincero, tinha passado o dia todo com apenas o sanduíche no estômago e a simples ideia de comer algo, fazia-o se remexer. Se moveu, virando-se um pouco no banco, reclamando mentalmente da pressão do cinto. — Como foi seu dia?

Não tinha visto Toni desde a noite passada, quando ele saiu apressado e deixou Leon de vigia na entrada do prédio. Aquilo vinha acontecendo com frequência, mas Marco nunca sabia como introduzir a conversa para obter respostas.

— Na mesma. — o loiro murmurou, batucando os dedos contra o volante. — E o seu?

Marco franziu o cenho. Quando se era um expert em guardar segredos, você passava a ser muito bom em perceber quando alguém os guardava de você.

— O que está me escondendo?

— Não estou escondendo nada. — Toni riu, desviando o olhar. — Estamos chegando.

Reus suspirou, esperando que Toni estacionasse na frente da casa do amigo, depois, segurou sua mão antes que ele soltasse o cinto e atraiu sua completa atenção.

— Sei que a chegada de Robert deixou as coisas tensas entre nós. — falou, mantendo os olhos nos dele. — Mas não vamos voltar para o começo, onde escondemos coisas um do outro.

Toni umedeceu os lábios, terminando de soltar seu cinto e desligando de vez o carro. Depois, se virou no banco, ficando de frente para Marco, que também já estava livre de seu cinto. Já era hora de contar a Marco o que tinha feito, talvez, devesse ter feito antes, mas tinha uma leve ideia de como seria a reação ruivo, por isso, tinha protelado tanto.

— Tive que levar o assunto para a mesa. — Toni confidenciou, apressando-se em emendar quando viu a feição confusa no rosto de Marco. — Precisei contar ao clube. — Kroos sabia como aquilo soava, e precisou encontrar rapidamente as palavras quando viu Reus erguer a sobrancelha e passar as mãos pelo rosto. — Não tudo, Marco, não sobre as suas coisas. Mas Robert não está aqui apenas porque quer ter você de volta, e o motivo da presença dele aqui, envolve o clube.

Dogs of War. {Kreus Ver.}Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu