Capítulo 34

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Depois de ficarmos mais um tempinho naquele abraço, meu loiro começou a reclamar de sono, então fomos pro nosso quarto e pouco tempo depois acabamos por cair no sono. Como hoje é domingo, aproveitamos pra dormir até umas dez horas, que foi quando um barulho da cozinha me acordou. Por um segundo eu cheguei a me questionar como que aquele barulho aconteceu sendo que meu loiro estava dormindo ao meu lado e tecnicamente ninguém mais vive na casa, mas então lembrei que meus pais estavam novamente por perto. Como meu loiro havia dormido em cima de mim, eu não pude me levantar e ver o que estava acontecendo na cozinha, então só fingi que nada estava acontecendo e me dediquei a assistir meu loiro pelos poucos minutos que restavam antes de ele acordar e possivelmente explodir minha cara.

Não demorou muito para que meu loiro começasse a acordar e junto, começasse a explodir meu rosto, só que de um jeito que eu sempre sei que é carinhoso (até porque se não fosse carinhoso eu já estaria mort-

- Ei, por que não me acordou de novo? - Meu Katsuki perguntou interrompendo meus pensamentos.

- O dia que eu descobrir como acordar um anjo adormecido, eu te acordo. - Falei pegando uma de suas mãos e a dando um beijo.

- Ta em cosplay de mordomo leal a algum nobre? - Perguntou enquanto ria.

- Isso era uma especie de bom dia, mas também posso ser seu mordomo, Katsuki-sama... - Falei sorrindo para ele da forma mais elegante que podia.

- M-Melhor não... - Falou ficando com o rosto corado, me fazendo rir.

Esse estaria sendo o dia perfeito de um comum casal, se não fosse meus pais estarem destruindo a cozinha. Embora meus pais sejam muito talentosos em tudo que fazem, eles são completamente desastrados e unidos conseguem ser ainda mais.

- Deveria ir ajudar eles, Ejirou. - Meu loiro falou enquanto bagunçava o próprio cabelo.

- Eles são adultos, devem saber se virar... - Falei mentalmente ignorando o talento deles pra serem desastrados.

- Acho que eles precisam de ajuda. - Falou me olhando com seriedade.

- Mas é que- Tentei argumentar, mas fui interrompido por mais um barulho alto vindo da cozinha.

- Se tu não for ajudar eles, eu juro que fico de greve até o final do ano. - Falou saindo de cima de mim e deitando na cama de costas para mim.

Nessas circunstâncias eu não tive outra opção, tive que me levantar da cama e descer pra ver o que estava acontecendo. Quando eu cheguei a cozinha, parecia que havia acontecido uma guerra ou algo do tipo, a pia e o fogão estavam cobertos de ingredientes. Meus pais as vezes parecem crianças no quesito de serem mais desastrosos que o próprio desastre.

- Bom dia, meu filho. - Meu pai falou enquanto arrumava um pouco de toda a bagunça que estava ali.

- Eji-baby! Pode nos ajudar a fazer o café da manhã? - Minha mãe perguntou se jogando em cima de mim como uma criança grande.

- O que aconteceu aqui? - Perguntei tentando entender um pouco daquela bagunça toda.

- Sua mãe e eu tentamos preparar o café da manhã para todos nós, só que acabou não dando muito certo... - Meu pai explicou rindo fraco.

- As vezes eu agradeço aos deuses por eu não ter nascido tão desastrado como vocês. - Falei os fazendo rir.

- Você nasceu tão perfeito... - Minha mãe comentou parecendo entrar num próprio mundo de lembranças.

Como ela faz isso a todo momento, só fui até um armário e peguei o que iria precisar pra arrumar toda aquela bagunça. Por sorte nada estava quebrado e todos os ingredientes que "temperavam" os eletrodomésticos estavam só por cima, nenhum havia grudado a nível de precisar de esforço pra limpar. Quando eu terminei de arrumar, tudo ficou brilhante como estava antes, então comecei a preparar alguns sanduíches pro café da manhã.

- Bom dia... - Meu loiro falou com um tom de voz levemente preguiçoso enquanto chegava na cozinha.

- Bom dia, Katsu-baby! - Minha mãe falou voando pra cima do Katsuki, o abraçando animada como sempre.

- Amor, nós estamos no japão, não se esqueça. - Meu pai falou enquanto preparava algumas panquecas.

{Autora: No japão é um pouco incomum o contato físico. Japoneses são muito reservados e contatos como beijos e abraços ficam restritos a pessoas realmente íntimas, mas ainda assim é raro de se ver. É fácil ver que um japonês se sente um tanto desconfortável ao ser tocado, por isso o recomendado a turistas é sempre evitar tal contato.}

- Desculpa, Katsu-baby. Como vivemos fora do país por muito tempo, desacostumamos um pouco com os costumes daqui. - Minha mãe falou se afastando automaticamente.

- Está tudo bem, não precisa se preocupar com isso. - Meu Katsuki falou parecendo um perfeito anjo.

- Você é tão gentil... - Minha mãe falou possivelmente enxergando nele a mesma áurea angelical que eu enxergo.

- Nosso filho com certeza soube se apaixonar pelo rapaz certo. - Meu pai comentou enquanto levava algumas coisas para mesa.

- Disso eu não tenho dúvida, meu bem. - Minha mãe falou empolgada indo em direção ao meu pai para ajuda-lo.

Assim que terminei de preparar os sanduíches que preparava, os levei pra mesa. Se o café fosse um pouco maior com certeza daria pra chamar de banquete da manhã. Pra tudo ficar aos gostos do meu loiro, levei pra mesa a pimenta favorita dele e mais alguns pequenos detalhes que eu sei que ele gosta. Por fim sentamos nós 4 a mesa e começamos a comer o café da manhã como uma família feliz ou algo do tipo.

Assim que eu mordi meu sanduíche achando que o café da manhã seria normal, vi de canto minha mãe abrir o seu sorriso mais assustador de todos, o que ela faz quando ela está querendo saber algo, ou seja, curiosa.

- Então, Katsu-baby... Como meu filho é na cama? - Ela perguntou completamente despreocupada como se fosse uma pergunta comum.

Eu até interromperia antes que meu loiro tivesse que responder, mas acabei ficando curioso sobre isso também.

- É... O-O Ejirou... - Meu loiro começo a falar com o rosto ficando claramente vermelho. - E-Ele é bom... muito bom... - Falou encerrando a frase quase em um sussurro.

- Kya! Nós temos o genro mais fofo do japão inteiro! - Minha mãe falou animada feito uma fangirl.

Enquanto ela tinha seu pequeno surtinho de felicidade, eu somente levei uma de minhas mãos ao cabelo do meu loiro e fiz um leve carinho, o vendo esconder o rosto na mesa.

Continua...

Como fazer um loiro explosivo se declararWhere stories live. Discover now