cap 18 - as coisas que eu queria, apenas um final feliz (capítulo final)

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título: Emergency Contact - Pierce the Veil.
Bem vindos ao capítulo final. Muito obrigada a todo mundo que leu, que viveu e sentiu essa hisória, que surtou comigo, que esperou na minha demora e que não desistiu do final feliz. Espero que continuem aqui para One Shots ocasionais, que releiam quando tiverem saudades e que leiam as próximas histórias que eu publicar. Vou sentir muita falta disso, mas aqui estamos. Estou com a DM aberta pra todo mundo que quiser me mandar histórias, conversar ou simplesmente critiar. O último ano dessa história foi conturbado, mas tá aqui um capítulo final, talvez não como vocês esperavam, mas o que eu sempre planejei.
Um beijo e eu espero ter tocado o coração de vocês pelo menos uma vez nos últimos 3 anos de história.

/Brian/

-Sou... -Ela afirma baixo. Olho para ela com nojo. O Juiz encara a situação olhando de cima.

-Certo... Temos uma confissão... Catalina, poderia depor? -Ela concorda com a cabeça. Um policial passa por mim indo em direção a cela que parecia de um animal, abrindo o cadeado. Ela se levanta, algemada e ele a arrasta para a cadeira de depoimento, onde a senta e prende as algemas na cadeira. -Catalina Platckenko, então confessa seus crimes de cárcere privado, tráfico de pessoas, venda e compra de menor, abuso sexual, agressão moral, verbal e física, omissão de socorro entre outros citados em processo, desferidos à vitima, Brian Potterfield Ramirez, na época, o menor, Brian Dauphiné Potterfield?

-Sim. - Sua voz sai baixa, mas audível. Ela levanta a cabeça e olha para mim. Agora a situação se inverteu. Os olhos de predador são os meus enquanto espero que o juiz decida a pena que ela sofreria. Embora isso nunca trouxesse o que eu perdi de volta, me sentiria menos desconfortável em viver sob minha pele.

-Gostaria de colher sua narrativa. Temos pontos a esclarecer aqui. -O Juiz afirma olhando para um papel na frente dele. -Catalina... Então, sabia da idade de Brian?

-Sim. -Ela afirma.

-Quantas vezes abusou sexualmente da vítima?

-Desde o quinto dia até o último.-Ela afirma e abaixa a cabeça novamente. O Juiz parecia horrorizado. Nem eu sabia que foram tantas vezes... Como eu não havia engravidado antes então? Tinha engravidado agora na segunda tentativa com Miguel...

-Mesmo quando ele ainda era menor?

-Sim.

-Mesmo quando ele estava desacordado?

-Majoritariamente. -Solto um soluço que estava preso a tantos anos na minha garganta. Ouvir ela confessando era pior do que pensei. Saber de fato o que ela havia feito comigo durante os seis anos... Isso era pavoroso.

-Por que ele? -Tenho a mesma pergunta, senhor Juiz. Por que eu?

-Ele é um Dauphiné completo. Estava mais barato que comprar direto de lá. -Me viro para minha mãe confuso. Ele também está chorando. Meu pai segura sua mão. Mas ele é de fato meu pai? -Sabia que iria faturar mais com um gene Dauphiné do que qualquer outro.

Minha ficha começa a cair. As aulas de biologia do supletivo começam a fazer sentido. Meus pais só teriam como ter biologicamente filhos Alfa dominante ou beta... Mas eu sou ômega recessivo, exatamente como minha mãe. Então eu sou filho de outro alfa recessivo. Além de que genes ruivos são facilmente sobrepostos por outros, tanto que meus filhos são mais parecidos com Catalina do que comigo, então se eu fosse do meu pai, eu seria beta ou alfa dominante e de cabelos pretos e olhos escuros. Exatamente como meus irmãos.

-Mãe...? -Eu pergunto com lágrimas nos olhos. Mas não queria conversar sobre isso. Eles mentiram para mim a minha vida inteira. Mas hoje acabam as mentiras.

Vendido + PerdidoWhere stories live. Discover now