Capítulo 38

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Autora narrando.

Dulce encarava seu estuprador com medo e pânico, a ruiva olhava ao redor na tentativa de finalmente escapar de todo aquele tormento que em vida estava a sofrer, mas somente o olhar frio e sem vida de William foi o suficiente para calá-la mais uma vez.

- Eu sinto muito Dul. - ele disse dando um beijo em sua testa. - ela era uma moça tão jovem e teve a vida tirada dessa forma.

- Pois é. - Maite se intrometeu na conversa. - vamos Dulce.

- Se você quiser, posso dar uma carona pra vocês até em casa. - ele se ofereceu como um cavalheiro.

Maite o encarou por alguns minutos, a morena sabia que a amiga não gostava dele de forma alguma, mas ela iria esculhambar ela em outro momento por conta desse "beijo".

- Bom, só irei aceitar pelo fato dela estar nesse estado por conta dessa fatalidade, mas você não me engana cara.

Dulce viu nitidamente William apertar os punhos disfarçadamente, a morena tirou a amiga dos braços dele e o mesmo foi na frente conduzindo elas até o seu carro, o mesmo carro que tantas vezes foi o cúmplice das atrocidades cometidas com ela. Se ele pudesse falar alguma coisa, sem sombras de dúvidas William já estava mofando em um presídio.

Em um ato de cavalheirismo, ele abriu a porta traseira para as mesmas entrarem e deu a volta.

- Calma Dul! - a morena disse tentando confortar a amiga. - eu tenho certeza que vão achar quem fez isso.

- Sabe, eu acho tão difícil nesse mundo cheio de corrupção. - William disse e deu partida com o carro.

Durante o percurso só se podia ouvir os soluços e lamúrias de Dulce pelo fato acontecido, Blanca havia sido avisada pela morena que também levou um baque ao saber do acontecido. Nada tirava da cabeça de Dulce que o autor estava dentro do carro dirigindo fingindo-se de prestativo, disso esse demônio não tinha absolutamente nada.

O celular de Maite acabou tocando e a mesma acabou atendendo, Dulce olhou para frente e deu de cara com o olhar de William através do espelho, e viu quando o mesmo colocou o dedo nos lábios pedindo o meu silêncio.

Meu silêncio....

Minha voz que só fora ouvida por uma pessoa que foi assassinada...

- Cara, poderia me deixar em frente ao shopping? Acredita que a desmiolada da minha mãe tá no prejuízo? Preciso pagar a conta dela.

- Claro Maite!

- Claro Maite!

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Sombras Do Passado - Livro 1 (FINALIZADO)Where stories live. Discover now