Capítulo 32

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Me acomodei na mala e fiquei assistindo a conversa deles, que aparentemente iria até tarde.


- Então, meu belo genro, nos conte sobre como conheceu nosso docinho. - Minha mãe perguntou cruzando as pernas.


- Nos conhecemos na escola, por coincidência caímos na mesma turma e lá nos conhecemos. - Katsuki respondeu em um calmo tom, que por mais que distante de sua personalidade, combinou com ele.


- Romance escolar é tão lindo... - Meu pai falou parecendo encantado pela escola.


- E o pedido? Como foi o pedido de namoro? - Minha mãe falou com a curiosidade sendo maior que ela.


- Oficialmente não houve um pedido, começamos a namorar de forma tão espontânea que não acontec- Meu loiro foi explicando, mas foi interrompido.


Minha mãe havia pulado o sofá, vindo até minha direção e começado a me encher de tapinhas fracos.


- Onde está o romantismo que eu te ensinei desde jovem Kirishima Ejirou?! - Ela perguntou me dando mais e mais tapinhas.


Meus pais nunca me bateram de verdade, só deram falsos tapinhas como esses de agora, é assim que eles repreendem meus erros. O que é algo normal pra muitos, eles veem como defeito em mim.


- Amor, não faça assim, vai dar uma má visão ao nosso genro. - Meu pai falou tocando no ombro de minha mãe, também milagrosamente fazendo ela parar.


- Oh... Peço perdão, Katsu-baby. Não estou acostumada a essas atrocidades que meu filho faz. - Ela foi falando enquanto voltava pro sofá.


- Atro..cidades? - Meu loirinho perguntou parecendo em duvida.


- Sim. Sabe, eu ensinei a ele tudo que pude sobre amor, romantismo, carinho, como tratar a pessoa que ama e etc, só que ele parece não ter ouvido quando ensinei. - Ela falou tirando da bolsa um pequeno caderninho.


Pra não ter que assistir ela novamente falar de todos os princípios de romantismo que ela aprendeu quando jovem e começou a repassar, me levantei e peguei a mala em que estava sentado em mãos, começando a subir as escadas. No caminho, fiz algumas pausas para pensar sobre a falta do pedido de namoro, então mentalmente comecei a pensar em como seria.


{Autora: Sei que vocês possivelmente estão curiosxs sobre, mas não posso contar nada. Sigilo nível SS.}


Depois de largar a mala em um dos quartos e descer os primeiros degraus, vi meus pais fazendo meu loiro rir. Ele parecia um lindo anjo enquanto ria. É muito difícil meu loiro rir pra alguém que recém conheceu, então acho que vou considerar meus pais talentosos. Terminei de descer quando vi que não iria atrapalhar e me sentei na sala junto à eles.


- Os senhores trabalham com o que? - Meu loiro perguntou parecendo curioso por seu olhar.


- Tudo. - Minha mãe respondeu sorrindo.


- Tudo? - Katsuki perguntou sem entender nada.


- Pode se dizer que sim. Estamos sempre experimentando empregos novos para descobrir novas experiências. - Meu pai explicou sendo tipicamente mais calmo e contido que minha mãe.


- Eles já trabalharam com tudo que se pode imaginar, inclusive já foram heróis profissionais. - Falei de certa forma orgulhoso por ser filho deles.


- Mesmo? Como é trabalhar como profissionais? - Meu loiro começou a fazer perguntas, parecendo ainda mais curioso.


- É parecido com a sensação de ser policial, mas é mais emocionante. - Meu pai falou se levantando e começando praticamente uma palestra.


Aproveitei que eles estavam entretidos no assunto e fui pra cozinha tentar respirar um pouco. Eu amo muito meus pais, mas o fato deles serem extremamente amorosos e obsessivos com amor é algo digamos que sufocante, mas eu sei que eles não fazem por mal. Eles pareceram estar fazendo bem pro meu loiro, então to até que gostando desse grude natural deles.

Para não parecer que eu simplesmente fugi deles (o que na verdade foi o que eu fiz), comecei a fazer chá pra todos tomarmos enquanto o infinito assunto acontecia na sala.


- Eles são legais. - Meu loiro falou entrando na cozinha.


- É, até que eles voltaram mais legais dessa vez. - Falei o bule onde o chá seria preparado.


- "Voltaram mais legais"? Como assim? - Ele perguntou se apoiando no balcão.


- Antes eles eram um pouco exigentes demais comigo por eu ainda não ter achado o amor da minha vida. - Falei o olhando nos olhos.


- Então eles estão mais "legais" por minha causa? - Perguntou se virando e pegando o pote de chá dentro do armário.


- Esse é só mais um dos inúmeros e inúmeros benefícios que te ter por perto trás a alguém. - Falei me aproximando dele.


- E que inúmeros benefícios são esses? - Perguntou se voltando a mim e me entregando o pote de chá que estava em mãos.


- Vamos ver... Amor, felicidade 24/7, mimo, vida saudável... - Comecei a citar exemplos enquanto me aproximava mais um pouco dele. - Tua beleza, teu rosto, tua linda voz...


- Mas isso não são benefícios... - Falou começando a corar enquanto desviava o olhar.


- Verdade, isso são qualidades... - Falei passando minha mão por seu rosto. - São qualidades que formam uma bela obra de arte, a qual é um benefício muito grande ver todos os dias.


Quando terminei de falar, dei um beijo carinhoso nele e pude sentir seu rosto aos poucos começar a ferver.


- Bobo... - Ele falou alguns tapinhas fracos em meu peito.


- É, eu sou um bobo que fica ainda mais bobo por ti. - Falei soltando uma risada, o vendo também rir.


Em seguida disso ele foi pra sala falando que era melhor ir logo pra não ser assistido pelos meus pais, então continuei a fazer o chá, logo depois também indo pra sala.




Continua...

Como fazer um loiro explosivo se declararWhere stories live. Discover now