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" Existem horas normais e horas inúteis, nas quais o tempo para e escorre e a vida — a vida real — parece distante."



Anastásia

Sem emprego, o que fazer agora? Tenho uma grande despesa, eu e minha familia sobrevivemos com o pouco que ganhava no meu emprego como garçonete na The Buttered Bun. Mamãe ajuda no que podia, mas nunca foi o suficiente e agora eu sem emprego vai piorar tudo. O que fazer agora ? Cansada caminho pelas ruas de stanford pensativa, desde que nasci moro aqui, papai morreu logo depois que completei 18 anos, ele era um homem bom de coração enorme que fazia de tudo pelo bem da família. Mamãe ficou terrivelmente mal com a partida dele e desde então eu fui a encarregada de por comida dentro de casa, mamãe não tinha condições de trabalhar naquela época. Confesso que meu primeiro emprego não foi tão legal assim, esse dia foi o pior da minha vida. Não suporto nem lembrar. Ao passar em frente a mansão dos Grey's esbarro em um senhor. Se não fosse por ele me segurar, cairia. Afobada me desculpo ele sorri e diz está tudo bem, apenas tenho que olhar por aonde ando. Ao chegar em casa, vejo vovó sentada assistindo TV e James sentado brincando com seus brinquedos. Ouço barulhos e as vozes de treena e mamãe vindo da cozinha. Me agacho perto de James o pegando no colo e ele rapidamente me abraça e esfregar seu nariz de encontro ao meu rindo, nossa nova mania que deixa Leila com ciúmes. De boba que ela é, isso é algo de tia e sobrinho. ... aposto que ele jamais trocaria ela por mim. Beijo James e o deixo de volta no seu lugar, ele sorri e Beijo vovó e caminho para cozinha,sento a mesa, Leila e mamãe me olham apreensivas, aos poucos puxo o envelope com meu salário.

-Sério isso ? -Indaga mamãe me olhando preocupada.

-Sim! Ele vai fechar e hoje foi meu último dia. Não sei o que farei agora.

-Sinto muito Ana . - Leila me olha triste.

-Tudo bem, eu vou dar um jeito.

-Vou tentar assumir outro turno na floricultura, acho que ajudará por um tempo até você achar outro emprego. -Assinto, mamãe beija minha cabeça e volta a cozinhar, ela está preocupada eu sinto. O emprego de Leila na floricultura só dar para ela suprir as necessidades de James, talvez o extra ajude enquanto eu tento encontrar algum serviço.

-Vou tomar um banho, quando o jantar for servido, me chamem.

Mamãe assente e subo. Depois de tomar um banho, coloco uma blusa e uma calça de moletom e deito na cama e fico olhando para o teto do meu quarto pensando no quão difícil ficou as coisas quando papai se foi, me sinto desprotegida. Apesar de ter mamãe, Leila, vovó e James. Mas elas buscam em mim a proteção e eu, agora não tenho em quem busca proteção. O que me faz ter por um momento crise de medo. Após um longo tempo no mundo da lua, Leila adentra o quarto, ela é sua mania de nunca bater na porta. O que há de errado com ela . Meu Deus! A olho e ela sorri meiga. Bato na cama ao meu lado e ela se deita lá.

-Tudo vai ficar bem Ana, só confia. Posso tentar falar com algumas das meninas da escola, elas são legais e podem arrumar algo. Os pais delas tem várias empresas. ..-Assinto sorrindo, e vamos jantar. O jantar foi calmo como sempre, só tirando o fato que James falava demais, na sua própria linguagem de bebê que não entendíamos bem. Confortei mamãe, disse para ela ter calma. As coisas iam se acertar, Bastava ela ter calma, eu faria de tudo mas jamais deixaria algo faltar em casa, agradecida ela me deu um beijo na testa. Subi para meu quarto e ao deitar meu pequeno e velho celular vibrou, peguei ele é ao ver o que era, revirei os olhos. A quase um mês que eu e Jack terminamos e ele ainda não aceitou a idéia. Ele chega a ser importuno mandando essas mensagens idiotas.
Nada fará eu mudar a minha decisão, já não dava mais certo, para que insistir, deixo o celular de lado é adormeço.





Christian

Aqui estou eu, parada olhando para nada como sempre faço desde esse maldito acidente, que me deixou aleijado, me deixou sem movimento da cintura para baixo, a sorte e que ao menos na parte de cima eu posso movimentar, não sou tão inútil assim, mamãe acha que não dou conta das coisas. De fazer as coisas simples. Até mesmo tomar banho já consigo só, mas minha mãe parece acha que não. Uma decisão seria que tomei foi mudar para uma das casas atrás da grande masão dos meus país, eu queria poder me vira já que eu estava nessa situação para sempre, nem tão para sempre assim. Mais por minha decisão eu jamais faria algo para mudar, para voltar andar. Eram poucas as chances que eu tinha, mais eu não queria ter outra decepção por não conseguir, então não. Por um longo tempo me amaldiçoei por ter sido tão irresponsável daquele jeito, não prestar atenção no momento em que fui atravessar a rua, por um pequeno descuido eu acabei aqui, paraplégico, sem a minha noiva que descobri que tinha um caso com meu Amigo. Sem poder fazer o que sempre tive vontade, sem poder viver as aventuras no mundo a fora, sem poder exercer meu papel de CEO na minha empresa. Que agora era administrado por meu cunhado. Quando acordei naquele dia no hospital eu jamais esperaria ouvir que eu tinha ficado paraplégico, foi terrível para mim. perdi os movimentos e a sensibilidade dos membros inferiores, no começo não quis aceitar, mas com o tempo aceitei que estava condenado a isso, foi que resolvi desistir de tudo e de todos, me excluir de tudo,me trancando nesse quarto, os únicos que ainda aparece por aqui são Nathan, minha irmã e meus pais, mamãe dias atrás veio com um assunto estranho, de contratar uma cuidador . Aí eu pergunto pra que? Eu não quero um ou uma babá. .. Eu não preciso de ninguém, Nathan ou até ela mesma me ajudam quando eu realmente preciso.

No fundo acho que ela quer me dar uma companhia, já que me isolo aqui nessa casa. Eu protestei o quanto pude , mas de nada adiantou, segunda começa as intrevistas,eu não quero nem ver no que vai dar, mas de uma coisa tenho certeza, fácilitarei em nada para a pessoa que vier. Disso pode ter certeza.

......

#OBS: Paraplégico é o estado físico em que há lesão da medula espinhal em nível sacral, lombar ou torácico, ocasionando perda de sensibilidade e de movimentos em caso de lesão completa e redução de sensibilidade e de movimentos em caso de lesão incompleta, sempre concentrando as consequências da lesão do seu nível para baixo.

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Para Christian Where stories live. Discover now