Capítulo 54

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Assim que minha mãe lotou o cabelo de meu pai de presilhas e mini trancinhas, eu fui puxado para seu salão de beleza improvisado. Como meu cabelo é um pouco mais longo ela demorou um pouco mais, mas fez algumas tranças distribuídas pelo meu cabelo, e depois fez duas maiores e puxou para trás e prendeu. Nessa hora eu não soube se eu me sentia uma princesa medieval ou um viking.

- Prontinho, agora meus amores estão lindos! - Ela falou sorridente.

- Mas faltou arrumar os seus cabelos, querida. - Meu pai falou.

- Faltou porque eu não consigo fazer em mim mesma. - Ela falou passando as mãos pelos próprios cabelos, que eram até a altura dos ombros, mais ou menos.

- Eu posso arrumar o cabelo da senhora se quiser. - Meu loiro falou.

- Mesmo? - Ela questionou animada.

- Sim. - Ele respondeu e se aproximou dela, começando mexer em seus cabelos.

Quando eu penso que meu loiro é talentoso o suficiente e perfeito demais, ele vem se prova ser ainda mais que isso.

- Que mãozinhas atenciosas. Onde aprendeu a arrumar cabelos, Katsu-baby? - Minha mãe perguntou.

- Quando eu era mais novo meu pai costumava assistir programas de salão de beleza, ele queria aprender para poder arrumar os cabelos de minha mãe. - Ele explicou enquanto arrumava o cabelo dela lentamente.

- Uau! Meu genro é um rapazote ainda mais perfeito do que imaginava! - Ela falou sorridente.

- Não sabia que Masaru-sama era tão atencioso. - Comentei, surpreso.

- Meu pai sempre desejou fazer de tudo pela minha mãe, ele gosta de cuidar dela. Eu acho que ela gosta disso, só não demonstra. - Meu loiro falou, me fazendo perceber de onde ele aprendeu a ser tão cuidadoso e amoroso, só que do jeitinho dele de ser.

Depois de um tempo, ele finalmente terminou o cabelo dela, que ficou parecendo o penteado de uma verdadeira rainha.

- Ficou tão lindo!!! - Ela saiu saltitando pela casa, animada pelo penteado, também de certa forma tomando cuidado pra não desmanchar o mesmo enquanto rodopiava pelos cômodos como um pequeno carrossel.

- Pensaram sobre os seus trajes para a festa de bodas? - Meu pai perguntou, se acomodando sobre o tapete da sala, servindo mais chá (sequer sei de onde ele tirou outro bule).

- Vai vestir roupas formais, meu loiro? - Perguntei voltando meu olhar a ele.

- Se é a proposta da festa, irei vestir. - Ele comentou enquanto recebia uma xícara de chá de meu pai.

- Sei de uma loja que vende boas roupas, recomendo comprarem lá. - Meu pai comentou, também me entregando uma xícara de chá.

- Meus amores estão falando sobre roupas sem mim? - Minha mãe veio com uma roupa diferente da que usava antes, sendo agora um vestido rodado.

Sinceramente não sei como ela trocou de roupas tão rápido, mas vindo da minha mãe, acredito que mais nada me surpreenda.

- Perdão, querida. Eu estava sugerindo para eles uma boa loja para comprarem seus ternos para nossa festa de bodas. - Meu pai comentou

- Já decidiram cores? Nessa festa os convidados vão poder vestir a cor que preferirem, já fizemos todas as cores tematicas que desejavamos antes. - Minha mãe comentou e se jogou sobre o colo de meu pai. - Eu acho que vermelho combina muitíssimo com vocês.

- Concordo, a paleta de cores quentes é perfeita pra vocês. - Meu pai falou com um sorriso.

Nesse momento voltei meu olhar ao rosto do meu loiro, afinal, ele era a melhor pessoa pra escolher sobre, já que eu sou um semi-pavor pra escolha de cores e roupas no geral.

- Eu gosto de vermelho... - Meu loiro comentou e voltou o olhar a mim, corando de leve.

- Kya! Que amor, Katsu-baby! - Minha mãe falou como uma típica fangirl.

Nesse momento meu loiro corou. Ele estava tão fofinho tendo essa reação que me obriguei a dar um beijinho em sua bochecha. Sei que ele não gosta muito de demonstrações de afeto quando tem outras pessoas por perto, mas é inevitável em uma situação dessa.

- Idiota... - Ele falou e ficou com as bochechas ainda mais vermelhinhas.

- Vocês formam um casal tão lindo, me orgulha ver vocês assim. - Meu pai falou contente.

Nesse instante começou um assunto infinito sobre amor, festa de bodas e chá de cogumelo, a parte do chá eu explico. Meus pais já viveram em algo semelhante a acampamento, só que sem a parte do acampamento, eles viveram alguns meses em uma floresta nos tempos de namorados. De acordo com que contam, levaram nada além de uma faca e comida pro primeiro dia. Com o tempo eles encontraram um cogumelo específico que fazia eles se sentiram "bem". Só que depois de uns dias eles descobriram que esse bem que eles sentiam, eram os efeitos alucinógenos do cogumelo. Diferente do ideal (que é parar de ingerir em casos assim) eles passaram a consumir mais e mais. Não sei o proposito de contarem essa história, mas sei que gostei das reações de meu amado com tudo aquilo.

- Já pensaram sobre a ideia de irem acampar como nós, meus bebês? - Minha mãe perguntou com um sorriso angelical.

- Acho que não, mãe. Isso é uma ideia um pouco maluca, sem querer ofender. - Falei vendo minha mãe fazer biquinho.

- Mas por que, meu bebê? - Ela perguntou se apoiando na mesinha de centro (quase deitando na verdade).

- É perigoso... - Argumentei e por sorte meu pai cutucou o ombro de minha mãe.

- Querida, os tempos são outros, não podemos pôr em risco a vida de nosso único filho. - Ele falou e massageou os ombros dela.

- Você está certo... Mas ele não sabe o que está perdendo. É o paraíso para um jovem ficar sozinho, ainda mais se for com seu namorado... - Ela falou de forma sugestiva, com um sorrisinho no rosto. - Enfim, amanhã vamos as compras assim que vocês do chegarem da escola! - Ela determinou.

- De fato, estamos atrasados para organizar tudo... - Meu pai falou um pouco nervoso.

Mais ou menos há o tempo de dois meses até a data em que eles completam bodas. Até que minha mãe decidiu algo cedo esse ano, geralmente ela decide as coisas com dois dias de antecedência e meu pai quase morre de ansiedade. Acho que dessa vez ela "planejou" com antecedência por querer se casar novamente. Só sei que se amanhã vai ser dia de compras, vai ser um dia bagunçado, mas divertido.

Continua...

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⏰ Última atualização: Aug 01, 2023 ⏰

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