Capítulo 15-Vadia Triste

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Só pra avisar q eu leio 100% dos comentários e to AMANDO ver a reação de vcs, por favor, escrevam mais hihihi
Não se esqueçam de votar e adicionar a biblioteca pra receber as atualizações. Tmb deixem seu feedback e as perguntas pros personagens no final. (Devido a falta de perguntas, bora fazer esse Q&A quando bater 3k?)
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Um mês. Hoje Alice completa um mês. Faz um mês que eu não saio do quarto. Me falaram para me recuperar do parto antes de me venderem de novo. Marcus parece estar tranquilo com as propostas de compra.

-Pessoas melhores do que aquele playboy. Eles não precisam saber que você ja teve cria.

-Eu tive uma filha. Não uma cria. Eu a amo.

-Eu mandei você abrir a boca? Me ouve antes. -Ele para uns segundos para me observar. Estou deitado com o rosto virado pra parede enquanto ele está sentado na ponta da minha cama.- Conseguimos uma proposta de dentro dos Dauphiné. Você vai continuar aqui e se casar com esse alfa, não importa quem seja.

-Eu não quero.

-Quieto! Ou eu nunca mais vou te deixar sair! Porra, Loui! Eu te quero perto. É difícil de entender? Quero o seu melhor. Só isso.

-Mentiroso... Se quisesse meu melhor me deixaria com meu alfa e minha filha! -Meu punho arde. Marcus está o segurando forte e apertando. Assim que ele solta, recolho meu punho rápido e me deito sobre ele.

-Eu mandei você ficar quieto! Não me obrigue a te machucar. Sua filha jamais existiu. Você nunca se casou com aquele cara e perdeu a virgindade com um cara qualquer que fugiu e continuou dando pra qualquer um. Sabe por que? Você é só uma putinha. Uma vadia com um incrível fogo no rabo. Infiel que precisa passar por isso para aprender.

Aquelas palavras me doem profundamente. Minha filha... Meu marido... Teria que deixar tudo para trás. Sempre fui muito passivo, nunca fui uma pessoa má. Sempre fui obediente. Nunca tive muita autoestima, mas Stephan pelo menos levantava a pouca que eu tinha, e Marcus havia acabado de destruir em uma frase algo que Stephan foi construindo durante 10 meses. Começo a chorar em silêncio, mas sem deixar ele ver.

-A vadia está triste é? Está sem dar, não é... Pela sua insistência, vai ficar sem jantar hoje e sem luz acesa. Vá dormir. -Marcus apaga a luz violentamente e fecha a porta. Ouço o barulho da chave trancando, mas sabia que não era necessário trancar.

Estava muito bem amarrado naquela mesma posição a dias. Agora não tinha mais forças de lutar. Meu corpo estava mole e clamando para um descanso. Mesmo se me desamareassem, eu seria incapaz de dar um passo sequer.

A vadia triste. Eu não escolhi esse caminho, mas nasci assim. A vadia triste. Só conseguia pensar na minha filha que nunca mais veria e meu marido que jamais beijaria de novo.

Só consigo esperar a morte.

Stephan

Ja estava com a polícia inteira a procura de Loui. Estava desesperado. Alice demandava muito tempo e atenção e eu so pensava em Loui. O amor da minha vida...

Sumiu pela noite. Sem deixar uma pista. Se ele estava decepcionado, bastava ter me dito. E nesse momento, eu passei a ter raiva. Raiva de Loui. Por ter me abandonado e abandonado a própria filha.

Agora eu o odiava, mas no fundo, sabia que o amava mais que tudo. Sabia que meu corpo se encaixava perfeitamente naquela silhueta esguia e pequena. Sabia que amava cada centímetro da sua pele alva e sabia de cor as constelações de sardas em suas bochechas.

Só queria que ele voltasse. Para fazer amor até desmaiarmos. Depois ele deitaria no meu peito e eu beijaria sua cabeça ruiva. Logo dormiriamos abraçados até o dia seguinte.

Acordaria com ele ao meu lado amamentando nossa Alice. Beijaria os dois e seriamos felizes. Foi o que planejei quando Loui engravidou. Nada deu certo para nós dois. Talvez o destino não queria que sejamos felizes um com o outro e isso é cruel.

Alice chora. Ou melhor, grita. Vou atender ela. É falta do leite da mãe. Estou dando o leite que consegui no banco de leite, mas ainda não é o adequado para ela.

Fico dando a mamadeira para ela enquanto isso, resolvo dar uma olhada no caso. Um policial me manda um anúncio dos Dauphiné de um ômega, 18 anos, ótimo reprodutor, genes dominantes, mas não virgem. Nessas características, bate com o anúncio antigo de Loui. O anúncio infelizmente diz "em negociação". Me cadastro com um nome falso que Loui reconheceria. Como fã de distopias, ja o vi lendo Estilhaça-me mais de uma vez. Então Adam Kent. Se for ele, vai reconhecer. Boto o dobro de dinheiro do último lance. Logo, vendido. Ganhei. Se for ele, dei sorte. Se não for, libertarei mais um.

Quem diria que Loui seria vendido duas vezes. E as duas a mim...

Vendido + PerdidoWhere stories live. Discover now