Como fazer um loiro explosivo se declarar

Capítulo 15

Depois de chorar por um bom tenpo, meu Katsuki acabou por dormir no meu ombro. Como seria desconfortável ficar assim, eu o deitei na cama e o cobri. Senão fizesse isso, tenho certeza que ele ficaria a noite toda dormindo no meu ombro.

(...)

No outro dia, ele estava com um olhar mais imbatível quando acordamos. Ele é a pessoa com o olhar mais bipolar que eu conheço, numa hora ta todo envergonhadinho e na outra ta todo destemido. Pelo seu olhar já dava pra saber que ele estava determinado a xingar qualquer um que invente de se meter na vida dele.

Nós fizemos nossas higienes pessoais e fomos pra sala de jantar. Novamente todos estavam reunidos. Nos sentamos e começamos a nos servir. Em poucos minutos alguns a mesa, cochichos começaram a cruzar de um lado para o outro.

- Só uma coisinha... - Meu loiro se levantou com um sorriso fraco no rosto. - Vai todo mundo se foder. Aprendam a cuidar do caralho da vida de vocês. - Ele falou mostrando o dedo do meio pra todo mundo e se sentou serenamente.

Alguns ficaram com umas caras de desprezo, já outros pareceram gostar da atitude. Um dos que pareceu gostar da atitude foi o Masaru-sama, vulgo meu sogrão. A senhora Mitsuki só ficou com uma cara que falava: "Esse garoto não deveria ter puxado tanto a mim".

Depois do café, a mãe do meu loiro veio até a gente.

- Pirralho, tua vó quer te ver e quer que o Kirishima vá junto. - Ela falou, fazendo com que nós dois levantassemos ao mesmo tempo.

Pelo que fiquei sabendo, essa é a avó materna do meu Katsuki. É possível que ela seja loira já que todos os parentes maternos dele tem o cabelo dessa cor. O fato de estarmos indo ver ela me deixou um pouco tenso. Fiquei com um certo medo de ela nos julgar. Meu medo era que meu loiro ficasse com raiva caso ela também julgasse e acabasse por explodir a cara dela, dai eu acabaria virando cumplice de um crime contra idosinhas. Por um segundo eu pensei em fugir do perigo, mas achei melhor ignorar minha cabeça.

Eu estava tão pilhado que nem percebi que havíamos chegado em um grande quarto onde estava ela sentada em uma cadeira. Ela estava voltada de frente para um jardim, então não pude ver seu rosto a principio.

- Vem meu neto... Venham você e o garoto que está com você. Eu quero conversar com alguém jovem. - Ela falou em um tom de voz calmo e docíl.

- Ok, batchan. - Ele falou educado, pegando minha mão e me arrastando até ela.

Era a primeira vez que eu tinha visto meu loiro falar algo tão educado, então acabei me admirando.

{Nota: Batchan significa avó.}

- Me apresente seu namorado, Katsuki. - Ela pediu com um gentil sorriso no rosto, demonstrando não ter a mesma áurea explosiva do resto da família.

- Ok... - Ele falou meio envergonhado por sua avó ter sido um pouco direta. - Ele se chama Kirishima Ejirou.

- Oh... É um prazer conhecer você, Kirishima-kun. - Ela falou esticando a mão para me cumprimentar.

- Também é um prazer conhecer a senhora. - Falei a cumprimentando.

- Meu nome é Bakugou Asami, caso esteja se perguntando. - Ela falou parecendo ler meus pensamentos. - Sentem-se ali, por favor. - Falou apontando para duas almofadas que estavam sobre o tatame.

Seguimos o seu pedido e nos sentamos. De certa forma eu estava bem feliz em ver que a Asami-sama era uma boa senhora.

- Katsuki, eu estou muito feliz que você veio me ver e trouxe seu namorado. Estou feliz que ele seja um bom rapaz, assim você não está sozinho ou sendo ilusionado por alguém que só pensa em se divertir com seus sentimentos. - Ela falou com um sorriso sincero no rosto, em seguida voltando o olhar a mim. - Gostei muito de você, Kirishima-kun. Você parece ser o ideal para o meu neto querido.