Capítulo 19

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Dulce María

Me virei lentamente e lá estava ele, com seu terno preto social, cabelos loiros, mistério, luxúria, tudo estava pairado sobre ele. Estava de calça social preta e os sapatos da mesma cor, meu corpo tremeu inteiro ao vê-lo ali, parado feito uma estátua.

- Depois de tantos anos e aqui está você, uma mulher feita. - asqueroso nojento, ele me olhava como se eu fosse uma presa fácil, na verdade eu era naquele momento. - está vendo essa chave? Ninguém vai nos interromper!

Não, não, não.

- E-eu vou gritar...- minha voz saiu cortada.

- Sabe Dulce, eu me lembro de cada detalhe da nossa noite aquele dia. - ele começou a passear por todo escritório, ele estava calmo. - seus gemidos tão satisfatórios para os meus ouvidos.

Chorei ainda mais, isso não poderia estar acontecendo comigo, de novo não meu Deus.

- A-abre a porta, eu quero s-sair.

- Mas já? Não conversamos ainda. - ele me encarou com seus olhos agora frios.

Em passos lentos ele se aproximava de mim, como um lobo pronto para dar o bote, comecei a recuar para trás até sentir o parapeito atrás de mim.

- Você está tão linda nesse vestido, ficaria muito mais se estivesse nua, como aquela vez, não concorda?

Ao meu lado havia um jarro de flores, sem pensar muito arremessei contra ele e passei para dentro novamente. Ele sorriu macabro como se estivesse gostando daquilo, ao contrário de mim, que estava em pânico total.

- Não é tão certeira assim. - ele voltou-se para mim novamente.

- E- eu vou gritar se você não abrir essa porta, seu porco nojento. - comecei a ficar estérica.

Ele avançou em minha direção e tentei escapar dele, seus braços rodearam o meu corpo e me jogou contra parede com tremenda violência prendendo meu corpo contra o seu. Agarrou meus pulsos e os colocou acima da cabeça, com a outra mão apertou minha mandíbula com tanta força que pensei que iria quebrar a qualquer momento, eu estava sem saída, sem qualquer chance de escapar das mãos desse homem.

- Eu estou com tanta vontade de foder com você agora sabia? - ele soltou minha mandíbula e passou a mão livre em minha perna.

- Me solta, eu imploro por favor! Eu estou grávida, não faça isso. - implorei em um choro doloroso, minhas costas, meus pulsos estavam doendo bastante.

Ele lambeu meu pescoço me causando dor, era inútil minhas tentativas de tentar escapar, ele levantou meu vestido passeando com suas mãos nojentas em minha perna. Sem pensar dei-lhe uma joelhada certeira, seu protesto de dor foi o suficiente para empurra-lo para longe de mim.

- Sua desgraça maldita!

- Eu te odeio com todas as minhas forças seu nojento, você me dá nojo William, nojo! - não conseguia sessar o meu choro.

Tentei ir até a porta mas uma vez, quando minha cabeça tombou para trás com violência e fui arrastada e arremessada contra a mesa do escritório, uma dor surreal surgiu no pé da minha barriga, meu bebê, meu filho. Ele colocou minhas mãos para trás e ficou atrás do meu corpo que estava curvado sobre a mesa, enrolou meus cabelos em suas mãos e puxou para trás.

- P-por favor me desculpa...- gaguejei.

- Da próxima vez que você me bater, você não vai ficar viva para contar história. - ele enfiou a mão dentro da minha calcinha e fez movimentos circulares com os dedo em meu clitóris. - será se ainda continua apertadinha?

Sombras Do Passado - Livro 1 (FINALIZADO)Where stories live. Discover now