capítulo 10 -Turbulências

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Bom, eu literalmente acabei de publicar o cap 9 e estou escrevendo o 10.

Queria pedir uma forcinha pra vocês na minha outra história. Essa de HP que ja está completinha.
Bjo, e bora pro cap
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-Falidos? Como assim? -Pergunto confuso

-Parece que alguém era viciado em jogos e apostou tudo. Todas as posses... -Riu. -Você tem 48 horas para voltar para a alcateia. -Me assusto com o tempo curto. Stephan para o carro na garagem e logo quando chegamos, muitas caixas. Muitas mesmo.

-Pai!? Apostando de novo? -Pergunta Stephan enraivecido.

-Eu tava ganhando!

-Então faz o favor de ganhar a empresa de volta!

-Stephan! Não fale assim comigo! Eu sou o seu pai!

-Então haja como pai! Você pensou na gente quando botou o nosso futuro em risco!? Então não fale como se tivesse razão, por que razão você não tem!

-E você? Um cara de 20 anos que mora ainda na casa do pai!? Hm? E se eu não tivesse forçado, nem casado seria.

-Pode deixar que aqui nós não ficamos nem mais um segundo. Vou levar os meus irmãos e te provar que eu sou melhor que você.

-Você é igualzinho a sua mãe. Só falta dar um tiro na própria cabeça quando pressionado...-Acaricio o ombro de Stephan tentado o acalmar. Mas claro que não sa certo. Ele parte pra cima do pai e lhe da um soco bem posicionado na mandíbula.

-Nunca mais fale da minha mãe!

Flashback
Stephan, 6 anos

-Mamãe! Mamãe!-Chamou o garotinho com uma voz de choro. A mãe logo desceu as escadas correndo.

-O que aconteceu, meu amor!? -Perguntou a mulher se sentando ao lado do filho no chão da enorme sala.

-Ralei meu joelho, mamãe... Ta ardendo... -Choramingou o garotinho. A mãe logo o pega nos braços e o leva para o banheiro. O bota sentadinho na pia enquanto lava o ferimento. Passa uma espécie de remédio (Famoso merthiolat de criança raiz que ardia para um caralho) que faz o menino soltar uns "ai" e cobre com um curativo.

-Meu lindo... Você precisa ser forte, ta bom? Eu sei que você não gosta do papai, mas a mamãe vai embora e você vai ter que ficar com o papai.

-Não! -Resumungou chorando e abraçando a mãe.

-Ei ei... Calma filhotinho... A mamãe vai estar sempre te protegendo, ta bom?

-Me leva com você! Eu não quero ficar aqui com ele!

-Filho... O lugar pra onde a mamãe vai, é muito triste ter criança... Você quase não teria amiguinhos pra brincar...

-Mas eu teria você, mamãe!-A mãe não responde. Apenas acaricia as costas do menino em silêncio.

No dia seguinte, quando o alfa da casa abriu o banheiro, encontrou o corpo da esposa. Sangue em todas as paredes e uma arma fabricada na empresa dele nas mãos da mulher morta. Sem dúvidas, foi suicídio.

3 Dias depois, foi o enterro. O garoto era só lágrimas, enquanto o pai não esboçava uma reação sequer. E foi assim que começou a grande rivalidade entre um pai e um filho.

Subimos as escadas correndo para o nosso quarto. Juntamos nossas coisas, em seguida as dos meninos e fomos para o carro de Stephan

-Como vamos fazer com o líder? -Pergunto depois de botar o cinto.

-Foda-se o líder. -Rosnou fazendo meus ouvidos doerem. Olho para ele meio triste e sinto sua mão em minha bochecha. -Desculpe amor... Vamos fugir. Ele nunca vai nos achar... Com os meninos no banco de trás e a bebêzinha na cadeirinha, demos partida no carro.

Por sorte, o ômega mais velho, havia fugido uma semana antes graças a Stephan e havia se alojado na Escócia.

Pegamos a primeira estrada para sair do pais possível. Passamos muito tempo no carro. 3 dias. Parando em qualquer restaurante, ficando em qualquer hotel ou dormindo no carro mesmo. Ja estava quebrado de tanto cansaço e a pequena chorava ainda a saudade da mãe. Quando menos pensei, quase que adotei ela. Passava a viagem inteira olhando para ela e os meninos, os animando com músicas infantis e os levando ao banheiro quando precisavam. Até mesmo ajudei Dani quando ele teve uma crise de rinite...

Foi uma viagem longa e quando menos esperamos estavamos em um novo lugar. Cazaquistão, bem na capital, Astana. A vista era linda e o verão quente. O povo animado e gentil.

Paramos em um hotel para arrumar nossas coisas. Stephan me deu uma identidade falsa para mim. Agora me chamaria Akyn. Enquanto ele se chamaria Mikail. Seriamos um casal de russos com seus 3 filhos procurando refúgio no Cazaquistão, assim, receberiamos apoio do governo para nos manter la. Ja os meninos, se chamariam, Aleksander e Aleksei e a pequena, Sofia. Os meninos pareceram gostar, pois riram muito quando passei as identidades para eles. Nosso sobrenome seria o mais comum possivel. Gavarionova.

Descemos do carro fizemos check-in no hotel. Sorte que tanto Stephan quanto a gerente do hotel falavam russo. Eu tinha alguma noção, mas não muita. Chegamos no quarto e não era muito grande, mas perfeito para dois adultos, duas crianças e um bebê.

Boto "Sofia" no bercinho do hotel e a cubro com sua cobertinha enquanto os meninos vão escolher quem fica onde no beliche. Me sento ao lado de Stephan na mesa da "sala" e beijo sua bochecha

-Não queria que isso acontecesse... -Sinto sua mão em minha barriga.

-Nem eu, lindo... Mas não temos culpa... Aquele homem é insano e não temos nada a fazer... Vamos agora tentar viver uma vida simples...

-Eu queria dar do melhor pra você e nossa filinha, amor...

-Não precisa! Ja temos você aqui. Estamos todos bem e vivos! Isso ja não é o suficiente!?

-Você tem razão... eu te amo, Loui...

-Eu também, Mikail... -Brinco de falar seu novo nome. Fico alí até dar a hora da reunião de trabalho de Stephan na sua própria rede de clínicas que o pai dele subestimou. Enquanto um Potterfield mata, outro salva vidas. Enquanto um não liga para a família, o outro se dedica integralmente. Isso que eu amo em Stephan. Sua capaciedade de ser o exato oposto do pai...

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