Capítulo 40

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O silêncio permaneceu até minha mãe ser a primeira a quebrar.

- Você não gosta de ser chamado de coelhinho? - Ela perguntou.

- N-Não é isso... - Meu loiro respondeu parecendo que iria explodir de tão vermelho.

- Então qual é o problema, Katsu-baby? - Ela perguntou começando a parecer uma investigadora ou algo do tipo.

- É que... - Ele começou a falar, deixando claro que não conseguiria realmente falar alguma coisa.

- Na... Na verdade é como se fosse um apelido íntimo que nós temos... - Falei tentando acabar com aquela situação o mais rápido possível.

- Mesmo?! Que fofos! - Minha mãe falou explodindo novamente como fogos de artificio.

Algo me diz que qualquer dia desses o governo do Japão vai chamar ela pra inciar as comemorações do próximo festival de Hanabi.

{Autora: Só pra contextualizar, esse festival é aquele típico festival de verão que aparece frequentemente em animes de romance. Pelo que sei, ele inicialmente foi uma homenagem aos mortos pela miséria de uma determinada época do Japão antigo.}

- Aliás, eu contei a vocês? - Minha mãe perguntou alternando o olhar entre eu e meu loiro.

- Contou o que? - Perguntei em resposta.

- Eu e seu pai iremos passar os próximos três dias de turistas em uma província do interior daqui do Japão. - Ela contou se jogando sobre meu pai, que calmamente bebia o próprio chá.

- Mas vocês não conhecem o Japão inteiro de ponta a ponta? - Perguntei um pouco incrédulo.

- Conhecer conhecemos. Mas faz bastante tempo desde a ultima vez que exploramos. - Ela respondeu.

- Nós gostaríamos de explorar coisas como novas fontes termais e etc, meu filho. - Meu pai respondeu com um leve sorriso no rosto.

- Aliás, o que acham de falarmos sobre a primeira vez que o Eji-baby quis usar uma faca? - Minha mãe perguntou quebrando por completo o assunto de antes. - Ele tinha cerca de 5/6 aninhos. Eu lembro que ele pediu uma faca, como eu não sabia o que ele iria fazer, entreguei a ele uma sem ponta e... - Ela foi falando, mas claramente desligou no meu da frase.

- Querida, não imagine, fale, é melhor pra explicar do que tentar explicar na propria imaginação. - Meu pai falou, sabendo experientemente como resolver o problema.

- Ah claro...  Ele pegou a faca e cortou um pãozinho em formato de coração, foi a coisa mais linda que eu vi. - Ela falou animada.

Assim que ela falou isso, meu loiro me olhou de canto de olho e sorriu discreto. Possivelmente ele fez isso por perceber que a goiabada que eu sempre corto em formato de coração se originou nisso.

Em seguida meus pais continuaram a contar mais e mais histórias, me lembrando de trechos aleatórios e um pouco estranhos da minha vida. Eles fizeram isso por horas até minha mãe cair com o rosto sobre a mesa e dormir do nada. Foi nessa hora que organizamos tudo subimos pro quarto.

Quando já havíamos nos deitado, lembrei de ter ouvido meu celular vibrar mais cedo, então o peguei pra ver o que era. Mais ou menos era uma mensagem da escola avisando que o professor da nossa turma, o Aizawa não iria poder dar aula segunda e terça, então as aulas seriam suspensas. Em outras palavras, eu e meu loiro vamos ficar sozinhos dois dias completos em casa, o que é perfeito pra termos momentos únicos.

Como possívelmente os próximos dias vão ser incríveis, me acomodei com meu loiro e em seguida dormi.

(...)

Como fazer um loiro explosivo se declararWhere stories live. Discover now