➤ capítulo vinte e sete

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Tudo o que Jeongguk queria era ir para sua casa, tomar um bom banho e ficar com o seu filho. Mas assim que chegou em seu apartamento suas expectativas foram jogadas por água abaixo.

Bogum estava em seu apartamento.

- O que faz aqui? - encarou, cansado. O alfa removeu os sapatos na entrada e jogou sua jaqueta no sofá.

- Onde estava? Fiquei preocupado. - o ômega fitou-o a medida que tentou se aproximar, mas mais uma vez o lúpus se afastou.

- Bogum, não é porque você voltou que as coisas vão continuar como eram. - o mais novo respirou fundo. - Ainda precisamos conversar sobre o seu sumiço, afinal você não nos contou o que aconteceu.

- E eu irei te contar, meu amor-

- Não me chame mais assim. - Jeon o cortou. - Onde Soobin está?

- Está com a sua irmã, eles não me deixam vê-lo. - o mais velho se sentou no sofá novamente. - Tsc, não me deixam ver o meu próprio filho. - o moreno revirou os olhos ao ouvir a fala do ex-amante.

- Eu vou tomar um banho e dormir, você pode ir para o quarto de hóspedes.

- Quarto de hóspedes, Jeongguk? Sério? - o Park riu desacreditado. - Vai mandar o seu ômega dormir no quarto de hóspedes?

- Você não é o meu ômega e nem nunca foi. Nós dois sabemos disso. - o alfa disse sério.

Para Bogum, ouvir aquelas palavras era como receber uma facada em seu peito. Ele ficou ali, parado, enquanto via o mais novo seguir para o fim do corredor e entrar no próprio quarto. Outra coisa que doeu, foi o barulho da porta da suíte do lúpus sendo trancada pelo lado de dentro.

Naquela noite, Jeongguk se permitiu chorar enquanto tomava banho. Chorou feito um filhotinho abandonado e sem direção alguma para continuar.
Sua cabeça estava uma confusão e tudo que ele queria era que esse maldito pesadelo acabasse. E pela primeira vez, ele desejou que Bogum estivesse morto de verdade.

Quando o relógio marcou cinco da manhã, o alfa despertou. Não havia conseguido dormir direito graças aos pensamentos ruins que invadiam sua cabeça, por isso, ele decidiu levantar logo e ir para um lugar onde sabia que todas as suas perguntas teriam uma resposta.

Ele nem ao menos tirou o pijama, apenas colocou um sobretudo por cima, calçou suas botas e colocou uma máscara preta para tampar parcialmente o seu rosto. Pegou a chave do carro e seus pertences, em seguida deixou o apartamento.

Os raios solares começavam a aparecer em meio as nuvens pesadas, na madrugada passada havia tido uma tempestade, mas agora o céu estava dando uma trégua.

O alfa dirigiu até o lugar desejado. Estacionou próximo a entrada e foi cumprimentado pelos dois seguranças do local - esses que infelizmente já lhe conheciam.

- Oh, Jeongguk. - uma senhora que ficava na recepção, se assustou com a presença do mais novo. - Bom dia. O que faz aqui tão cedo?

- Bom dia, Sra. Salim. - o lúpus saudou, se curvando respeitosamente. - Bem, preciso visitar o meu irmão.

A beta sorriu simpática, assentindo em seguida. Ela o entregou um pequeno buquê com flores amarelas, as preferidas de Wonwoo.

- Entendo, querido. Qualquer coisa me chame, sim? - o moreno assentiu.

Jeongguk estava em um cemitério.

Com as flores em mãos, ele seguiu em meio aos túmulos até achar o deu irmão.

- Oi hyung. Me desculpe por não ter vindo antes, mas é que os dias estão tão cheios que eu não tive tempo. - encarou a lápide enquanto se sentava na grama verdinha. - Trouxe as flores que gosta. Na verdade a Sra. Salim me entregou, mas acho que você não liga muito na verdade. - ele removeu a máscara do rosto, a fim de ficar mais a vontade, em seguida colocou as flores sob o túmulo.

Love with a Criminal • taekook Where stories live. Discover now