capítulo 11-Fugir pra viver

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Vou tentar manter a frequência de uma vez por semana agora nas férias, mas no dia 14 de janeiro voltam minhas aulas de russo, então talvez a partir daí eu publique mensalmente como era antes.
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O Cazaquistão não me parece um país ruim. Andamos tranquilos pela rua. Todos acham que somos russos, então, dei uma pequisada no idioma e agora sei falar "Привет, как дела?"(priviet, kak diela?) que é "oi, como está?" E responder também com "Я хорошо, спасибо" (ya horosho, spasibo) "estou bem, obrigado", como se isso adiantasse alguma coisa. Eu mal andava pela cidade sozinho mais por vergonha mesmo, e quando andava, ia com os meninos.

Agora mesmo estamos assim. Estou no mercado com "Aleksander" e "Aleksei" comprando café por que acabou e eu não vivo sem. Eu sei que a cafeína não é muito recomendada para a bebê, mas eu sou viciado em café. O último exame deu que Alice é muito saudável, então eu vou tomar café sim.

Estavamos andando pelo setor de hortaliças quando noto algo muito característico. Os cabelos ruivos característicos do meu clã. Olho rapidamente e vejo que é um dos guardas do líder. Me viro assustado e puxo os meninos junto comigo direto para o caixa. Entrei na fila preferêncial e respirei fundo.

-Só não te levamos agora por causa da criança... A distância entre você e o seu alfa mataria os dois e não seria útil um ômega morto... -Sussurrou uma senhora atrás de mim. Levei um susto, mas quando me virei, ela ja estava saindo. apenas consegui ver o maldito cabelo ruivo...

Ja no hotel, contei a situação para Stephan. Levanto o olhar da mesa e vejo ele sentado a minha frente, quase segurando em meu rosto. Me inclino para ele acariciar minha bochecha

-Ninguém vai te tirar de mim... Jamais...

Naquela noite, o sono demorou a chegar. Ouvia o som do desenho dos meninos ja bem baixo, ja que eram quase 2 da manhã. Me levanto com cuidado para não acordar Stephan e vou até o quarto desligar a tv. Ambos estavam deitados de formas engraçadas. Vou os ajeitando com cuidado e os cubro. Olho pela janela a cidade e me sento na cadeira diante para conversar um pouco com minha pequena.

-Você deve nascer na primavera, né? junto com as florzinhas...-Falo baixo acariciando a barriga.

-o que está fazendo acordado?-Olho para trás e era Dean com um sorriso levado.

-To olhando pela janela só... quer vir aqui? -Pergunto olhando em seus olhos. Logo Dean da sua corridinha de criança e se senta em minha perna. Acaricio seus cabelos e o deito em meu ombro.

-Eles não vão te levar embora... Eu vou brigar com eles se for necessário.

-Ah, querido... Você é um doce... Continue assim. -Beijo sua bochecha.

-Ninguém pode afastar você e meu irmão. A gente não vai deixar...

-Vou confiar em você, ein... -Sorrio acariciando seu rosto. Ficamos alí por tanto tempo, que acabamos dormindo. No dia seguinte, acordo com o cheiro da comida e com o peso de Dean em minha perna. Sorrio para ele ainda adormecido e o ajeito na poltrona. Me levanto indo para a cozinha.

-Bom dia. Como está a minha gravidinha?

-Bom dia, amor... to bem... Eu acho... minhas costas estão doendo...

-Vai pra cama que eu ja vou lá te fazer uma massagem...

-Eu só quero dormir um pouco mais...-Stephan, bobo como sempre, se ajoelhou na minha frente para beijar minha barriga. Levanto minha blusa, sorrindo bobo.

-Como está a linda do papai? Hm...? Está cansando muito a mamãe? Você sabe que não pode, amorinho... to bem ansioso pra ver seu rostinho, anjinho... Te amo tanto... Agora deixa a gostosa da sua mãe descansar. -Dou um tapinha na cabeça de Stephan e ele ri.- Viu, sua mãe também é agressiva... fique tranquila que vamos te dar muitos irmãozinhos e irmãzinhas... você é só a primeira...

-Socorro...

-Vou cuidar de vocês todos...

Vendido + PerdidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora