cap 11 - o futuro está a algumas batidas de coração do desastre

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título: Kissing in Cars - Pierce the Veil

Em certo ponto do capítulo, meu Spotify resolveu que seria de bom tom tocar Highschool Sweethearts, então tem um trecho inspirado em música da Mel sim. Descubram qual. Comprei agora um teclado pro meu tablet só para escrever melhor pra vocês! Estou escrevendo agora o capítulo 15 (aproveitando as férias lol)

/Brian/
Não sei o quanto o mundo mudou enquanto eu estava fora, mas Louisa só fala em uma coisa.

Chá revelação. Ela me mostrou 300.000 vídeos iguais de confetis rosa ou azul saindo de tubos brancos, ou bolos que se corta e tem a cor dentro, ou baldes de tinta despejados na cabeça dos pais ou fogos de artifício, até iluminação de pontes ou cachorros golden retriwer com o rabo pintado da cor. Já estava odiando a ideia.

1- não queria ter que ver toda a família novamente para eles ficarem me perguntando sobre os últimos 6 anos ou agindo como se eu precisasse de uma babá 24 horas por dia.

2- Não sabia se de fato queria saber o sexo dos meus filhos antes do nascimento. Não quero que isso impacte o que eu sinto por eles. Não quero assumir coisas deles antes de os conhecer.

3- Ela não para de me encher o saco. E agora ela fez a cabeça de quase todo mundo que isso pode ser legal. E óbvio que Miguel está mais animado do que qualquer um.

Hoje completamos um mês juntos e não teve um dia sequer em que ele não me ligou ou mandou mensagem, que ele não foi me ver e ver Vincent em algum lugar. Ele que passou o resultado do exame para Louisa que estava organizando tudo. Sem eu saber do resultado. Agora estava com ela a responsabilidade de me convencer que isso de fato era uma boa ideia.

Miguel é extremamente gentil e paciente comigo. Ele me segurou quando eu desmaiei tirando a imobilização do joelho. Confesso que só não foi maior do que a dor de parir Vincent.

Vincent agora fala algumas palavras. Resumindo: Mamãe, fofó, Tito ou Tita dependendo do humor dele, e bolo. Meu bebê estava viciado em bolo. E papai. Ele deu agora de chamar Miguel de papai. Como se explica pra uma criança de um ano e meio que o namorado da mãe há apenas um mês não tem como ser seu pai? O que me alivia é que ele esqueceu completamente de Catalina.

Pedi para remarcarem o julgamento para daqui há um ano. Talvez eu esteja pronto para depor lá, mas agora não estou. Todo dia é uma luta, mas sei que estou bem melhor do que cheguei.

-Aqui está... -Miguel se senta na minha frente trazendo nossos pedidos. Ele me passa meu suco de laranja e eu despejo metade dele no copinho de Vincy que já estava batendo na mesa de tanta irritação.

-Bolo! Bolo! -Ele repete gritando.

-Sh sh... Já vou pegar seu bolo, filho. Espera um segundo. -Falo tentando encontrar o pote dentro da mochila depois de quase ser estapeado por meu bebê, encontro o pote e começo a dar para ele os pedacinhos. Ele os pega na mão e começa a esfarelar antes de levar a boca.

Estamos em um café levemente movimentado próximo a universidade de belas artes. Hoje era dia de uma apresentação de um projeto de Miguel e resolvi acompanha-lo como bom namorado que sou.

Parte do meu acompanhamento consistia em aplaudi-lo de pé ou tentar silenciar os gritos de Vincent de "papai" toda vez que ele tentava falar alguma coisa. O projeto de Miguel estava agora em trâmite e bastava a gente esperar uma resposta.

-Já te disse que está lindo hoje? -Ele pergunta me observando. Imagino a cena ridícula que ele estava vendo, pois estava tentando prender os cabelos para que Vincent não me sujasse de bolo e suco de laranja. Nego com a cabeça rindo.

Vendido + PerdidoDär berättelser lever. Upptäck nu