cap 5 - como gosto de cloro

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título: Chlorine- Twenty one Pilots

Vejo Diana cruzando o aeroporto. Sua mala azul e uma criança no colo. Os cabelos do pequeno são loiros e é tudo que vejo a distância. Minha namorada sorri ao me ver. Vem correndo na medida do possível com a mala e o garoto no colo.

Ao chegar em mim, abro os braços e deixo-a me abraçar com o braço livre. O bebê balbucia alguma coisa.

-Hm... Que saudade -Fala ela me abraçando- Está mais forte... Aumentou a carga na academia?

Rio admirando a visão perfeita que era Diana com nosso filho. Por ser beta, Diana e eu nunca conseguiríamos ter filhos biológicos. Aproveitamos o trabalho social dela na Romênia para adotar um pequeno romeno.

-E esse carinha, Hm? -Pergunto acariciando as costas do bebê. Seus olhos são enormes e castanhos, lembrando Beanie Boos.

-Busquei ele na semana passada. Lar abusivo. Pais alcoolatras. -Diana se inclina para dar um beijo no pequeno, que na hora, vira o rosto e estende os bracinhos para mim. Sorrio. -Você me conhece há quase duas semanas e prefere ele, que você conheceu não tem nem 5 minutos?

-Fazer o que, não é? -Pego o pequeno no colo acariciando suas costas. Logo, ele se encaixa no meu pescoço. Consigo sentir sua respiração contra minha clavícula, como se ele buscasse o meu cheiro. -Coisinha fofa... Vamos? -Pergunto para Diana, estendendo a mão livre para ela. Ela pega, enquanto carrega a mala com a outra.

Ao chegarmos no carro, abro a porta de trás para botarmos nosso filho. Sento-o na cadeirinha com cuidado prendendo bem o cinto de segurança. Fecho a porta e abraço Diana por trás após ela fechar o porta malas.

-Fez um bom voo? -Sussurro beijando seu ombro de forma carinhosa

-Sim. Mas senti sua falta. Ser mãe de primeira viagem sozinha foi impossível.

-Você deve estar cansada... Preparei o quarto dele e o nosso. Descanse hoje.

-Ai Alex... Você é o melhor. -Ela se vira de frente beijando suavemente meus lábios. Já estava acostumado com seu beijo. Ficar sem durante o último mês foi quase que impossível, mas agora me sinto completo novamente. -Será que vamos ser bons pais? -Sua voz é sutil contra meus lábios

-Só vamos saber se tentarmos-Respondo no mesmo tom. Conduzo-a até o banco do carona. Abro sua porta e ponho seu cinto de segurança. Vou até o meu lado e embarco dirigindo até em casa.

Quando abro a porta, o bebe solta uma gargalhada sutil. Me sento no sofá ao lado de Di com o pequeno no colo.

-Que nome você deu a ele?

-Matt. Nosso amado Matty.

-É meu nome favorito. -Sorrio beijando o canto de sua bochecha. -Vamos apresenta-lo ao novo quarto. -Digo me levantando do sofá. Abro a porta com um elefantinho pintado na frente.

O quarto definitivamente não é pequeno. Pensamos em tudo para ele. Desde as cores até os móveis de pontas arredondadas para que não batesse a cabeça. Seus olhinhos investigam cada canto curiosos.

-Seja bem vindo, Matty. Nos te amamos muito. -Deixo-o deitado no bercinho. Ligo a babá eletrônica e boto o outro comando no bolso. Saio fechando a porta suavemente. Não há ninguém na sala. Diana deve ter ido dormir. Coloco a babá eletrônica no balcão da cozinha e começo a preparar o almoço.

Lá para as 14 horas, Nem Diana nem Matty acordaram, mas meu telefone toca. Tiro do bolso de trás da calça. Número privado. Presumo ser da inteligência da polícia. Nada que eu não esteja acostumado. Atendo colocando logo em seguida no ouvido.

Vendido + PerdidoWhere stories live. Discover now