Capítulo 57 - We can do it

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Look whos back bbs!
Mais um cap pra vocês. 
Boa leitura!


Lauren POV

Entrei no meu quarto e desabei. Acho que nunca chorei tanto e a raiva de estar me sentindo assim era o que mais machucava. Eu sabia lidar com todo mundo, mas eu não sabia lidar com ela. Eu não sabia ler as suas atitudes, suas reações, prever o que se passava na cabeça dela.

Camila era uma incógnita pra mim e por mais que eu corresse léguas por ela, ela parecia cada vez mais distante.

Eu sabia o que estava acontecendo. Princípio de Depressão. Eu juro que tentei, dei o meu máximo, passei por cima de muita coisa, passei noites em claro vigiando o seu sono, mas eu não era suficiente para suprir o vazio que ela sentia.

E eu não poderia ceder àquele capricho. Seria pior. Ela queria ter um filho, ela se achava no momento de ter um filho, mas eu sabia que era apenas a dor, o luto pelo que passamos com o Lorenzo.

Ela se doou tanto para estar preparada para ser uma madrasta ideal, que não ter mais ele deixou um vazio com o qual ela não conseguia lidar. E eu não conseguia preencher ele com absolutamente nada.

Conversei com Vero, Lucy, Cris... Elas acompanharam de perto tudo isso. Passei a fazer terapia também, sem ela saber, não queria que ela enxergasse nenhum tipo de fraqueza em mim. Mas nada foi suficiente.

Eu estava pronta para dar um passo a mais. Mas sabia que ela não. Eu não podia deixar ela jogar a carreira dela fora dessa forma. E a única coisa que eu podia fazer agora era deixar ela livre pra seguir os caminhos que achasse melhor.

Queria ter ela ao meu lado, mas ela não conseguia enxergar isso.

Eu não era suficiente.

Chorei muito. Observei a noite de LA através da varanda do meu quarto e repensei tudo que foi dito e que não foi dito. Eu fiz o que pude e não conseguia enxergar mais ela comigo.

Abri meu celular e notícias e mais noticias da turnê dela que começaria em uma semana.

Ela nem sequer me disse.

Saí do meu quarto e fui até a cozinha pegar água para tomar um analgésico. Pude ver seu corpo deitado no sofá da varanda, encolhido, aparentemente com frio.

Tomei meu remédio e fui até ela. Ela dormia como um anjo. As vezes franzia o cenho em mais um dos sinais de pesadelos que passaram a perturbá-la depois do meu aniversário.

Respirei fundo e me abaixei para pegar ela no colo. Não ia deixar ela ali.

Ela se aconchegou no meu colo e logo a levei para o quarto. Tirei seus sapatos, a calça, deixei que dormisse apenas de blusa e calcinha. Cobri seu corpo com um edredom, ajustei a temperatura do ar condicionado, apaguei as luzes e me deitei ao seu lado. Velando seu sono até também ser vencida pelo cansaço.

Pela manhã senti um peso sobre parte do meu corpo ao despertar. Como era de costume ela se aninhava nos meus braços, deitando a cabeça na curva do meu pescoço, entrelaçava nossas pernas e com uma mão fazia desenhos aleatórios vezes na minha barriga, vezes no queixo, vezes no peito.

Quando abri os olhos ela estava com um semblante triste, pensativa e suas lágrimas molhavam o meu ombro.

Observei aquele nariz vermelho a ouvindo fungar baixinho enquanto seguia seus desenhos aleatórios na minha barriga.

Suspirei e deixei um beijo no topo da sua cabeça.

- Bom dia... Se sente melhor? – Perguntei e ela apenas negou com a cabeça.

All In - Camren   [COMPLETE]Where stories live. Discover now