Capítulo 38

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Assim que a banheira encheu, me acomodei junto a ele dentro da mesma, relaxando um pouco o corpo antes de nos lavar.

- Eu juro que te mato se eles escutaram alguma coisa do que aconteceu aqui. - Meu loiro falou com as costas apoiadas em meu peito.

- É muito difícil que eles tenham ouvido, a casa foi construída com uma especie de isolamento acústico, o que impede de boa parte do som se espalhar ou ecoar. - Falei fazendo um leve carinho em seu cabelo.

- Tem certeza? - Ele perguntou.

- Absoluta. - Respondi e ele pareceu ficar um pouco mais relaxado. - Estava preocupado com isso, meu loiro? - Perguntei.

- Estava... - Ele respondeu depois de hesitar um pouco.

- Por que? - Perguntei curioso.

- Por... Porque eu não quero que tu passe vergonha com teus pais por conta disso. - Ele falou com um baixo tom de voz, quase como se fosse um sigilo.

- Tu se preocupou com algo como isso? - Perguntei.

- Por que está tão surpreso? - Ele perguntou enquanto inflava de leve as bochechas e fazia seu tipico biquinho.

- É um pouco raro te ver demonstrando preocupação, por isso eu to surpreso, meu loiro. - Falei e voltei a fazer carinho em seu cabelo.

- Idiota... Não é tão raro assim... - Ele falou fazendo novamente biquinho, o que me fez rir.

(...)

Depois do banho, nós nos vestimos e descemos. Por incrível que pareça, meus pais conseguiram de alguma forma arrumar a caótica bagunça de sacolas que antes cobriam metade da casa.

Assim que meus pais nos viram, voaram em nossa direção feito barata.

- Eji-baby! O que acha de fazermos uma noite do chá pra relembrar os velhos tempos? - Minha mãe perguntou enquanto pulava igual um coelho em meu redor.

- Aika, meu amor, você vai acabar cain- Meu pai começou a falar e antes mesmo que ele terminasse, minha mãe escorregou e caiu como um bloco de manteiga.

- A culpa é do chão, ele que me derrubou. - Minha mãe falou e se levantou em um pulo.

- O que é uma noite de chá? - Meu loiro perguntou simplesmente ignorando o caos que recém havia acontecido.

- Bem, quando o Ejirou era criança, costumavamos fazer noites de chá pra ler ou pra dividir histórias que conheciamos ou vivemos. - Meu pai explicou calmamente enquanto minha mãe saltitava de um lado para o outro.

- Nós podemos fazer uma noite especial só pra falar das coisas que o nosso Eji-baby fazia quando era criança. - Minha mãe sugeriu parando de pular e tomando um porte um pouco mais sério.

- Me parece algo bom, estão pensando em fazer hoje? - Meu loiro perguntou.

- Exatamente, meu lindo genro. - Minha mãe respondeu completamente animada. - Tenho certeza que você irá amar.

- Vocês dois podem ir comprar ervas frescas pro chá? - Meu pai perguntou.

- Quer ir, meu loiro? - Perguntei.

- Por mim tudo bem. - Ele respondeu me fazendo sorrir pelo tom de sua voz.

É meio que encantador o jeitinho que a voz dele fica quando meus pais estão por perto, é como se fosse um jeitinho mais comportado, é fofo.

- Por favor não demorem muito, gosto de preparar tudo a tem- Meu pai tentou falou, mas foi interrompido por minha mãe.

- Podem demorar o quanto quiserem rapazinhos. - Ela falou e piscou pra gente.

Como fazer um loiro explosivo se declararWhere stories live. Discover now